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De Darwin a Freud: O Design Inteligente Universal. Parte III.

Atualizado: 30 de jan.

Experiência do Ser e na Busca por Sentido.

A jornada que percorremos é indissociável da busca ininterrupta por propósito e significado. Desde o momento em que começamos a desenvolver a consciência, fomos impulsionados a questionar: qual é a nossa verdadeira essência? Quais são as razões da nossa presença neste vasto e infinito universo? Procurar sentido não é uma escolha; é uma necessidade primitiva à nossa condição. Essa pulsão está conectada a nossa natureza e influência tal como vivemos, interagimos e nos relacionamos com o ambiente, a cultura e o outro. Não se limita a momentos de felicidade ou conforto; tende a se intensificar em períodos de dor, perda e crise. A capacidade de redirecionar o sofrimento e transformá-lo em uma fonte de força é uma das características mais notáveis de nossa raça. É admirável como temos sobrevivido a tantos desafios, desde estarmos abaixo da cadeia alimentar, os períodos glaciais, etc. "As histórias que contamos sobre nós mesmos não são simples narrativas; são a forma que encontramos para dar sentido ao caos, uma tentativa de colocar ordem no desordenado e beleza no aparentemente sem forma."— Dan Mena.

Nossa experiência é medular, um processo dinâmico de sobrevivência, construção, busca por padrões, narrativas e significados. Criamos histórias para explicar o desconhecido, preencher lacunas deixadas pela realidade e lidar com as incertezas que sempre nos cercam, desde os primórdios que habitamos a terra. No entanto, essas resenhas nem sempre espelham a realidade objetiva; muitas vezes são construções subjetivas e fantasiosas que nos ajudam a suportar o peso enorme dessa existência. Até onde essas exposições nos aproximam de uma verdade? Elas nos libertam ou, por outro lado, nos algemam em construções mentais?

"As histórias que contamos sobre nós mesmos não são simples narrativas; são a forma que encontramos para dar sentido ao caos, uma tentativa de colocar ordem no desordenado e beleza no aparentemente sem forma."— Dan Mena.
"As histórias que contamos sobre nós mesmos não são simples narrativas; são a forma que encontramos para dar sentido ao caos, uma tentativa de colocar ordem no desordenado e beleza no aparentemente sem forma." Dan Mena.

Ao analisarmos o impacto desse trânsito pela vida, tentamos validar de alguma forma o significado de pertencermos a esta sociedade contemporânea. Neste marco, notamos uma crescente tensão entre o individual e o coletivo. Enquanto muitos buscam respostas em tradições e crenças consolidadas, outros se sentem desiludidos pelas promessas de sentido que emanam das instituições e sistemas sociais. Essa desconexão gera um vazio que, paradoxalmente, pode servir como terreno conceptivo para a transformação pessoal e a autodescoberta. O que realmente confere significado à nossa vida, além das expectativas externas e pressões sociais?

A relação inata entre sofrimento e propósito, pode se mostrar uma grande oportunidade para o amadurecimento pessoal. Cada revés enfrentado, cada perda ou fracasso, é um aceno para a introspecção, um estímulo para definirmos quem somos e o que realmente valorizamos. O sofrimento, se torna um catalisador para a autorreflexão e a troca de rumos. Conseguimos enxergar essa dimensão renovadora nos momentos mais sombrios que nos acometem? "Em uma era onde as respostas externas se tornam cada vez mais vazias, a busca pelo sentido se encontra dentro de nós mesmos, nas sombras do inconsciente, onde o sofrimento e o propósito se entrelaçam e nos convidam a uma transformação." — Dan Mena.

Todavia, o cenário atual apresenta diversos obstáculos à busca por significância. Uma época saturada de informações, onde o efêmero, banal e o superficial são exaltados e aplaudidos, chega a ser uma piada de mal gosto. A conectividade tecnológica, que teoricamente deveria nos unir, nos desconecta de nós mesmos, levantando a questão: o que realmente importa afinal? Muitos nos sentimos perdidos, ficamos enredados em objetivos rasos, enquanto queremos fazer vista grossa a questões importantes. Por isso me pergunto: Estamos vivendo ativa e genuinamente ou apenas reagindo como fantoches às demandas externas que nos cercam, impõem e estabelecem para nós? Os personagens que criamos de nós mesmos, estão então na rédea das nossas vivências?  

