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O Cansaço da Alma.

Atualizado: 22 de set. de 2024

Uma Leitura Psicanalítica da Sociedade Contemporânea do Desempenho.

''A sociedade do cansaço, ao negar a finitude, alimenta a ilusão de uma vida eterna, intensificando o medo da morte e a angústia existencial." Dan Mena.

Para adentrar no tema deste artigo, vou me permitir dar início ao texto usando um aforismo com O Mito de Prometeu. Na mitologia grega, ele era um titã que desafiou a autoridade de Zeus ao roubar o fogo dos deuses e fazer entrega do mesmo aos humanos. Visto como um ato de desobediência, sua motivação não era outra, senão, sua grande compaixão pela humanidade, que se encontrava na primitividade, angustiada, carente, desafortunada, castigada, acuada e sofrida. Prometeu então, ofereceu o fogo aos humanos, com ele, a capacidade de cozinhar alimentos que antes eram consumidos crus, a de dominar a natureza e o ambiente, sair da escuridão noturna, defesa contra os predadores e se proteger do frio congelante entre outros.


O Desejo de Conhecimento e a Culpa.


Ao analisar o mito de Prometeu sob a ótica da psicanálise, identificamos diversos fatores que ressoam para a nossa experiência como sapiens. Seja pela inerente busca pela autonomia, desejo de conhecimento e a desobediência nata as regras, proposições universais que alimentam a psique do ser. Ao roubar o fogo, Prometeu não apenas nos ofereceu um regalo dos Deuses, ele confrontou a ordem prescrita, conflagrando uma guerra.


Essa pugna conflituosa entre o desejo e a necessidade de submissão à autoridade, será lida e interpretada como uma expressão alegórica e representativa da luta entre o Id e o Superego, tais conceitos elementares da nossa teoria psicanalítica. De forma que o Id atua e representa nossos desejos naturais, o Superego espelha internamente as normas morais e sociais. Ao ceder Prometeu ao seu desejo de contribuir com a aflição humana, defrontou o poderoso Superego, logo representado nesta comparação na figura de Zeus.


A Herança de Prometeu e a Fadiga.


Na obra “A Sociedade do Cansaço” de Byung-Chul Han, somos convidados a refletir sobre o esgotamento inveterado que nos acomete. Esse estabelecimento da busca incessante por produtividade e a valorização agravada do individualismo. Ambos, nos conduzem inconscientemente a um estado de fadiga infinita. Esse paralelo que agora transporto, entre o mito de Prometeu e a nossa condição atual. Da mesma forma que ele nos brindou com o fogo, a ciência e a tecnologia moderna nos promoveram, facilitaram avanços notáveis e valorosos, ampliando exponencialmente a qualidade de vida. No obstante, tal prosperidade nos conduziu a um ponto de exaustão.


O Fogo como Metáfora do Conhecimento e da Destruição.


Essa translação, tanto a da cognição quanto da destruição, nos concederam domínio para a transformação da matéria, a criação de ferramentas, etc., no entanto, também podem dar causa a destruição e incêndios. Paralelamente, o conhecimento pode ser utilizado tanto para o bem quanto para a produção do mal. Esse suposto saber científico que adquirimos, enfrenta atualmente desafios profundos sob à ética e à responsabilidade. A procura desenfreada por inovação, não nos conduziu de forma alguma a construção de um mundo mais justo e pacífico.


Prometeu, o Cansaço e Nós.


Imagine então o mito de Prometeu, o rebelde: Ele desafiou os deuses, assim como nós, muitas vezes reptamos as regras, limites e leis. Queremos ser melhores, queremos alcançar o sucesso, queremos sempre mais, nunca estamos satisfeitos. Essa investida constante por algo mais, pode nos direcionar a um lugar bem diferente daquilo que projetamos e deduzimos como resultado esperado.


