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Consciência de Si.

Atualizado: 28 de ago. de 2024




Sabemos quem somos?

Consciência de si, reconhecimento das condutas, opiniões, valores, interesses, sentimentos e afetos. Quem somos, na verdade? Por que agimos de determinada forma? Qual a leitura e postura diante dos acontecimentos diários?

O autoconhecimento é crucial para a vida, por um lado para o nosso desenvolvimento pessoal e, por outro, para estabelecer relações com as outras. Para legitimar essa congruência, devemos conseguir prestar atenção a si mesmos, como um pré-requisito para poder oferecer dita comunicação. Estar confortável nessa constatação, abre a condição primária para o relacionamento, é compartilhamento social em todos os níveis de atuação. Não existe ainda um modelo concreto, científico, sobre a ansiedade, que possa dar plena compreensão das suas causas. Estas bases estruturais estão implicitamente conectadas ao sistema cerebral, e a complexidade das (milhares) de conexões neurais, das quais existem infinidades de estudos científicos, pesquisas, tratamentos, clínicas, análise, medicamentos, entre outros. Fica muito claro, que trabalhar o saber de nossos aspectos individuais, de caráter, interpretação, emocional e comportamental, são ferramentas valiosas a serem trabalhadas para enfrentar este mal do século.


Qual a definição de autoconhecimento e autoestima?


“A autodescoberta, é a coisa mais doce que existe. Ensina-nos que somos totalmente responsáveis por nós próprios, e é aí que encontramos a nossa liberdade.” Byron Katie


Autoconhecimento; este termo é designado para qualificar o que sabemos sobre nós, a palavra, como tal, é composta pelo prefixo auto — que significa próprio ou por si mesmo, e do substantivo conhecimento, sendo a capacidade de compreender pela razão.


Amplamente utilizado na psicologia e no campo do desenvolvimento pessoal, refere-se à capacidade de introspecção que uma pessoa possui para se reconhecer como indivíduo e se diferenciar dos demais. Nesse sentido, é pelas referências dos outros, construímos a identidade.


“Sou a única pessoa no mundo que eu realmente queria conhecer bem.”


Oscar Wilde


Autoestima; Não é inata à espécie humana, é desenvolvida durante nossa vida através de nossos ensaios sociais. Avaliação, percepção do julgamento positivo ou negativo que realizamos, com base na assimilação dos pensamentos, sentimentos e experiências. Também é, referir-se de uma forma geral, ao valor sobre o qual nos contemplamos. A mesma, está relacionada à autoimagem, o conceito que se tem de si, e à (auto) aceitação, conjunto de qualidades e defeitos que nos constituem.


Como uma pessoa é avaliada muitas vezes, influenciada por agentes externos ou no contexto onde se encontra, portanto, pode mudar com o tempo. Logra aumentar ou diminuir a partir de situações emocionais, familiares, sociais ou de trabalho, até mesmo devido à nossa autocrítica.


A aprendizagem sobre nossa conceptualização acontece em todas as fases da vida, então, não há um momento onde o autoconceito se afirma, muito menos se torna engessado, senão, se transforma e molda durante todo esse percurso.


A interação e troca constante com o meio ambiente e comunidade, ensejam sua evolução, embora, vai se reforçando, consolidando, mais estável e estruturadamente.


Tudo o que sabemos de si mesmos, vem da distinção progressiva entre nós e os outros, e é a experiência que narra e alimenta de conteúdo essas leituras. Se conhecer bem, é um passo importante para sermos autores da nossa biografia, um grande desafio para toda a humanidade ao longo dos séculos. Obter compreensão do que acontece conosco e as adjacências, tem um efeito dominante sobre as sensações perturbadoras que podem nos invadir, nos oferecendo uma oportunidade de superação e crescimento perduráveis.


Por outro lado, a falta da clara interpretação em pró dos nossos sentimentos nos sobrecarregam, por muitas vezes perdemos o norte. Pensamos, que não podemos controlar nossa existência emocional, por isso, não fazemos quase nada de factual ao respeito. Já, outros indivíduos mais conscientes das oposições e resistências, se contrapõem aos reveses.


Pessoas com intelecção e perceptibilidade, tendem a uma vivência pungente, são autônomos e confiantes, sabem como lidar com o momento, com os resultados, e não demoram para dar resolução.


Para facilitarmos sobre esse saber de si, é útil analisar múltiplos elementos, estes que interagem em nossa presença, pois, ao longo dos anos, algumas dessas facetas entram em conflito. Tais situações angustiantes, podem ter sua origem em diversos marcos e por diferentes motivos. Derivamos em projetar a solução para os problemas que experimentamos fora de nós mesmos, com grande tendência a transferir a culpa de talhe subjetiva. Uma parte significativa da autoconsciência é estar ciente da companhia desta falha e engano, declinando total ou parcialmente dessa terceirização, assumindo a responsabilidade dos episódios.


Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

 
 
 

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