Apesar das dificuldades, a busca por sentido se mantém com uma robustez poderosa entre muitos. Essa perquirição é diversa e única para cada indivíduo. Para alguns, o significado universal pode ser encontrado nas relações interpessoais, enquanto para outros, ele se manifesta na espiritualidade, na arte, no ensino, nos esportes, na dedicação à família, no trabalho, na ciência ou em causas sociais maiores. O que todas essas jornadas têm em comum é a necessidade de transcender a si, de encontrar algo além do imediato e cotidiano.

Tudo isso é dinâmico e contínuo. O que confere sentido à vida em um determinado momento pode se transformar ao longo do tempo e diante dos emprazamentos. Não existe uma fórmula única; há apenas a disposição de investigar, estudar, questionar e criar a própria interpretação do nosso percurso e trajetória. Um aspecto dessa trilha é para mim a aceitação do desconhecido. Não possuímos as respostas, simples assim, e talvez nunca as tenhamos. Destarte, é precisamente por essa incerteza abismal que nós embalamos a seguir em frente. A vida é um processo de aprendizado contínuo, e o resultado que encontramos pode se metamorfosear em outro completamente oposto. Essa flexibilidade é a articulação necessária para lidarmos com as inevitáveis mudanças e a incertezas.

"A articulação diante do caos é a verdadeira arte de viver. Quando aceitamos que nada é permanente, passamos a ver a mudança como uma chance de reinventar a nós mesmos e o mundo ao nosso redor."— Dan Mena.

Na prática, o sentido não é algo que devemos procurar ou encontrar "lá fora", como se fosse um tesouro escondido de pirata a ser descoberto. Ele é uma construção, um ato criativo que surge de nossas escolhas, valores e ações. É um reflexo íntimo do que somos e do que aspiramos ser, se manifestando nos pequenos gestos do cotidiano, nas conexões que estabelecemos, e nos incitamentos que encaramos com coragem e determinação.

Essa intersecção entre a experiência e o significado é uma das características definidoras da nossa espécie. Mesmo diante das maiores adversidades, somos capazes de encontrar propósito e beleza na vida. Independentemente do caminho que seguimos, sempre existem oportunidades para criar, renovar, aprender e compartilhar. É essa habilidade única que recebemos como um dom, de transformar o caos em ordem, que segue paradoxalmente o mesmo tom do universo, e o que nos torna verdadeiramente humanos. "Deus não joga dados com o universo."

Essa frase é atribuída a Albert Einstein, que a usou para expressar sua convicção de que os eventos quânticos não são puramente aleatórios, em contraste com o princípio da incerteza de Heisenberg.

"A articulação diante do caos é a verdadeira arte de viver. Quando aceitamos que nada é permanente, passamos a ver a mudança como uma chance de reinventar a nós mesmos e o mundo ao nosso redor." — Dan Mena.
"A articulação diante do caos é a verdadeira arte de viver. Quando aceitamos que nada é permanente, passamos a ver a mudança como uma chance de reinventar a nós mesmos e o mundo ao nosso redor." Dan Mena.

Significado Filosófico:

Rejeição do acaso absoluto: A frase expressa a crença de Einstein de que o universo é regido por leis determinísticas e não pela aleatoriedade. Ele rejeitava a ideia de que a imprevisibilidade fosse uma característica fundamental da natureza. De certa forma, ele quis dizer: Tudo foi perfeitamente planejado.

Busca por explicações mais profundas: Buscava por explicações para os fenômenos quânticos, acreditando que um entendimento completo da física subatômica revelaria um nível de ordem e planejamento.

Conceito de ordem cósmica: Defendia a existência de uma ordem cósmica subjacente que governaria todos os aspectos do universo, mesmo aqueles que parecem aleatórios à primeira vista.

Reflexão Psicológica e Espiritual: Essa frase, também pode ser interpretada como uma metáfora espiritual ou filosófica. Sugere que o universo tem um propósito e uma lógica oculta, o que ressoa com a nossa busca por sentido e compreensão. Para muitos, essa ideia é reconfortante e nos inspira a continuar lado a lado, tanto científica quanto espiritualmente.

