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O impostor.

Atualizado: 22 de set. de 2024



“A Síndrome do Impostor é o conflito inconsciente entre o desejo de ser reconhecido e o medo profundo de ser exposto como uma farsa.” Dan Mena — por Dan Mena.

Neste artigo, vou discorrer sobre algo muito interessante, o impostor. O que seria isso? Em alguma oportunidade já teve a sensação de que as conquistas que obteve na vida provém de golpes de sorte? Ou talvez sinta, que não é merecedor(a) das coisas que recebe? Que seu valor está deturpado da realidade sobre o que outros projetam e pensam ao seu respeito? Tem medo de ser desmascarado(a), ser descoberto(a) como uma fraude? Se respondeu afirmativamente a alguma destas perguntas, você pode estar sofrendo da ''Síndrome do Impostor''. É um fenômeno psicológico que faz com que as pessoas afetadas sintam que nunca estão à altura da tarefa designada ou que são incapazes de aceitar que merecem o que obtiveram como resultado do seu trabalho, capacidade e esforço. Destarte, não seja reconhecido como uma perturbação ou doença, afeta igualmente ambos os sexos, e é muito mais frequente do que imaginamos, por isso, fique tranquilo(a), já que seis em cada dez pessoas sofrerão deste evento ou autoincriminação durante sua trajetória de vida. Existem inúmeras causas que podem levar à sua origem, algumas das quais seriam: a dinâmica familiar durante a infância, baixa estima, superproteção infantil, falta de reconhecimento no ambiente familiar, diferenças profissionais, deturpação e deformação da percepção de sucesso, fracasso ou insucesso em empreitadas, alto conceito de competitividade, rivalidade e disputas por posições sociais marcadas entre homens e mulheres, etc. A principal caraterística que provoca seu surgimento é a distorção cognitiva, geralmente baseada em crenças limitantes. Uma visão exagerada, potencialização das capacidades e habilidades pessoais, atribuídas a um suposto sentido de sucesso, percebidas como razões e fontes exteriorizadas. A insegurança, ideias e pensamentos sabotadores que viajam juntos no sentindo da criação de um medo imaginário, fantasioso, que permanentemente invade e ataca a psique. Digamos, uma certa ameaça de estar vestindo um disfarce que pode cair a qualquer momento, que dissimula seu agir é pode ser escrachada. Um problema comum, que pode afetar pessoas de todas as idades, classes sociais e profissões. Boa leitura.


Visão psicanalítica.


A psicanálise oferece uma perspectiva da síndrome a partir da teoria da personalidade de Freud, é possível compreender como se desenvolve e se manifesta. E o impacto significativo na vida das pessoas. Pode causar ansiedade, depressão, dificuldade de concentração e produtividade, e até mesmo o abandono de oportunidades de sucesso.


No livro "The Secret Thoughts of Successful Women: Why Capable People Suffer from the Impostor Syndrome and how to Thrive in Spite of it”, (Os pensamentos secretos de mulheres de sucesso: por que pessoas capazes sofrem com a síndrome do impostor e como prosperar apesar disso) — de Valerie Young, destaca cinco tipos:


Habilidades: Precisa alcançar resultados imediatos, se esforçar duramente por suas metas e objetivos, o que a(o) faz se sentir pouco competente, pois não o considera ser ou ter como um talento natural. Desprezam o auxílio, a assistência, a ajuda, porque isso os(as) incômoda, acreditam piamente em sua capacidade de realizar tudo por conta própria. Seus talentos são vistos como brumas, escuras e opacas.


Egocêntrico(a): Tem a firme convicção de que pode conquistar tudo de forma independente, sozinho(a), que sua prosperidade depende apenas de alcançar seus propósitos e fins, que incluir um terceiro, seria prejudicial ao seu escopo. De fato, solicitar auxílio é para eles(as), uma evidência de que são enganadores(as), fraudatórios(as), (soando permanentemente nas suas cabeças).


Perito: Visto como um(a) especialista nos seus círculos, porém, não se sente ou habilita como merecedor(a) de tal condição. Estabelece metas subjetivas e inalcançáveis para ser verdadeiramente experimentado, resultando na constante sensação de ser um(a) impostor(a), pois sempre haverá algo perturbavelmente desconhecido. No sentido que crê que sabe tudo, portanto, se limita.


Perfeccionista: Estabelece metas excessivas, cria suas próprias dificuldades para alcançá-las, alimenta sua crença de que não é bom ou boa o suficiente para elas. Além disso, mesmo quando atingem suas metas não conseguem usufruir e desfrutar do sucesso. Acreditam que sempre podem fazer melhor, deflagrando um sem fim de tarefas desafiadoras. Preocupação, ansiedade, angústia e insegurança criam o tom da sua vida.


