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Carência Afetiva.

Atualizado: 22 de set. de 2024



“A felicidade, a verdadeira felicidade, é uma qualidade interior. É um estado de espírito. Se a sua mente estiver em paz, serás feliz. Se a sua mente estiver em paz e não tiveres mais nada, podes ser feliz. Se tiveres tudo o que o mundo pode dar; prazer, posses, poder, mas não tiveres paz de espírito, não podes ser feliz”. Vaswani. Por Dan Mena.

Muitas pessoas já se depararam com esse problema, que atinge homens e mulheres de todas as idades. Uma boa parte da população acredita que não está recebendo o amor necessário nas suas vidas. Esse é o sintoma caraterístico social da dependência emocional extrema, causado pela carência afetiva.


O ser humano é um ser gregário que precisa viver em sociedade e experimentar o amor e afeto de outros. Desde o momento em que nascemos temos necessidade de cuidados, proteção e amor. A falta destes elementos pode levar à síndrome da “carência afetiva”. Este sentimento proporcionado pela mãe, pai e cuidadores é essencial para que o bebê se sinta seguro e possa crescer e se desenvolver adequadamente. O afeto contribui para a constituição psíquica, ajudando a formar a noção de um corpo simbólico unificado. Quando existem déficits emocionais significativos, podem surgir dificuldades na constituição subjetiva e na integração corporal do indivíduo. Isso pode se manifestar como fragmentação corporal ou falhas na elaboração dessas afinidades. Embora estas situações estejam mais relacionadas com a psicose, os défices emocionais condicionam e prejudicam o desenvolvimento de uma forma singular. Podemos definir a carência afetiva como uma situação em que a pessoa vivenciou uma ausência substancial de estima, como amor, carinho, atenção e cuidados, o que pode gerar rupturas psicológicas e psicossomáticas, vivenciadas ao longo da vida. Fruto dessa privação nos primeiros anos, é geralmente praticada pelos cuidadores de maneira inconsciente. Em suma, a confiança, segurança e autoestima estão intimamente relacionadas com dita recessão marcada durante os primeiros passos. Um indivíduo não aprende adequadamente a se valorizar se não tiver experimentado o amor e o reconhecimento dos outros, pelo que muitos destes padrões serão estabelecidos prematuramente, sendo posteriormente reproduzidos. Outro aspecto que desempenha um papel importante será a capacidade de confiar no ''outro'', se entregar a uma experiência amorosa, que será fortemente influenciada por esses traquejos de amor vivenciados no ambiente familiar. Boa leitura.


O desenvolvimento da ''Teoria da Vinculação'' e o conceito de laço, estão ligados ao psicanalista britânico John Bowlby (1907 – 1990). As primeiras teorias sobre a importância do vínculo são descritas como a tendência que os seres humanos têm em procurar e alcançar a proximidade do ''Outro''. Bowlby afirmava, que esta inclinação já está inscrita no código genético, sendo utilizada tanto pelos bebês como pelos pais. A criança não pode se defender sozinha, precisando da atenção e da proximidade deles; por sua parte, os pais se sentem responsáveis (geralmente) pelo bem-estar do filho e aceitam suas exigências, mesmo que estas(es) lhes causem sentimentos negativos, como a fadiga da atenção permanente. Isto não significa necessariamente que a falta de afeto conduza a uma patologia. São muitos os fatores que nos influenciam no desenvolvimento, uma vez que somos dotados naturalmente de ferramentas próprias para confrontar influências do meio, sem esquecer, que as posições extremas conduzem geralmente a conflitos. De forma que, por exemplo; os cuidados excessivos e a superproteção também podem ter consequências problemáticas.


“O amor na criança ou na mãe, ou em ambas, mais aumenta o bloqueio, em parte, por ser o amor inseparável do inseparável objeto amado, em parte por sentir que o amor desperta inveja e ciúmes em um terceiro objeto que está excluído. O papel desempenhado pelo amor pode passar despercebido, porque é obscurecido pelo ciúme, pela rivalidade e pelo ódio, mas o ódio não existiria se o amor não estivesse presente”. Bion.