O que atribui sentido aos seus dias? Quais valores orientam suas escolhas?  Se pergunte isso, e descubra não apenas verdades sobre si mesmo(a), mas também o potencial infinito que a vida oferece para moldar propósitos. Essa diligência por um norte, não é apenas uma face do tema; é a maior e mais enriquecedora aventura que podemos viver. Cada um de nós, com suas singulares experiências e introspecções, autores absolutos dessa narrativa fascinante da vida. "Não existe um mapa exterior que possa nos conduzir a obter significados, mas sim uma construção interior que nasce da nossa própria experiência e introspecção." — Dan Mena.

O Futuro da Teoria do Design Inteligente (TDI).

A Teoria do Design Inteligente (TDI) é um conceito amplamente debatido e polêmico, desafiando as fronteiras do conhecimento em diversas áreas. Embora não seja uma teoria científica tradicionalmente aceita, ela propõe uma ideia revolucionária: que o universo, a vida e a complexidade do cosmos não surgiram por acaso, mas foram, de alguma forma, específicos. Esta matéria questiona o modelo evolucionista darwiniano, ao afirmar que existem processos e estruturas biológicas que não podem ser explicados apenas por seleção natural e aleatoriedade. Ao refletir sobre esses prismas, percebo que o TDI não é apenas uma questão científica, mas também uma interpelação psicológica e filosófica. Ela exige que nos confrontemos com nossa própria convicção, com o nosso entendimento da ordem e do caos. "Quando confrontamos o conceito de um design superior, somos solicitados a questionar: até onde nossa percepção da realidade é limitada pelo acaso, e onde começa o essencialmente planejado?"— Dan Mena.

Nos dias de hoje, as questões sobre o design do universo tocam diretamente em aspectos da natureza humana, uma tentativa de nos aproximarmos do desejo de compreender a nossa posição no mundo. Na medida em que o universo e a vida foram projetados por uma inteligência superior, confronta diretamente a visão materialista e evolucionista, até hoje amplamente aceita. Mas, afinal, o que significa “design” no contexto da biologia e do universo? Será que existe uma inteligência capaz de moldar a vida de uma forma planejada e consciente, ou estamos todos à mercê de forças cegas à sorte?

A visão moderna sob tal ângulo não pode ser limitada a uma simples contestação do darwinismo. Ela se inseriu, na verdade, em um cenário muito mais amplo, onde se mesclam inevitavelmente diferentes dimensões do saber, inclusive a psicanálise. Como psicanalistas, lidamos com o inconsciente, com a tensão entre razão e emoção, e com as formas como tentamos compreender esse vácuo do saber. "Conceber a vida como um design elaborado nos coloca diante do maior dilema do ser: a busca pela verdade e a necessidade de dar sentido à nossa própria existência, algo que, em última análise, se aproxima do fundamento da psicanálise." — Dan Mena.

Estamos em uma era em que o conhecimento é cada vez mais acessível, mas também onde a desinformação e o relativismo invadem as publicações científicas e filosóficas. A TDI, nesse sentido, surge como uma alternativa que propõe uma visão mais ordenada do universo, mas também é questionada por aqueles que consideram a sua falta de evidência empírica uma falha. Desafia a nossa noção de evidência e nos força a reconsiderar o que realmente significa “prova” ou “demonstrabilidade” dentro da ciência. Isso nos coloca diante de um dilema fascinante: como podemos, nós, como sociedade, fazer uma avaliação objetiva de uma teoria que, em muitos aspectos, depende de pressupostos filosóficos e metafísicos?

"Não existe um mapa exterior que possa nos conduzir a obter significados, mas sim uma construção interior que nasce da nossa própria experiência e introspecção." — Dan Mena.
"Não existe um mapa exterior que possa nos conduzir a obter significados, mas sim uma construção interior que nasce da nossa própria experiência e introspecção." — Dan Mena.

