Transtorno Obsessivo Compulsivo.
- Dan Mena Psicanálise
- 5 de mar. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 22 de set. de 2024
A neurose obsessiva, atualmente conhecida como Transtorno Obsessivo Compulsivo ou TOC, é um transtorno mental que produz ideias obsessivas, repetição de atos e pensamentos, compulsão para realizar rituais e cerimônias, excesso de escrúpulos e preocupação com a limpeza, medo homossexual, alto nível de culpa, tudo levado ao extremo da patologia.

A neurose obsessiva, atualmente conhecida como Transtorno Obsessivo Compulsivo ou TOC, é um transtorno mental que produz ideias obsessivas, repetição de atos e pensamentos, compulsão para realizar rituais e cerimônias, excesso de escrúpulos e preocupação com a limpeza, medo homossexual, alto nível de culpa, tudo levado ao extremo da patologia. Conforme a Psicanálise, fala-se em uma estrutura mental em traços obsessivos de personalidade e a formação dos sintomas, ocorre quando conflitos irremediáveis, recheados de afetos intensos e simultâneos de amor e ódio, surgem e, por algum motivo, não se resolveram adequadamente.
Alguns sinais e sintomas:
Medo de germes, contaminação ou contágio.
Ansiedade em esquecer, perder ou colocar algo no lugar errado.
Medo de perder o controle sobre o próprio comportamento.
Pensamentos agressivos para com os outros ou para consigo mesmo.
Dúvida obsessiva e dificuldade em tolerar a incerteza.
Sofrimento com reprovações contínuas, obrigações sem sentido, proibições absurdas, ideias desinteressantes.
Repetição de cerimônias e rotinas, passo a passo, a fim de evitar que algo ruim aconteça.
Impor restrições e preceitos morais a si mesmo.
Sentir-se culpado por algo desconhecido, ou por algo não cometido.
Sentir angústia, escrúpulos e reprovações
Colocar em prática mecanismos de fuga, evitação e proibição.
Acreditar que ao pensar, algo pode se tornar realidade.
Crer no poder mágico das palavras.
Estar em um estado perpétuo de indecisão.
Intensa atividade mental que mergulha o indivíduo num labirinto de pensamentos que se anulam mutuamente.
Excluir a presença de pessoas durante a execução do ato obsessivo.
Algumas compulsões comuns são:
Lavagem e limpeza.
Verificação repetida, por exemplo: se desligou o gás, a luz, fechou a porta, etc.
Contagem ou recontagem.
Arrumação e perfeita organização.
Seguir uma rotina rigorosa.
Fiscalizar exato lugar do objeto.
Quando agravado, é considerado uma doença mental que está entre as dez maiores causas de incapacitação, conforme a Organização Mundial de Saúde; acomete preferencialmente indivíduos jovens ao final da adolescência e, muitas vezes, começa ainda na infância, apresentando curso crônico para a maturidade.
Como é tratado o TOC?
Normalmente o portador tenta ignorar ou se livrar dos pensamentos ou impulsos que o incomodam, mas isto só aumenta seu sofrimento, à medida que eles continuam retornando, levando-os a realizar atos e cerimônias mais obsessivos e regulares, entrando no círculo vicioso do distúrbio. Os atos e cerimônias do TOC parecem sem sentido e absurdos, mas só parecem, porque possuem e têm significado, servem a interesses importantes da personalidade e dão expressão e vazão a pensamentos afetivos reclusos e recalcados.
A psicanálise, é um método capaz de interpretar os sintomas, facilitando a compreensão dos atos. Os principais sintomas e inibições habituais são apenas a face visível do distúrbio, pois a causa fundamental é inconsciente. É sobre esses fatores inconscientes da personalidade do paciente que o tratamento atua, trabalhando diretamente nas causas psíquicas dos sintomas, produzindo autoconhecimento e autotransformação, provocando mudanças permanentes e duradouras. A psicanálise trata o transtorno buscando o que está por trás do ritual, tentando entender a estrutura psíquica fixada a partir das circunstâncias vividas na infância. A terapia vem no sentido de orientar o indivíduo a ter mais controle dos pensamentos e estabilizar os sintomas.
Benefícios do tratamento:
Autoconscientização e transformação.
Desaparecimento progressivo dos sintomas.
Redução dos níveis de angústia.
Economia de tempo, através da eliminação de atos cerimoniais e obsessivos.
Mais energia disponível para as atividades diárias.
Aumento da confiança pessoal.
Melhoria das relações sociais.
Melhoria da qualidade de vida no geral.
Por Dan Mena.
Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130
Comentarios