Não se sentir amado.


Quando uma pessoa não se sente querida tem pensamentos negativos sobre si mesma(o), tende a se desqualificar internamente. Pensa que não é suficientemente boa para receber o amor dos outros e que não é importante para ninguém. Além disso, pode assumir que lhe faltam qualidades, que nada conseguiu na sua vida, entre outras crenças limitantes. Isto gera emoções como a angústia, tristeza e depressão, o que faz com que tenham dificuldade em observar seus próprios talentos e conquistar afetos espontaneamente. Como resultado, tendem a isolar-se e retrair-se, experimentam, portanto, uma grande instabilidade emocional. Por outro lado, se percebem incapazes de amar devido a falhas formativas, pois não aprenderam adequadamente tal exercício. Além disso, carregam dificuldades em conectar-se com os seus próprios sentimentos e, se os conseguem percepcionar, não sabem como manifestar. Por isso, preferem afastar essas pessoas próximas como uma forma de defesa e escolhem ficar sozinhas para evitar lidar com dita dificuldade. Entrar nesse confronto íntimo com o tema, significa ter que trabalhar e aumentar a autoconfiança, colocar limites à autocrítica e à própria desqualificação interna, reconhecendo, que estes também existem como sintomas naturais. Nos casos em que essa dor angustiante tenha origem na infância e não seja apenas superficial, é importante procurar ajuda, pois o trabalho introspectivo por si só pode não ser suficiente para um realinhamento desse aprendizado.


Tipos de privação emocional.


Carência nas crianças


Manifesta-se já na idade precoce de três formas possíveis:


Quando as crianças sofrem de privação emocional, podem apresentar diferentes respostas comportamentais. Vejamos algumas delas que se apresentam também nos adolescentes:


Exigência afetiva contínua: Crianças dependentes procuram constantemente companhia e a sua autoestima depende da afeição dos outros. Precisam ser o centro das atenções para se sentirem valorizadas e podem ficar frustradas ou zangadas quando não recebem a atenção que acham que merecem.


Respostas agressivas, oposição e rejeição. Algumas crianças exteriorizam sua dor interior por meio de comportamentos destrutivos e ofensivos. Podem apresentar comportamentos anti-sociais, desafiantes, insubordinados e autoritários. Nestes casos, é importante abordar a disciplina de uma forma positiva como auxílio.


Indiferença e desinteresse: Crianças que atravessam este cenário, se isolam e escondem dentro de si próprias como forma de proteção. Se desligam do ambiente para evitar o sofrimento. Tendem a ser passivas, inativas, muito imaginativas, observadoras e analíticas, podem ter dificuldade em interagir socialmente e expressar naturalmente suas emoções.


Na adolescência, se um indivíduo tiver sofrido privação emocional infantil, é provável que seus problemas emocionais se intensifiquem. Alguns comportamentos comuns entre os adolescentes que sofrem com o problema;


Procurar atenção e validação via comportamentos perturbadores ou provocadores.

Condutas autodestrutivas, como o consumo de drogas e práticas sexuais de risco.

Problemas de autoestima e dificuldades em estabelecer relações saudáveis.

Tendência para o evitamento e o isolamento social.

Possíveis problemas com ilícitos e delinquência.

Dificuldades em regular às emoções e gerir o stress.


É importante abordar a privação emocional nas crianças e adolescentes, fornecendo apoio emocional, promovendo relações seguras e saudáveis que proporcionem um ambiente que fomente o desenvolvimento socio-emocional. Um ambiente familiar positivo se caracteriza por uma comunicação aberta e pela presença de carinho e apoio entre pais e filhos, como uma das mais importantes garantias do bem-estar psicossocial na adolescência; (Musitu e García, 2004). Opostamente, um ambiente familiar negativo, com conflitos e tensões frequentes, impede o bom desenvolvimento, aumenta a probabilidade de problemas disciplinares e comportamentais. Quanto maior for o envolvimento dos pais na vida dos filhos, menor será o risco de estes acabarem no mundo da droga ou da delinquência, melhores serão suas notas escolares e maior será sua autoestima. Glennon W. (2002).