O Alfa e o Ômega. A origem da vida e da humanidade, não é apenas uma questão científica, mas também um convite ao questionamento. Ao longo das gerações, fomos ensinados a repetir, quase mecanicamente, teorias que, embora revolucionárias em seu tempo, hoje não resistem ao crivo de novas evidências. Como analista, vejo com perplexidade como muitos de nós continuamos a aceitar conceitos ultrapassados sem nos darmos o direito de questioná-los. A ideia de que descendemos diretamente de primatas, é uma dessas narrativas esdrúxulas que aprendemos na escola e que repetimos sem ao menos nos perguntar: isso ainda faz sentido à luz das descobertas modernas? A resposta, para mim, é clara: não.

A ciência moderna, com seus avanços impressionantes, tem nos fornecido dados que desconstroem teorias clássicas e nos incitam a reformular nossa visão sobre quem somos e de onde viemos. Estudos de genética, já apresentam descobertas fascinantes: todos os seres humanos vivos hoje se unem a um ancestral comum, tanto o masculino quanto o feminino. Esse fato foi comprovado por meio de análises do DNA mitocondrial, que é transmitido exclusivamente pela linha materna, e do cromossomo Y, herdado apenas por descendentes masculinos. "A unidade genética que nos conecta a um único ancestral nos leva a uma ponderação: somos seres que vivemos divididos por constantes ilusões de separação." – Dan Mena.

O conceito de "Eva mitocondrial", como foi chamado, surgiu a partir de pesquisas que indicam que todas as linhagens maternas humanas atuais remontam a uma única mulher. Da mesma forma, o "Adão cromossômico Y", cuja linhagem genética está presente em todos os homens vivos. Embora esses dois ancestrais não tenham necessariamente vivido na mesma época ou tenham sido os únicos humanos de seu tempo, o fato de que todos nós descendemos geneticamente deles é um dado científico irrefutável. Essa descoberta é um golpe contundente na narrativa de que a evolução humana ocorreu de forma dispersa e fragmentada, como se fôssemos o resultado de múltiplas linhas independentes. Pelo contrário, o método de regressão genética demonstrou que há uma unidade fundamental, reforçando a ideia de uma origem comum. Isso, não apenas desmonta os paradigmas darwinianos, mas também eleva nossa compreensão sobre a origem da vida. "Se a ciência contemporânea afirma rigorosamente que somos frutos de uma origem comum, por que resistimos tanto em considerar o ‘’outro’’ como parte de nós mesmos?." – Dan Mena.

No entanto, não podemos parar por aqui. Há ainda mais evidências que colocam em xeque a ideia de que somos descendentes diretos de macacos. A genética comparativa, revelou que, embora compartilhemos uma percentagem significativa de nosso DNA com primatas como os chimpanzés, as diferenças são muito maiores do que as semelhanças. Estudos recentes mostram que os genes humanos apresentam características únicas de regulação e expressão que não têm paralelos no reino animal. Isso inclui a capacidade de linguagem avançada, raciocínio abstrato e criatividade – atributos que não podem ser explicados por simples alterações estudadas ou seleção natural. "A total ausência de formas de transição completas no registro fóssil nos desafia quanto a uma nova racionalização além das figuras simplistas que aprendemos a aceitar sem questionar." – Dan Mena.

Além disso, o registro fóssil continua a apresentar lacunas importantes. As chamadas “formas de transição” entre primatas e humanos contemporâneos permaneceram, em grande parte, ausentes. Muitos fósseis que foram inicialmente apresentados como evidências de evolução linear, sabe: aquela figurinha famosa onde como primatas vamos nos erguendo até chegar ao homem moderno? 

"Quando confrontamos o conceito de um design superior, somos solicitados a questionar: até onde nossa percepção da realidade é limitada pelo acaso, e onde começa o essencialmente planejado?" — Dan Mena.
"Quando confrontamos o conceito de um design superior, somos solicitados a questionar: até onde nossa percepção da realidade é limitada pelo acaso, e onde começa o essencialmente planejado?" Dan Mena.

Eles acabaram sendo reinterpretados ou descartados à medida que novas descobertas vieram à tona. Por exemplo, o Australopithecus afarensis , conhecido como "Lucy", foi por muito tempo considerado um ancestral direto do Homo sapiens. Destarte, análises posteriores sugerem que Lucy pode ter sido apenas um ramo lateral, sem nenhuma relação direta conosco. Essa falta de continuidade no registro fóssil enfraqueceu a narrativa de que os humanos surgiram gradualmente a partir de um ancestral comum com os primatas.