A segunda parte do mito, fala de uma águia: Assim, Prometeu é torturado por uma águia que devora seu fígado, o que nesta simbiose, pode representar a angústia e o sofrimento que sentimos quando nos demandamos exaustivamente, forçamos e exigimos ao extremo. Surge então uma voz interior, como uma águia, que nos diz que nunca é o bastante, que devemos fazer mais e mais. E eu me pergunto? Para que?


"O fígado de Prometeu, devorado diariamente por uma águia, pode ser visto como uma metáfora do sofrimento psíquico, presente na sociedade contemporânea, marcada pela ansiedade e pela depressão." Dan Mena.


A Interpretação do Cansaço como Castigo.


Dita busca citada, incansável por triunfo, estética, fama, reconhecimento, poder, etc., é o que o Byung-Chul Han vai chamar de “cansaço”. Essa que não vem do esforço físico, senão de uma pressão interna imposta por si, de uma condição elaborada que colocamos como uma carga ininterrupta sobre nós.


"A sociedade do cansaço, ao negar a dimensão trágica da existência, impede o sujeito de elaborar suas perdas e frustrações, levando a um sofrimento psíquico crônico."

Dan Mena.


A Sociedade do Desempenho.


Foi assim, que transitamos na passagem da sociedade do controle para criarmos a ponte para outra, que valoriza e foca abusivamente na produtividade, no sucesso individual e a eficiência. Essa coerção voluntária, nos empurra a dar o que muitas vezes não temos, nos levando a um estado imperativo de rendimento e competência que deflagra sintomas. É como se estivéssemos em uma maratona infinita, tentando chegar a uma linha de chegada que não tem bandeirada.


Fala Prometeu…


Você se reconhece nessa história? Se percebe preso a uma gangorra, uma roda gigante? Sobe e desce sem parar, sem chegar a nenhum lugar? Pois é… se você identifica, se sente assim, tenho uma notícia, você não está sozinho nessa. Muitos de nós, a grande maioria, nos sentimos totalmente imersos na mesma forma desse circuito vicioso de vida.


"O fardo de Prometeu, a culpa por ter oferecido o fogo aos homens, ecoa na angústia do sujeito contemporâneo, que se sente responsável pela própria infelicidade, aprisionado em uma cultura do desempenho." Dan Mena.


A Sociedade na Era Contemporânea.


Esse diagnóstico que tecemos sob uma crítica incisiva da sociedade performática, está caracterizada pela valorização intensificada da positividade e do individualismo. Ao analisar tais transformações da sua subjetividade, verificamos um estado de esgotamento inveterado que nos acomete massivamente.


Podemos aqui levantar uma comparação entre a antagônica sociedade patriarcal e a atual contemporânea, ela pode nos auxiliar a compreender melhor as especificidades dessas rupturas sociais nas formas do exercício do poder e nas dinâmicas subjetivas que a compõem.


Sociedade Patriarcal: poder, disciplina e submissão.


Caracterizada por uma rígida hierarquia de gênero e por relações de autoridade baseadas na força e na dominação, se exercia como um controle sobre os indivíduos, utilizando mecanismos de disciplina, castigo e punição. A submissão era imposta através da violência física e simbólica, e a identidade, era moldada pelas normas e os valores sociais.


O poder suave, positividade tóxica e auto exploração.


Por sua vez, o poder, se tornou mais sutil, funcionando via mecanismos de sedução e auto exploração. O que era antes a disciplina, foi sendo substituído por uma autodisciplina, na qual os indivíduos são incentivados a se automonitorar e a se autocorrigir. A positividade tóxica, exige do indivíduo um otimismo constante para essa corrida louca e incessante por felicidade, que ao final se tornou a norma.


Continuidades e rupturas.


Se debruçando nas diferenças entre a sociedade patriarcal e a contemporânea, é possível verificarmos algumas continuidades. Em ambas, a identidade individual é moldada e configurada por forças externas, seja através da família, cultura e a religião, onde verificamos uma tendência a negação e a reprimir as emoções negativas, como a raiva, ódio, angustia, tristeza e a frustração.