Deficiência afetiva em adultos;


Se não for detectada e tratada a tempo, irá se manifestar na idade adulta, limitando a pessoa em muitos aspectos da sua vida. Assim, o indivíduo maduro com carências funcionais neste sentido, denota estilos comportamentais predominantes ou com uma combinação dos abaixo citados;


Agressivo, pouco empático, autoritário e antissocial.

Dependente, controlador, ciumento, acumulador.

Medroso, submisso, com pouco contato social, muito imaginativo, com características e interesses peculiares.


Deficiências afetivas no casal; 


A manifestação pode ser o resultado da falta de afeto de um ou de ambos os parceiros. Em muitos casos, estabelecem relações como casal, mas são incapazes de demonstrar sentimentos verdadeiros, devido às limitações pessoais que a sua própria experiência de infância lhes proporcionou. Noutros casos, a carência de afeto se configura pela relação obsessiva, dependente, controladora e ciumenta para com o parceiro(a), produto dessa insuficiência . Num terceiro caso, a pessoa emocionalmente privada de sentimentos, tratará o seu par de forma agressiva, desrespeitosa e pouco amorosa. Relações adultas são muitas vezes complexas, sobretudo quando procuramos aquele parceiro “ideal” ou acreditamos de forma imaginaria que finalmente alcançamos uma relação perfeita. Nesta procura, estabelecemos parâmetros irreais, pelos quais estamos dispostos a arriscar tudo, incluindo nossa estabilidade emocional (Sanchez, 2017).


“Tudo o que um homem pode fazer, de fato, é dar o seu afeto a um único ser ou a alguns seres humanos”. Teilhard de Chardin.


Tempo de mudanças.


Tal como acontece com todos os comportamentos e padrões de conduta, também é possível inverter a falta de afeto e aprender a solicitar o mesmo para pessoas que são próximas. Isto pode ser extremamente enriquecedor para a saúde mental, pois, confiar nos outros e deixar-se cuidar por eles e positivo para nossa psique. Aqueles que decidem ultrapassar suas limitações e embarcar no caminho da recuperação, podem aprender a desenvolver um circuito protetor interno, aumentando a sua inteligência intrapessoal e adquirindo melhor compreensão das suas próprias necessidades. À medida que esta consciência é conquistada poderemos satisfazer essas ausências. Durante o processo terapêutico, são utilizados vários recursos para facilitar estas mudanças. Na análise, é proposto um trabalho em que se aprende a valorização individual, a estabelecer trocas adequadas de afeto e apoio, transformando pensamentos e emoções negativas para o bem. Tudo isto faz parte de um processo de autoconhecimento que nos permite curar e desenvolver relações mais saudáveis conosco e com os outros.


O que são os afetos em psicanálise? A privação afetiva.


Segundo o Dicionário de Psicanálise de Laplanche e Pontalis (1968), o significado de Afeto é; “Palavra emprestada pela psicanálise à terminologia psicológica alemã, que designa qualquer estado afetivo, doloroso ou agradável, vago ou preciso, que se apresenta sob a forma de uma descarga emotiva.”


As técnicas investigadas pela psicanalista Anna Freud em (1977), que faz relevantes observações no livro “Psicanálise e Desenvolvimento da criança”, exemplifica os aspectos afetivos da identificação, que vão; ''daquele que perde o objeto a àquele que é o objeto perdido''. Neste estudo com crianças que perderam seus pais na Segunda Guerra Mundial, observa, que elas experimentaram não tanto a tristeza da sua própria separação, como algo real, mas que foram intensamente atingidas pelo desejo profundo da mãe/pai estarem presentes, somado, aos comportamentos de desorganização, perda de pertences, deficit de atenção e dificuldade no estabelecimento de novos vínculos. Revelam seus estudos da primeira infância, que aquele que perde os ''objetos primários'' se perdeu a si próprio, isto é; a projeção de abandono, rejeição, solidão, experimentados com grande intensidade, seguido de emoções dolorosas que posteriormente as atribui aos objetos agora ausentes. Acrescenta; que as coisas mudam quando o enfraquecimento e a ruptura do laço afetivo são visíveis tanto na criança como nos pais:(…). ''Trabalhamos com crianças de todas as idades, cuja capacidade de amor objetal estava subdesenvolvida por razões internas ou externas, inatas ou adquiridas. Estes efeitos podem manifestar-se por sintomas de perambular precocemente, desempenho escolar ruim, etc. Nestes casos, a criança não acusa os outros nem se sente culpada”. (Ana Freud, 1977).