Super-humano. Para camuflar sua insegurança, trabalha a um ritmo incessante, ''workaholic'', (viciado em trabalho), precisa estar constantemente provando seu valor e obtendo validação externa. Precisam ser bons em tudo, dar exigência e crítica constantes de si.


Que decorrências pode ter?


Incapacidade de reconhecer e apreciar suas realizações.

Aumento do nível de stress no dia a dia, nesse medo de ser descoberta(o) o que a aflige(a).

Desconforto emocional causado pelo sentimento de culpa por “enganar” metaforicamente os outros.

Procrastinação das tarefas ou trabalhar excessivamente para provar que o seu sucesso se deve ao trabalho e não ao talento.

Dificuldade em pedir promoções ou aumentos salariais.

Não acreditar nas suas habilitações e qualidades, trabalhar abaixo do seu possível potencial.

Desconformidade na execução de tarefas… tudo podia ser feito melhor.


Freud e a síndrome do impostor.


A teoria da personalidade de Freud é baseada na ideia de que o desenvolvimento humano é influenciado por fatores conscientes e inconscientes. O inconsciente, por sua vez, é um baú de pensamentos, sentimentos e desejos reprimidos da consciência. Como um sintoma inconsciente, criam uma imagem de si mesmas(os) de inabilidade e imperícia, mesmo quando a sua realidade é positiva e diferente da formulada. Esse desenho desfavorável de si, pode ser resultado de experiências traumáticas ou de confrontos incônscios. Por exemplo, uma pessoa criticada por seus pais durante a infância pode desenvolver uma limitação de que não é boa o suficiente. Em sua obra “Psicologia das Massas e Análise do Ego,” Freud abordou no “Ideal do Ego”, essa representação idealizada do self, reconhecendo que tal aspiração imaginária, inevitavelmente resultaria em um sentimento de insatisfação, uma vez que a realização desse arquétipo permaneceria inatingível. Diante da impossibilidade de alcançar o sublime, levanta a questão de como lidamos com esse descontentamento e desprazer, especialmente, quando eles são influenciados pela cultura e o social. Uma resposta possível para essa questão, seria a aceitação dessa inviabilidade, impraticabilidade da coisa, que, sem dúvida, preservaria o nosso desejo. No entanto, para adotar essa dimensão, teríamos que resistir às pressões do discurso da sociedade. Eis ao que Lacan denominou de “imperativo de gozo” que diz; “Há, portanto, um impossível de se cumprir; goze o que gozar o sujeito, ele estará sempre em dívida e culpa com o supereu, ninguém a gozar, senão o supereu. O supereu é o imperativo de gozo — Goza!” (Lacan, 1972 – 73/1985).” Aqui entra Freud como o “superego” O superego é entendido como uma instância psíquica que observa e supervisiona constantemente os pensamentos e comportamentos do sujeito, comparando-os com os ideais estabelecidos e impondo, severamente, a realização do que é, na verdade, inatingível''. Quanto mais o sujeito se esforça para se conformar aos padrões impostos pelo superego e pela cultura, mais ele(a) fica aprisionado(a) a tirania do imperativo de buscar um prazer idealizado. Eles acabam por bloquear o acesso ao seu verdadeiro desejo. A profundidade desse comprometimento com o ideal e com o imperativo do gozo levanta questões sobre até onde o sujeito está disposto a ir para se conformar com padrões inatingíveis e as implicações disso para sua saúde mental. Esse peremptório de gozo e à compulsão de buscarmos satisfação e prazer, muitas vezes de maneira autodestrutiva, se deve a pressões internas que não estão alinhadas com nosso desejo consciente. Ao tratar da lei moral, a partir do “Mal-estar na civilização” (Freud, 1930 — Lacan, 1959), nos remetem ao próprio paradoxo do supereu, que se alimenta da renúncia exigida por ele. A função do supereu é reforçar as imposições da civilização, sua missão, nos demandar a renúncia pulsional, ditas resignações da qual se alimentam a agressividade e a destrutividade. Tanto a consumação de uma quanto a outra, nessas abdicações e desistências, haverá infelicidade, pelo impossível mandamento superegoico da renegação a pulsão. O que funda a civilização é uma necessidade não de regular as pulsões sexuais, mas sim de estabelecer uma proteção contra a agressividade do próximo, o gozo. Ou seja, o que se configura como um mal é o nosso gozo, a agressividade contra o outro, que também se volta contra nós.