Outro ponto que merece destaque é o intrincamento do nosso cérebro. O salto cognitivo necessário para o desenvolvimento da linguagem, da arte e da cultura é algo que a teoria darwiniana não consegue explicar. O neurocientista John Eccles, apontou que a evolução do cérebro é tão extraordinária que desafia os mecanismos tradicionais de mutação e seleção natural. Para ele, a emergência da mente humana sugere a intervenção de um princípio criativo ou de uma inteligência subjacente. "A singularidade da mente que carregamos é um apontamento de que nem todas as respostas cabem nos moldes de teorias preexistentes."– Dan Mena.

Essas evidências nos levam a uma conclusão inesquivável: o modelo clássico de evolução, baseado em mutações aleatórias e seleção natural, é insuficiente, inexato para explicar a complexidade e a singularidade da vida humana. No entanto, apesar dessas descobertas, continuam a nos ensinar e repetir teorias que não mais se sustentam à luz dos dados atuais. É como se estivéssemos presos a um modelo reducionista, com medo de admitir que talvez precisemos de uma abordagem mais ampla e integrativa. Vejo essa resistência como um medo muito nosso de abandonar o familiar. É mais confortável repetir o que nos foi ensinado do que confrontar o desconhecido. Porém, a ciência não avança por meio da conformidade, e sim através do questionamento. Se queremos realmente entender nossa origem, precisamos abandonar a reprodução acrítica e abraçar o espírito investigativo que é a essência da ciência. "Reinterpretar teorias é dar lugar para que a própria ciência se reinvente abrindo caminhos para novas descobertas e entendimentos." – Dan Mena.

O conceito de “design inteligente” surge, nesse contexto, como uma alternativa robusta e consistente. Não se trata de rejeitar a ciência, mas de buscar sua expansão. Sua moção propõe que a vida, com toda a sua articulação e interdependência, seja o resultado de um planejamento intencional, e não de processos cegos e aleatórios. Portanto, ao ponderarmos sobre o tema, convém a você, leitor(a), reconsiderar aquilo que lhe foi incutido como uma verdade. As evidências científicas modernas nos oferecem uma oportunidade de compensar nossas certezas e abrir novas possibilidades. Não somos apenas produtos do acaso; somos o resultado de algo muito maior, algo que desafia nossa compreensão e nos convida a continuar buscando, com curiosidade e humildade, as respostas para as perguntas mais fundamentais.

Chegou o momento de pararmos de repetir teorias como papagaios e começarmos a pensar como seres inteligentes. A ciência, quando bem conduzida, nos liberta das amarras do conformismo. Afinal, a busca pelo conhecimento não é apenas uma jornada intelectual, mas também um ato de coragem – a coragem de questionar, explorar e descobrir. Para encerrar, debruço sobre uma passagem de Apocalipse: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.”(Apocalipse 1:8; Ap 22:13)

Alfa e Ômega, a primeira e a última letra do alfabeto grego, são símbolos poderosos que descortinam a soberania de Deus sobre toda a criação. Ele não apenas afirma ser o começo e o fim da história, mas também o autor de tudo o que existe. Assim pronunciou ''Sua Palavra'' e com ela formou o universo: “Os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hebreus 11:3). No fim dos tempos, essa mesma Palavra será proclamada: “Está cumprido” (Apocalipse 21:6).

Tudo o que podemos ver teve um início, e esse princípio se deu através da sua voz. E tudo o que vemos encontra seu fim, dando passagem à criação invisível e eterna, estabelecida pela mesma palavra. “A palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Isaías 40:8).

Na verdade, “e esta é a palavra que entre vós foi evangelizada” (1 Pedro 1:25).  Será que prestamos atenção a essa leitura? Nela está a chave para o entendimento sobre o passado e o futuro, o princípio e o fim. Nenhuma ciência ou lógica pode nos fornecer respostas definitivas sobre a origem do homem, muito menos sobre o universo ou seu destino final. Somente a Palavra de Deus nos revela essas verdades, pois nela estão os fundamentos da criação e do propósito da vida.