Manifestações;


Impulsividade extrapolada, que pode levar a comportamentos e reações agressivas.

Diminuição da capacidade cognitiva, de atenção e concentração.

Falta de desenvolvimento da linguagem e das competências sociais.

Problemas em expressar e gerir os sentimentos, frieza em quase todas as situações.


“Não é fácil lidar cientificamente com os sentimentos. Podemos tentar descrever os seus sinais fisiológicos. Quando isso não é possível — e receio que o sentimento oceânico também desafie tal caraterização — só se pode recorrer ao conteúdo das representações mais facilmente associadas ao sentimento”.

Freud, “O mal-estar na cultura” (1929).


Em uma carta de 1927 a Sigmund Freud, Rolland cunhou a frase "sentimento oceânico" para se referir a "uma sensação de 'eternidade', uma forma de expressão; "ser um com o mundo externo como um todo", inspirado no exemplo de Ramakrishna.


Manifestações em função da idade.


Tal síndrome se manifesta de forma diferente, consoante a idade. No entanto, as características essenciais estão presentes em todas as idades, embora sua expressão varie em função do grau de maturidade e do ambiente cultural e social.


Tendo em conta a idade, estas são as manifestações em cada caso específico;


Primeira infância. Corresponde aos bebês que choram muito, sorriem pouco e têm infecções frequentes.


Idade pré-escolar. São apreensivos nas suas relações com os colegas e apresentam dificuldades de linguagem.


Idade escolar. São frequentes às perturbações de aprendizagem, de concentração e atenção, acompanhados de sentimentos de inutilidade. A criança duvida de si própria, refere-se a si em termos negativos, têm a sensação de ser um incômodo para os outros.


Pré-adolescência e adolescência. Tendem a ser impulsivos, ativos e preocupados com sua aparência. Ficam muito ansiosos e podem aparecer sintomas de dependência, automutilação e ansiedade.


Idade adulta. Isolamento, confusão sobre metas e objetivos, bem como um sentimento frequente de fracasso ou conformismo. Não conseguem estabelecer relações saudáveis com os seus parceiros e focam no trabalho.


A falta de afeto familiar tem consequências? Suas nuances…


É importante ter em conta que estas perturbações podem variar em termos de gravidade e da forma de apresentação em cada indivíduo. Uma avaliação, um bom diagnóstico se faz necessário para compreender as causas subjacentes e determinar o tratamento adequado.


As perturbações emocionais, como a irritabilidade, agressividade, instabilidade emocional, baixa autoestima, ansiedade e depressão, podem ser tratadas por psicoterapias, em que as emoções, pensamentos e comportamentos associados são abordados. A psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental, a terapia de aceitação e compromisso, a interpessoal e outras terapêuticas podem ser eficazes na gestão destas.


Comportamentais, como a conduta antissocial, isolamento, falta de assertividade, entre outras, também podem se beneficiar da terapia, especialmente no caso de crianças e adolescentes. A terapia comportamental, familiar e outras modalidades clínicas podem ajudar a abordar padrões disfuncionais e promover mudanças positivas.


Perturbações psicossomáticas, envolvem a manifestação de sintomas físicos sem uma causa médica identificável, podem ser tratadas pela psicanálise, psicologia e cuidados médicos. A terapia psicossomática, o relaxamento e a gestão do stress são abordagens eficientes que ajudam a aliviar e sanar os sintomas.


Problemas cognitivos, como o déficit de atenção, hiperatividade e às de processamento da informação, pode precisar de uma avaliação especializada. Consoante o diagnóstico, podem ser utilizadas abordagens terapêuticas específicas, como a terapia cognitivo-comportamental, a terapia ocupacional e, em alguns casos, a medicação.