Superar o medo do êxito.


Dominar o temor do triunfo, da vitória e prosperidade é muitas vezes uma preocupação que permeia o desenvolvimento pessoal. Dúvidas e fragmentações psíquicas em relação às nossas capacidades formam parte desse receio de alcançar finalidades e propósitos.


Como podemos confrontar as vozes que as alimentam?


Fazer uma autoavaliação objetiva, adaptada a mensuração do progresso pessoal.

Reconhecer e valorizar nossos talentos individuais, mesmo que essas aptidões nos conduzam por caminhos não convencionais.

Sair do quadrado, explorar o nosso potencial de maneira única.

Validar os próprios feitos e realizações via uma compreensão mais sólida das suas origens.

Desvincular eventos e feitos positivos da sorte ou acidentes fortuitos.

Estabelecer metas alcançáveis com um senso de controle sobre o caminho.

Usar uma abordagem gradual na construção da autoconfiança e na habilidade de reconhecer cada etapa em direção aos fins.

Abandonar a ideia de perfeição que gera ansiedade e autocrítica negativa.

Reconhecer a natureza imperfeita da condição do ser, cientes que possuímos habilidades e competências únicas.

Desenvolver um controle sobre os pensamentos desautorativos que boicotam e danificam nossa autoestima.

Reconhecer quando esses pensamentos negativos surgem e evitar declarações limitantes, como “não mereço”.

A mudança de paradigma envolve substituir o não consigo pelo tentarei.

Ajustar a linguagem interna para começar a reverter e cultivar uma mentalidade autoafirmativa.

Aprender a aceitar elogios sem a necessidade de justificá-los.

Desenvolvimento da autoestima de maneira sustentada, saudável e autêntica.


Ansiedade existencial e a valorização do sucesso na modernidade.


A ansiedade existencial é um desafio para à nossa experiência de vida e sua busca por significados. Encarar eles, bem como a disposição para enfrentar dificuldades, fazer renúncias e lidar com fracassos é inevitável. Esta jornada requer muita dedicação e não pode ser abordada de maneira extemporânea. Carregamos conosco uma série de incertezas, inquietações, zelos, escrúpulos, melindres e desconfortos relacionados aos obstáculos que se denotam. Preocupações, são geralmente exacerbadas por uma forma de ansiedade que pode ser irracional, conhecida como'' ansiedade existencial'', (está na essência do ser, pode surgir com várias características: ansiedade de morte, de falta de sentido, vazio ou culpa. A ansiedade de morte, seria a última e absoluta manifestação do “não ser”, o fim inevitável a que todos nos dirigimos irremediavelmente), que reúne também o medo do insucesso em nossos projetos. Em “O Futuro de uma Ilusão” de (1927), Freud fala: “O medo do infortúnio é uma das maiores fontes de ansiedade humana; mas se ele vier, é que os instintos, aos quais a própria adversidade foi infligida, terão desempenhado um papel na trama da vida''. ''A resiliência é uma qualidade valiosa da qual precisamos dar mão, como uma competência dimensional de perceber o social e o mundo que gira nos entornos. Aqueles que alcançam o sucesso dos seus objetivos frequentemente passaram por grandes reveses e mudanças, certamente, utilizando às oportunidades de aprendizado que se cruzaram no decurso, onde por esta razão, ambiguidade de propostas e dúvidas não devem ser vistas como perigos, mas como catapultas que vão nos impulsionar. “Nós podemos pensar em nós mesmos como tendo três inimigos poderosos: o super-ego, que reprime os nossos desejos; a realidade exterior, que frustra nossas tentativas de satisfazer esses desejos; e o superego, que inflige punições de ansiedade — medo do mundo exterior, pavor do superego e pânico do castigo.” Como seres naturalmente dependentes que somos daqueles ao nosso redor, necessitamos dessa presença do outro, para legitimar essa segurança emocional. A valorização que estes ''outros'' desempenham e um alicerce retificante na elaboração da ufania, amor-próprio e autoestima. “A necessidade de amar e ser amado é o princípio vital mais básico do psiquismo individual. É a necessidade de ser aceito e não rejeitado pelos outros.” “O Mal-Estar na Civilização” (1930).