O design inteligente, aponta para essa verdade primordial: a criação não é fruto do acaso, mas da ação intencional de um Criador soberano que está presente em cada detalhe cósmico. Ao considerarmos essa gênese, podemos vislumbrar a grandeza de um plano que extrapola o tempo e a matéria, e que culminará em uma nova criação, conforme Sua promessa.

"A unidade genética que nos conecta a um único ancestral nos leva a uma ponderação: somos seres que vivemos divididos por constantes ilusões de separação." – Dan Mena.
"A unidade genética que nos conecta a um único ancestral nos leva a uma ponderação: somos seres que vivemos divididos por constantes ilusões de separação." – Dan Mena.

“Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste” (Colossenses 1:16-17).


Que possamos, então, abrir nossos corações e mentes, permitindo que a sabedoria divina nos guie em nossa jornada de busca pelo conhecimento e entendimento. Ao fazermos isso, não apenas honramos o Criador, mas também nos aproximamos mais da plenitude de Seu propósito para nossas vidas.


"Alfa e Ômega, começo e fim, nos evocam quanto a aceitação de que o nosso conhecimento é limitado e apenas uma fração do infinito poder do entendimento Divino." – Dan Mena. Interpretando Darwin através da Fé. "Não entendo por que os herdeiros intelectuais de Darwin odeiam tanto a idéia do design inteligente, já que foi o próprio Darwin quem a inventou, explícita e completa, nos parágrafos finais de A Origem das Espécies." - Olavo de Carvalho. A afirmação de Olavo de Carvalho, ao sugerir uma interpretação que associa a obra de Charles Darwin ao conceito de design inteligente, coloca em evidência a ambiguidade que pode ser encontrada no próprio texto de Darwin, especialmente em sua conclusão em "A Origem das Espécies". É importante destacar que, mesmo em uma obra amplamente científica, Darwin faz menção a uma força sobrenatural que pode ter influenciado a vida no planeta. Nos parágrafos finais da primeira edição de "A Origem das Espécies", ele expressa: "Existe grandeza nessa visão da vida, com seus vários poderes, tendo sido originalmente insuflada por um CRIADOR em algumas formas ou em uma única; e, enquanto este planeta tem seguido girando de acordo com a lei fixa da gravitação, de um começo tão simples, formas infinitamente belas e maravilhosas evoluíram."  Esta citação sugere que, para Darwin, a complexidade e a beleza da vida poderiam muito bem ser vistas como produto de uma intenção maior. O uso da expressão "originalmente insuflada por um Criador" não apenas abre esse espaço para a interpretação de um projetista, mas coloca em evidência que sua obra não é uma negação de Deus, mas sim um convite à reflexão sobre a relação entre ciência e espiritualidade. Se Olavo de Carvalho sugere que Darwin “inventou uma ideia do design inteligente”, é possível argumentar que, ao reconhecer a grandeza da vida em sua obra, na verdade prepara o terreno para a discussão sobre como um Engenheiro poderia operar por trás das maravilhas da sua teoria. O design inteligente, como um conceito contemporâneo, defende a ideia de que a complexidade da vida, em sua organização e funcionalidade, sugere uma intervenção consciente. Essa visão complementa e, em muitos aspectos, está alinhada com o que Darwin sugere. Pois é, mais uma vez, vou pegar no pé dos evolucionistas com as palavras daqueles que se assentam nelas.

Ademais, ao abordar a questão da complexidade biológica, é pertinente considerar que a interdependência dos ecossistemas e a estrutura complexa de organismos vivos podem muito bem indicar a presença de um planejador que orquestrou essas interações de forma a garantir a continuidade e a beleza da vida. Darwin, com suas observações sobre seleção natural, não exclui a ação de um Criador, mas deixa em aberto a interpretação de que as leis naturais poderiam ser, de fato, o meio pelo qual um design inteligente se manifesta.

