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Amor-próprio.

Atualizado: 28 de ago. de 2024




A introspecção é o hábito de olhar-nos interiormente. Tal como a maioria das atividades humanas, isto poderia afirmar em cada um, efeitos positivos ou negativos. Há momentos, que o reflexo da nossa imagem consegue criar produtos resolutos e práticos.


Encontramos muitos obstáculos que eventualmente nos compelem a desenvolver inseguranças.


A introspecção é o hábito de olhar-nos interiormente. Tal como a maioria das atividades humanas, isto poderia afirmar em cada um, efeitos positivos ou negativos. Há momentos, que o reflexo da nossa imagem consegue criar produtos resolutos e práticos. Ou seja, nos concentramos em todo o nosso ser e, em troca, consideramos esta reprodução sendo um momento eficaz para encontrar onde, e o que nos falta. No entanto, essa avaliação poderá pender contra, quando estiver centrada demasiadamente em aspectos desfavoráveis da personalidade.


Para construir autoconfiança, é preciso investigar sobre tais raízes, captando os valores e descartando as escusas.


A confiança é elemento essencial do qual todos somos providos. A diferença do seu uso, aparece com a anuência das prerrogativas particulares a cada indivíduo. Algumas pessoas, estão interessadas em identificar-se com suas pertinentes capacidades do que outras. Tudo depende da cognição, das possibilidades e mestria de dar bom uso a essa dimensão.


Exemplo; Pensamos que a autoconfiança é algo que os outros possuem e que nos estamos excluídos, esquecendo que a vida é análoga.


Na modernidade, medimos desigualdades pela via material, seja o que não conseguimos obter ou ainda não alcançamos. Tal interpretação não é alteridade, pois não se mede o ser, pelo ter.


Como estamos tratando do indivíduo é não dos acessórios, verificamos que podemos, sim, encontrar um par de aptidões nas quais somos limitados, assim interpretar, que estas nossas deficiências podem ser compensadas pelos talentos que também faltam aos demais, eis, a igualdade. Aperfeiçoamento ou queda, dependem da forma que escolhemos dar a essa governança.


O que não significa que o nosso semelhante, alcançando objetivos maiores, estará tirando ditas conquistas dos nossos cofres. Senão, que ele foi atento em discernir efetivas qualidades de si mesmo, em pró desse crescimento, isso é autoconhecimento.


Os que sofrem de baixa autoconfiança, experimentam um ciclo de afastamento social.


Isto é inevitável, dado que quando nos percebemos desinteressantes, tendemos a isolar-nos e a construir uma linguagem onde somos melhor compreendidos interiormente. Ela, por si, encontrará as suas zonas de conforto, o que leva muitas vezes a situações convenientes. Estas bolhas de refrigério emocional podem não ajudar a escapar dessa crise, criando bloqueios de recuperação de uma estima desgastada. No entanto, esses espaços interiores vão certificar-se como ambientes seguros, se observando a salvo temporariamente de julgamentos e críticas, mesmo inexistentes. Outro sinal de genuinidade de baixo apreço, é a agitação emocional que frequentemente causa agonia, motivada por coisas que para outros não requereriam nenhuma atenção.


Porém, isto não nega que para quem percorre por estas aflições, tais composições se mostram vitais nesse momento específico. Tal condição, também impede a tomada de decisões saudáveis, devido à tendência para a retração social, falta de confiança e negação de competências. O medo pode afligir a disposição, de tal modo que não lograremos tirar pleno partido do que a comunidade disponibiliza como recursos para abrirmos caminho. As conexões sociais se tornarão torturantes, quando deveriam ser uma boa fonte de prazer e oportunidades.


Se está passando por este enquadramento emocional, não seja duro consigo, nem se prive de gozar das relações que construí, faça um balanço de si, abstenha-se de arranjar desculpas e retorne mesmo que pausadamente ao seu normal. Procure reencontrar seu olhar menos crítico, seu brilho.


Fomos dotados de talentos e habilidades incríveis, podemos usá-los a nosso favor, muitas vezes precisamos nos desconstruir para erguer-nos refeitos e fortalecidos.


Como retomar o amor-próprio e consignar a dignidade?


Parece que encontramos muitos obstáculos que eventualmente nos compelem a desenvolver inseguranças.


A triste verdade é que a autoconfiança pode ser muitas vezes custosa de alcançar, sempre que passar por nós tentaremos suprimi-la.


Nós tratamos com severidade, enquanto, damos muita consideração aos outros. Zombamos por vezes dos nossos erros, ao tempo que contemplamos quão estúpidos nos tornamos. Odiamos cometer equívocos e acreditamos que outras pessoas podem ter um desempenho melhor de vida. Dizemos que não somos tão bem-parecidos e inteligentes quanto gostaríamos, incapazes de produzir determinadas afirmações positivas sobre si. A ironia, porém, é que uma grande maioria nos admira, pensam o oposto do que consideramos ao nosso respeito.


É óbvio, que a baixa concepção pessoal pode impedir o crescimento, nos empurrar ladeira abaixo, para os domínios medíocres de uma vida monótona e supérflua. Ficaremos atrelados às lacunas dos impossíveis, das humilhações e do excesso de humildade. Não existe tal mundo, tendemos a não ouvir as vozes que nos encorajam, preferimos nos centrar em construir as contingências das exequibilidades.


As raízes da confiança descendem da experiência, boa amiga do tempo e excelente professora.


O desenvolvimento da afirmação, pode de repente amanhecer, chegar como um sopro de vida, nos despertando de um longo sono. Do seu eu interior vem o clamor que articula o que deve ser realizado. Esta voz, num certo sentido subjetivo de pensamentos nobres, deseja nos resgatar e colocará tudo a nossa frente. Cabe a si, aceitar que estas coisas são suas e devem ser abraçadas.


O que quer que digamos sobre nós, será registrado em nosso inconsciente, suas consequências dependerão das teses mais dominantes que catalogamos. Assim, tanto podemos introduzir incertezas, criando um ambiente ideal para nos puxar para baixo, quanto elevar nossas crenças positivas, tirando partido dos seus benefícios.


“No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas

que o vento não conseguiu levar:

um estribilho antigo

um carinho no momento preciso

o folhear de um livro de poemas

o cheiro que tinha um dia o próprio vento…”


Mario Quintana


Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

 
 
 

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