É essencial recordar que cada pessoa é única e requer uma abordagem personalizada, sejam psicossomáticas ou cognitivas. A intervenção precoce, o apoio emocional e o acesso a profissionais especializados são fundamentais para tratar e gerir.


O processo de libertação da privação emocional, da cura de feridas profundas pode ser complexo e requer uma abordagem terapêutica compreensiva. O acompanhamento respeitoso, acolhedor da queixa e sensível do terapeuta é essencial para proporcionar um espaço seguro para o indivíduo explorar e processar experiências passadas. Através da terapia, podem ser identificadas crenças limitadoras e os seus padrões de pensamento negativos que se desenvolveram em resultado destas diligências psíquicas. Desafiar e substituir tais pensamentos por panoramas mais realistas, isto pode se tornar uma parte integrante do processo de mudança. Ao afirmar o potencial real do indivíduo e trabalhar na construção de uma autoimagem mais saudável, abrimos às portas para um potencial crescimento pessoal e na afirmação e reelaboração da autoestima. Incluir o trabalho corporal também pode ser valioso, uma vez que também armazena memórias. Técnicas como a respiração, relaxamento, ioga, movimento corporal consciente, libertam tensões e encorajam a uma maior integração mente-corpo. A implementação requer paciência, perseverança e coragem por parte do indivíduo. Corrigir e reestruturar para uma regeneração leva tempo e esforço, mas o resultado pode ser uma transformação pessoal significativa, uma nova capacidade de construir relacionamentos mais saudáveis.


Como libertar-se deste mal?


Existem estratégias que podem ajudar;  


Autoconsciência: Reserve algum tempo para refletir sobre si próprio e sobre sua história pessoal. Explore as experiências passadas que possam ter contribuído para essas condutas se firmarem, e como elas influenciaram seus padrões de relacionamento. O autoconhecimento será um guia para compreender melhor suas necessidades emocionais e trabalhar no seu desenvolvimento.


Terapia individual: Procure a ajuda de um psicanalista, psicólogo ou terapeuta especializado em relacionamentos. Se permita introduzir novos padrões de comportamento, quebra de paradigmas, e a releitura de pensamentos que contribuam para trabalhar ditos desconfortos.


Estabeleça limites saudáveis: Use fronteiras claras nas suas relações. Reconheça e respeite suas próprias necessidades e desejos e não tenha medo de os comunicar.


Desenvolva uma rede de apoio: Procure cultivar relações significativas com amigos, familiares e pessoas que o(a) apoiem. Ter uma rede de compartilhamento forte, pode proporcionar amor, aceitação, é o afeto que necessita, diminuindo a dependência de uma única pessoa.


Cultive o amor-próprio. Pratique o autocuidado. Aprenda a valorizar-se, a reconhecer suas realizações e se trate com bondade e respeito. Cultive uma relação positiva consigo próprio(a), reforçando sua autoestima, sem necessidade de validação externa.


Aprenda a estar só: Trabalhe sua autonomia emocional e exercite o gostar da sua própria companhia, estar sozinho(a), sem se sentir solitário(a). Funde relações mais equilibradas e harmoniosas evitando a procura desesperada por atenção.


Se enfrenta carências afetivas fixadas e vividas na fase infantil, que afetam hoje seu desempenho na vida adulta, procure ajuda profissional, nunca é tarde para apostar numa vida saudável e feliz.


Ao poema;


O sol lá fora esbanjando calor

A alma cá dentro, isolada no frio

Tenta disfarçar a falta de amor.


É dia mas noite sou, um calafrio

tem sido constante companhia.


Faz falta um carinho, aconchego

Mas isso às vezes me dá medo

Nem sempre é sincero, verdadeiro

Cansei de mercadejar afetos.


Todos merecemos afagos no ego

Que venham! Eu os acolho e espero.


Há muito por eles anseio.

Mas sem etiqueta de preço no meio!

Quero um chamego com classe, de graça!


Maria Dorta.


Até a próxima, Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

 
 
 

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