Destarte, existem rupturas significativas, enquanto a sociedade patriarcal se baseava na violência e na força, a contemporânea age mediante rotas imperceptíveis de controle midiatico. A submissão, que antes era imposta pela força, agora é internalizada pelos próprios indivíduos, que se exploram em busca de uma impossível perfeição, reconhecimento e sucesso.


Essa fadiga que acomete a sociedade atual, pode ser entendida como uma expressão das contradições, ambiguidades e conflitos internos que caracterizam a passionalidade moderna. Como incentivados que somos à exercer a autonomia e à autorrealização, estamos aprisionados em uma roda-viva, algo que parece estar sempre além das possibilidades de ser alcançado.


"O sujeito da sociedade do cansaço, fragmentado pela cultura do instantâneo, busca desesperadamente um ego coeso, mas encontra apenas um mosaico de identidades flutuantes, intensificando o sentimento de vazio existencial." Dan Mena.


Implicações para a Saúde.


O burnout, cansaço crônico, ansiedade e depressão, são sintomas comuns nesta sociedade, onde ditos problemas podem ser lidos como resultado e consequência de uma adaptação malograda do indivíduo e às demandas da sociedade. A busca por felicidade e sucesso, pressão por resultados e a ausência de limites atingiveis, podem nos levar ao esgotamento físico, psíquico e emocional.


A Necessidade de uma Nova Ética.


Um cenário que demanda atenção urgente, e a construção de uma nova ética que valorize a lentidão, o ócio, a negatividade, empatia e solidariedade. Precisamos resgatar o valor do tempo livre, da contemplação, a vida em família, aceitar a experiência estética natural e o fortalecimento das relações autênticas. A busca por uma vida mais equilibrada e significativa exige uma transformação profunda da sociedade e da subjetividade.


A Tecnologia como Extensão do Eu e Intensificador do Cansaço.


A engenharia da tecnologia, indiscutivelmente tem um papel central nesse modelo, configurando profundamente a sociedade atual, intensificando os processos de individualização e auto-otimização.


Hiper conectividade e Vigilância Constante.


Internet, plataformas, apps e dispositivos móveis nos conectam 24 horas por dia, criando uma falsa sensação de estar sempre disponível e produtivo. A vigilância constante das redes sociais e o medo de perder informações relevantes geram um estado de alerta constante, intensificando o estresse e a ansiedade.


"A hiperconectividade, característica das redes sociais, fragiliza a função de barreira do ego, expondo o sujeito a um fluxo incessante de informações e estímulos que o sobrecarregam e o desconectam de si mesmo." Dan Mena.


Auto-Otimização e Comparação Social.


As redes sociais por sua vez funcionam como verdadeiras vitrines artificiais da vida, onde as pessoas apresentam, constroem e separam apenas os cortes, com os melhores momentos de suas vidas cuidadosamente trabalhados. Essa hiper exposição constante leva à comparação social, gerando sentimentos de insegurança, inferioridade e insatisfação. Essa fabricação ilusória da imagem possivelmente perfeita nas redes, se tornou um fardo psicológico insustentável para o ser.


"A busca por uma vida perfeita, propagada nas redes sociais, gera um sentimento de inadequação e frustração, alimentando a comparação social e a inveja." Dan Mena.


Distração Constante e Dificuldade de Concentração.


Chats de todos os tipos, notificações, e-mails e mensagens de texto, interrompem o fluxo de trabalho e dificultam a concentração nas tarefas de qualquer índole. A fragmentação da atenção, pulveriza a dedicação a uma única tarefa contribuindo para o sentimento de esgotamento e superficialidade.


A Educação na Reprodução da Sociedade.