Para evitar confrontar esses sentimentos que nos habitam, recorremos a estratégias de mentirmos a si, ao mesmo tempo, tapeando os outros, seja de forma consciente ou inconsciente, embalamos a percepção do olhar de terceiros, escondendo nossa capacidade de enfrentar essa debilidade. Lidar com a possibilidade do insucesso, passa por uma leitura fria da sociedade contemporânea, onde o encantamento e a fascinação pelo seu antagônico ''suposto'' êxito se vincula a aspectos concretos, ligados a realizações financeiras, posição social, vaidade, poder, títulos educacionais, fama, etc. Essa avaliação que pesa sob o crivo da sociedade nos torna subjugados a arbítrios, que muitas vezes condicionam o valor puramente essencial da vida. Parece, que nestes tempos, a materialidade se sobrepõe ao indivíduo. Aqui podemos engajar Bauman, com seu conceito brilhante de “sociedade líquida” onde argumenta da natureza fluida, instável e volátil das sociedades recentes, lugar das relações sociais, instituições e valores caracterizados por uma ausência de solidez e constante mudança. O materialismo, manifestado como uma demanda incessante por bens de consumo, impulsionados pela incerteza e satisfação de uma segurança fantasiosa. Na realidade, um esforço imaginário e insustentável para preencher vazios emocionais impossíveis de serem completos. “Na sociedade líquida nada retém sua forma por muito tempo, os acordos são transitórios e as obrigações evaporam, o excesso de peso — físico, moral, social e político se tornam uma grande desvantagem.”. Toda essa fragmentação anotada, narra esse percurso em direção ao aparecimento ''do impostor''. Essa dinâmica que nos leva a uma preocupação constante com a busca por validação externa gera um gatilho interiorizado de sermos uma farsa.


Vamos a uma situação real, aonde o paciente relata (num trecho da sua análise), uma queixa que pode ser relacionada a ''Síndrome do Impostor''.


Daniel: Bom dia Lucas, vamos seguir daquele ponto que você estava falando sobre estar sobre pressão… como você está hoje?

Lucas: Estou bem, obrigado, é você?.

Daniel: Estou grato pela sua presença, motivado.

Lucas: Agradeço por isso, quase que fugi, rsrs. Sabe Dan, tenho sentido essa pressão esmagadora aumentar ultimamente. Sinto que estou enganando todos ao meu redor e que, mais cedo ou mais tarde, vão perceber que não sou tudo aquilo que imaginam.

Daniel: Entendo. É importante que você mencione e possa dar nome a esse sentimento. Me conta mais sobre quando esses sentimentos começaram a surgir?

Lucas: Isso tem sido um problema desde a minha adolescência, mesmo quando obtinha sucesso nas coisas, eu sempre pensava que foi sorte, que foi uma coincidência ou que outras pessoas eram melhores em esconder suas falhas do que eu. Às vezes, me sinto como se estivesse apenas “fingindo” ser uma pessoa bem-sucedida e feliz.

Daniel: Você mencionou que sente que está “disfarçando”… me dá um exemplo específico de quando e como se sentiu assim?

Lucas: Deixa ver… pensa… uma situação que aconteceu recentemente no meu trabalho… fui promovido para gerência regional da empresa. Embora meus chefes pareçam confiantes em mim, nos resultados e habilidades, sinto que estou apenas representando um papel e que, a qualquer momento, isso vai cair por terra, que não sou digno dessa posição. Desde a semana retrasada, não consigo conciliar o sono, pensando em estratégias, melhoras, acredito que tudo o que está posto não sustentará meu trabalho. (segue relatando detalhes).

Daniel: É compreensível que essa nova posição no trabalho te cause ansiedade. Quando você se sente assim… o que passa pela sua mente? Há algum pensamento recorrente que te atormente? Você pode dar nome a essa aflição?

Lucas: Sim, sempre me pego pensando e dando voltas no assunto, fico inseguro, parece que tudo o que faço dará errado, que não tenho as habilidades que as pessoas pensam que tenho. Sinto que…(pausa longa)… quando Evaristo meu gerente geral descobrir quem sou de verdade, serei humilhado, chutado da minha cadeira e ridicularizado pelos colegas de trabalho.

Daniel: Esses pensamentos de ser rejeitado por seu chefe ou achincalhado são muito significativos. Você já teve experiências reais no passado que isso realmente aconteceu com você?

Lucas: Bem, eu lembro sim… tinha um professor na escola que costumava fazer comentários sarcásticos sobre meu desempenho, piadinhas, na frente de toda a classe. Era sempre comigo a coisa, Isso me deixava extremamente envergonhado. Não podia contar isso em casa, porque meu pai era o tipo ignorante, e minha mãe apoiava tudo o que ele fazia, inclusive me bater com um cinto de fivela quando tirava nota ruim.

Daniel: Me fala do seu pai…(longo relato). Na quarta quero que você fale mais sobre ele.