A menção a uma "inspiração original" que Darwin deixou bem para o finalzinho, né? abre essa entrelinha muito clara para o diálogo entre ciência e fé, estabelecendo esse espaço de formas a ser considerada junto às descobertas científicas. Essa convergência sugere que a evolução darwiniana, longe de ser uma negação da divindade, pode ser vista como um processo que ainda requer uma compreensão do papel de um Criador que, por meio das leis da natureza, estabeleceu as bases para a maravilha da vida que experienciamos hoje. O que analiso ao final de muitas leituras, é que ateus, cientistas como Einstein, Darwin e outros, inclusive Freud, não tiveram peito para serem radicais, porque eles mesmos, sentem na sua alma um coração batendo, uma emoção chegando, a busca por significado, propósito e a compreensão da complexidade do universo. Nem me estendo mais, vou fechar com 4 frases, mas poderia colocar dezenas delas nesta direção que aponto. 1. Charles Darwin (1809-1882) – Pai da Teoria da Evolução

“Nunca fui um ateu no sentido de negar a existência de um Deus. Acho que, em geral (e cada vez mais à medida que envelheço..(hehe), mas não sempre, que a visão mais correta é a do agnosticismo.”  (*Carta a John Fordyce, 1879 )

2. Albert Einstein (1879-1955) – Físico, Formulador da Teoria da Relatividade

“Quero saber como Deus criou este mundo. Não estou interessado neste ou naquele específico, no espectro deste ou daquele elemento. Quero conhecer os pensamentos de Deus; o resto são detalhes.” (Citado em "The New Quotable Einstein" de Alice Calaprice, 2005 )

3.Theodosius Dobzhansky (1900-1975) – Geneticista e um dos principais Formuladores da Síntese Moderna da Evolução

“Nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução. Mas a evolução também não faz sentido sem uma compreensão mais ampla do universo e do nosso lugar nele.” (*"Não"Nada na Biologia Faz Sentido Exceto à Luz da Evolução", 1973 )

4. Francis Collins (1950-) – Geneticista, Diretor do Projeto Genoma Humano

“A ciência é a maneira como Deus nos dá a oportunidade de entender melhor a criação.”

 (*A Linguagem de Deus: Apresenta Evidências para a Crença, 2006 )


Palavras Chaves: Design Inteligente, Design Inteligente Origem da Vida, Design Inteligente Estrutura Universal, Design Inteligente Ciência, Design Inteligente Paradigmas, Design Inteligente Evolução, Design Inteligente Complexidade, Design Inteligente Complexidade Irredutível, Design Inteligente Complexidade Específica, Design Inteligente Princípio Antrópico, Design Inteligente Teoria, Design Inteligente Debate, Design Inteligente Filosofia, Design Inteligente Cientistas, Design Inteligente Críticas, Design Inteligente Controvérsias, Design Inteligente Inovação, Design Inteligente Futuro, Design Inteligente Sustentabilidade, Design Inteligente Educação, design inteligente, ciência, inconsciente, Darwin, Freud, DNA, criação, psicanálise, propósito, vida, simbiose, desenvolvimento embrionário, inteligência organizada, arquétipo, criador, acaso, significado existencial, mente humana, biologia, química.



Bibliografia consultada: Design Inteligente: O Desafio da Evolução - Michael Behe

A Caixa Preta de Darwin - Michael Behe

A Revolução do Design - William A. Dembski

Assinatura na Célula - Stephen C. Meyer

A Linguagem de Deus - Francis S. Collins

Design Inteligente - A Ponte Entre Ciência e Teologia - William A. Dembski

A Inferência do Design - William A. Dembski

O Que é a Vida? - Paul Nurse

Evolução: Uma Teoria em Crise - Michael Denton

Evolução e o Mito do Criacionismo - Tim M. Berra A Nova Ciência do DNA que Desafia a Evolução - Michael J. Behe A Dúvida de Darwin - Michael J. Behe A Interpretação dos Sonhos - Sigmund Freud

O Ego e o Id - Sigmund Freud

A Psicanálise e a Filosofia - Paul Ricoeur

O Inconsciente - Sigmund Freud

Os Fundamentos da Psicanálise - Melanie Klein

Bíblia Sagrada - 2ª ed. São Paulo - Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. A origem das Espécies - Charles Darwin Fomos Planejados - Marcos Eberlin Evolução ou Design Inteligente? - Marcos Eberlin Em Busca de Sentido - Viktor Frankl Meditações Metafísicas - René Descartes Até breve, Dan Mena. 

Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 — CNP 1199. Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 — CBP 2022130. Dr. Honoris Causa em Psicanálise pela Christian Education University — Florida Departament of Education — USA. Enrollment H715 — Register H0192.

 
 
 

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