Vista tradicionalmente como um meio de emancipação, a educação atual tem contribuído para essa vinculação. Na medida que passou a enaltecer a competição individual, pressão por notas altas e o medo do fracasso, gerando estresse crônico nos estudantes. Criamos uma cultura adaptada exclusivamente para o mercado de trabalho, formando profissionais altamente qualificados, mas, muitas vezes desumanizados, alienados e autômatas.


Falta de Espaço para a Criatividade e a Reflexão.


Essa carga, totalmente direcionada para o setor profissional, tem levado à diminuição do espaço para a criatividade, a reflexão e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.


Para transformar essa realidade, é necessário:


Repensar o currículo escolar: Priorizar o desenvolvimento de habilidades como a colaboração, a empatia e o pensamento crítico.


Promover a educação emocional: Ensinar os alunos a lidar com suas emoções, a construir relacionamentos saudáveis para encontrar significado na vida.


Valorizar o aprendizado ao longo da vida. Incentivar a busca por conhecimento de forma autônoma e prazerosa, fora dos muros da escola.


Construindo uma Nova Ética.


Para superar o cansaço contemporâneo, é preciso construir uma nova ética que valorize:


A lentidão e o ócio: É preciso reservar tempo para o descanso, a reflexão e o lazer.


As relações humanas: É fundamental cultivar relações autênticas e significativas com as pessoas ao nosso redor.


A natureza: É preciso estabelecer um contato mais profundo com a natureza, reconhecendo nossa interdependência com o planeta.


A solidariedade: É preciso construir uma sociedade mais justa e equitativa, onde todos, tenham oportunidades iguais.


Por fim;


A sociedade do cansaço precisa ser revisitada pela relação entre o sujeito e o gozo. A busca por prazer e reconhecimento, nos aliena do nosso desejo mais profundo. Como afirma Lacan, ''o gozo não é uma coisa que se tem, mas uma coisa que se perde''. A psicanálise desvela os mecanismos inconscientes que nos aprisionam, nos oferecendo a possibilidade de construir um novo laço social, baseado na solidariedade e na ética do cuidado. Nossa saúde depende da capacidade de construir um espaço de transição, um lugar onde a fantasia e a realidade se vinculem e encontrem. É preciso reconhecer, que esse lugar de transição é cada vez mais restrito, dificil de ser acessado, nos levando a um sentimento de desrealização e vazio existencial. Ao oferecer um espaço continente para a subjetividade, podemos ajudar a restaurar essa capacidade de brincar e criar.


Não em vão, Freud nos alertou para os perigos do princípio do prazer e da satisfação imediata, que nos levaria a um estado de insatisfação. Por isso, é fundamental convidar a explorar os meandros do inconsciente, que nos permita encontrar um equilíbrio entre o princípio do prazer e o da realidade.


Implicações para a Clínica.


A compreensão das raízes históricas do cansaço contemporâneo pode nos auxiliar como profissionais e terapeutas a desenvolver intervenções mais eficazes. Ao identificar os mecanismos de poder que operam na sociedade e as suas consequências para a subjetividade, é possível auxiliar os pacientes a desenvolverem estratégias para lidar com o esgotamento e construir uma vida mais autêntica e significativa.


Diante disso. O que podemos fazer?


Reconhecer o problema: O primeiro passo é reconhecer que estamos nos exigindo demais.


Quebrar as correntes: Precisamos aprender a dizer não, a estabelecer limites e a priorizar o nosso bem-estar.


Celebrar as pequenas vitórias: Em vez de nos concentrarmos apenas nos grandes objetivos, podemos celebrar as pequenas conquistas do dia a dia.


Cultivar a gratidão: A gratidão pode nos ajudar a apreciar o que temos e a reduzir o sentimento de insatisfação.


Somos humanos, e não máquinas autômatas. Precisamos de tempo para descansar, para nos divertir e para cuidar de nós mesmos. A felicidade não se encontra numa corrida pelo sucesso, mas sim na construção passo a passo de uma vida mais equilibrada e significativa.


Do Mal-estar Contemporâneo.