Daniel: Agora fala mais sobre a escola é o professor… Como você acha que esses sentimentos afetaram suas relações pessoais?

Lucas: Não sei… será que tem a ver? Talvez isso tenha me abalado, nunca parei para pensar nisso… pode ser. Vou pensar mais.

Lucas: A questão é, que o assunto está tirando meu sossego, estou agindo como uma criança que não sabe o que está fazendo. Mesmo nas minhas relações pessoais, sinto que minha mulher vai me abandonar também. Isso me fez afastar de amigos e de me isolar emocionalmente.

Daniel: Me fale da sua esposa… da sua relação.

Lucas: Eu não converso essas coisas com ela, está pouco se c........com meus problemas.

Daniel: Como você chegou a essa conclusão?

Lucas: Não sei, é o que penso.

Daniel: Encerremos por hoje…(corte)… te espero na segunda Lucas.

Lucas: Dan, você não quer saber o que penso sobre ela?

Daniel: Não, hoje não. (O nome real do paciente e seu implicado foram trocados para preservar o sigili profissional)


Frases de psicanalistas sobre o tema;


“O sucesso na vida é frequentemente acompanhado por um senso de realização e autoestima, os quais são fortalecidos quando compreendemos e aceitamos nossos próprios conflitos internos.” “O fracasso pode ser visto como uma oportunidade para a mudança e a transformação, à medida que exploramos as motivações inconscientes por trás de nossas ações.”. — Reflete, a ideia de que o fracasso pode ser um catalisador para o crescimento pessoal.


“A análise psicanalítica da Síndrome do Impostor sugere que, por trás da autocrítica intensa, há um desejo profundo de validação e aceitação.” Dan Mena.


“A Síndrome do Impostor é o sentimento de que você não é inteligente, competente ou talentoso, apesar das evidências em contrário.” Young.


“A única coisa que as pessoas com a Síndrome do Impostor têm em comum é que todas acham que são uma fraude, não importa o quão inteligentes ou bem-sucedidas sejam.” Sandberg.


“A Síndrome do Impostor impede que as pessoas internalizem seus sucessos, levando-as a acreditar que são apenas o resultado de sorte ou de enganar os outros.” Clance.


“A Síndrome do Impostor faz você pensar que, a qualquer momento, as pessoas vão descobrir que você não sabe o que está fazendo.” Cannon-Brookes.


“A Síndrome do Impostor não é um reflexo de sua competência, mas sim de suas inseguranças e autocríticas.” Amy Cuddy.


“Na psicanálise, a Síndrome do Impostor é como um quebra-cabeça emocional, onde as peças de autoestima e autoimagem não se encaixam harmoniosamente.” Dan Mena.


“A Síndrome do Impostor é como um monstro imaginário que sussurra em seu ouvido, dizendo que você não é bom o suficiente, mesmo quando a evidência prova o oposto.” — Tara Brach


Finalizo o tema com às definições de Hillman, psicólogo da área da psicologia arquetípica e analítica. Embora não tenha focado especificamente no tema, suas ideias são relacionadas a essa questão;


Persona e autenticidade: Explorou a ideia de que frequentemente usamos personas ou máscaras sociais, para se adaptar às expectativas da sociedade. Uma forma de procurar uma conexão mais autêntica com o nosso self interior.


Complexidade da identidade: Argumenta que somos seres complexos com múltiplas facetas, e que cada aspecto de nossa identidade merece ser reconhecida e explorada. O sentimento de ser um “impostor” pode surgir quando uma parte de nossa identidade é suprimida ou não reconhecida.


Aceitação de contradições: Enfatizou a necessidade de aceitar as contradições e paradoxos da nossa psique. O sentimento de ser uma fraude, pode surgir quando tentamos simplificar demais nossa identidade ou negar partes dela.


Imaginação e criatividade: Valorizou a imaginação e a criatividade como ferramentas para sondar a complexidade da psique. Nossa imaginação pode nos ajudar a entender e abraçar diferentes singularidades de nós mesmos.


Não se trata apenas de tratar o problema, mas de um aprofundamento na direção da compreensão do self. O sentimento de ser um impostor pode ser enxergado como uma oportunidade para investigar e compreender melhor quem somos.


Ao poema de Manuel de Barros.


A poesia está guardada nas palavras.


É tudo que eu sei.


Meu fado é o de não saber quase tudo.


Sobre o nada eu tenho profundidades.


Não tenho conexão com a realidade.


Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.


Para mim poderoso é aquele que descobre as


insignificâncias (do mundo e as nossas).


Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.


Fiquei emocionado e chorei.


Sou fraco para elogios.


Até breve, Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

 
 
 

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