Finalizando, ''A sociedade do Cansaço'', meticulosamente analisada, representa um paradigma, está claramente marcada pela exaustão, consumismo e foco na produtividade. Ao investigarmos como analistas seus meandros, obtemos ferramentas indispensáveis para compreender esse mal-estar. A pressão por desempenho, a cultura do narcisismo e a fragmentação do sujeito, tão características da nossa época, encontram ressonância nas dinâmicas psíquicas descritas por Freud, Lacan e Winnicott, por isso, pelos seus legados, a compreendemos perfeitamente.


"O prazer imediato, oferecido pela cultura do consumo, atua como um falso self, mascarando as angústias e os conflitos internos, levando a uma sensação de vazio crônico." Dan Mena


"O narcisismo exacerbado, ao idealizar uma imagem perfeita de si, gera uma angústia de castração constante, alimentando a busca por um prazer imediato e fugaz." Dan Mena.


O ideal do eu, tal como concebido por Freud, cada vez mais inalcançável, gera um sentimento de insuficiência cronológica. A cultura digital, por sua vez, intensifica essa atuação, promovendo uma vigilância constante e divisão da atenção, fatores que dificultam a construção de um psiquismo coeso. A noção lacaniana de gozo, aliada à lógica insana do capitalismo neoliberal, leva a uma busca insaciável por prazer, que se revela, no entanto, fonte de sofrimento para todos.


Por sua vez, não podemos esquecer a importância do ambiente facilitador para o desenvolvimento psíquico saudável. A falta de um ambiente suficientemente bom, marcado pela ausência de figuras de apego consistentes e pela precariedade das relações sociais, contribui para o aumento do nosso sofrimento psíquico.


A sociedade do cansaço não é apenas um fenômeno individual, mas também um problema social que exige soluções coletivas e políticas. É fundamental investir em ações que valorizem o cuidado de si e a criação de espaços de reflexão e transformação.


"A ausência de um Outro que ofereça um limite ético, somada à pressão por um desempenho ilimitado, leva a um desregramento pulsional que se manifesta em comportamentos aditivos e autodestrutivos." Dan Mena.


A tarefa de superar esse esgotamento é complexa, exige uma transformação profunda da nossa cultura. A psicanálise, em diálogo com outras disciplinas, como a filosofia e as ciências sociais, podem abrir caminho para construir um futuro mais sustentávelmente equilibrado.


Ao poema; A Nau dos Loucos

Por Dan Mena.


Num mundo frenético, a alma se esgota.

Em busca incessante, um fardo se entoca.

A roda gigante gira, gira sem parar.

E o ser exausto, não mais pode amar.


Perseguimos a perfeição, um ideal inalcançável,

No alto desempenho há uma prisão inevitável.

Por isso ansiamos por um refúgio sustentável.

Em contato com a terra, voltar a nossa medula.


O superego, sempre um tirano insano.

Impõe metas, que ferem o ser humano.

O ideal do eu, é um sonho cruel.

Que aprisiona a alma, sem poder.


Em meio ao caos digital, a mente vagueia,

Em busca do impossível, a alma se esvai.

Na solidão, um vazio interior se perfaz.

E o ser, exausto, se desfaz.


Conexão, irônica e impiedosa.

Nas redes sociais, a alma está despida.

O like, a curtida, a falsa vitrina.

Escondem a angústia da sociedade da mentira.


A psicanálise, um farol para guiar,

Transforma a alma, para se libertar.

O inconsciente, um abismo a explorar,

Onde os desejos ocultos se revelam a par.


A cura, um processo lento e demorado.

A esperança, virá como um bálsamo sagrado.

Aprender a ser, a amar e a viver.

Contemplar o caminho para a paz viver.


Até breve, Dan Mena.


Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 — CNP 1199.

Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 — CBP 2022130.

Dr. Honoris Causa em Psicanálise pela Christian Education University - Florida Departament of Education - USA. Enrollment H715 - Register H0192.

 
 
 

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