Convívio Social.
- Dan Mena Psicanálise
- 2 de mar. de 2023
- 4 min de leitura
Atualizado: 28 de ago. de 2024
Seria normal conviver com certos desajustes emotivos, se eles não se tornassem frequentes, cíclicos e duradouros, principalmente, se carregam violência e agressividade.

Melhorando nosso convívio social.
As emoções como a indignação e a irritação atrapalham nossas relações pessoais e familiares.
Afetam negativamente o nosso desempenho social. Seria normal conviver com certos desajustes emotivos, se eles não se tornassem frequentes, cíclicos e duradouros, principalmente, se carregam violência e agressividade. Estar genuinamente chateados nunca ajuda, acreditarmos que expressar raiva pode nos fazer sentir melhor.
De fato, somos responsáveis quando criamos estas expressões, é não são apenas fatores externos que as provocam, senão, a nossa percepção deles. Basta observar, que determinadas pessoas se enfurecem com uma situação, enquanto outras, não se afetam ou ficam indiferentes, no mínimo tratam a desavença com serenidade.
A ira que abala a maneira de como pensamos e agimos, estimula e causa vários sintomas fisiológicos. Tais ocorrências podem ser desencadeadas por reações a acontecimentos que estão ao nosso redor, por pensamentos e preocupações.
Em muitos casos, seu composto de excitabilidade é o resultado de erros sutis de raciocínio ou percepções confusas e desacertadas.
A distorção destes, seu unilateralismo e ângulo desordenado, ocorrem sem a participação consciente do sujeito. A leitura desse padrão, é simples de interpretar. O indivíduo com dificuldades para gerir suas emoções está equilibradamente centrado num único ponto de vista, uma ótica difícil de troca de perspectiva. Outro comportamento comum da visão rígida, é que o mundo deve atender às expectativas conforme seu modelo interpretativo, o que necessariamente não acontecerá. Nessa deformação cognitiva, a pessoa tira conclusões sobre eventos, aplica rótulos negativos, julga severamente e se enxerga como vítima e alvo de qualquer situação no seu entorno.
À medida que aprendemos a substituir os arquétipos deturpados e falsos por referências práticas, flexíveis e produtivas, sentiremos menos compulsão em sustentar esses atos.
Veja a seguir 10 práticas testadas de autocontrole.
Experimente usar as estratégias e técnicas para supervisionar o seu lado emotivo. Procure ajuda profissional, inicie a recuperação assistida. Se você deseja desfrutar de uma mente sólida, preparada para uma vida otimizada, use este momento para dar um passo à frente na resolução dos seus conflitos;
1 — Realize um rápido exercício de relaxamento;
2 — Conte até dez antes dar respostas;
3 — Dê uma caminhada rápida de 30 minutos;
4 — Use afirmações firmes e positivas sobre você;
5 — Conheça seu comportamento irritável;
6 — Imagine se admitindo de maneira diferente;
7 — Observe as reações de terceiros a suas novas respostas;
8 — Modifique o estilo de resposta estressada;
9 — Reposicione ou evite aquilo que provoca seu mal-estar;
10 — Considere dar mais tempo para fazer coisas que aprecia.
Usando o nosso saber.
“Homo” sapiens, deriva do latim, significado de homem sábio ou que sabe, utilizado para designar cientificamente o ser humano moderno.
Esta característica especial, que nos difere das demais espécies, pelos princípios da presença de autoconsciência, racionalidade e sapiência. Elevada necessidade mental de conexões positivas e relações afins com outros.
O cérebro social da nossa espécie anseia por companhia, interação e oportunidade para expressar os nossos problemas e o compartilhamento das alegrias e realizações. É verdade, por estas razões, que relacionamentos saudáveis e de suporte são reconhecidos como a fundação básica estrutural da saúde mental e emocional. Não importa quanto tempo e esforço dediquemos a melhorar estes aspectos, ainda assim, precisaremos da ajuda de outros para sondar a noção de existência, e qual o nosso prisma de vida.
Posto isto, é por tais características, será sempre uma chave interessante encontrar alguém para travar um relacionamento saudável.
Um indivíduo solidário, bom ouvinte, que possamos compartilhar a jornada e nos escute sem julgamentos ou críticas.
Algumas das excelentes habilidades de comunicação que somos dotados;
1 — Empatia;
É a capacidade de se identificar com o outro, sentimento de reciprocidade. Habilidade de expressar e entender seus interesses e anseios. Isso não significa que devemos concordar com todos os pontos de vista contrários, apenas reconhecer, assimilar positivamente o lado oposto. Ao fazer, estamos evidenciando a importância que verdadeiramente podemos oferecer ao interlocutor.
2 — Aceitação;
A aceitação pessoal, é uma maneira de encarar os acontecimentos cotidianos com maior serenidade. Algumas vezes, acontecem eventos que não podem ser modificados pela nossa simples vontade, nesses casos, podemos ser compelidos a um estado de estresse e frustração. Reconhecer que não temos plena perícia de adaptar tudo ao nosso estilo, forma e desejo, é assim, acolher paulatinamente nossas limitações. Essa pacificação crucial se torna primordial na estruturação saudável da personalidade.
3 — Valorização;
Tenha em mente que a maioria das pessoas aprecia serem amadas, valorizadas e apreciadas. É muito imperativo que preste atenção a suas interações com seus laços, deixe-os sentir quanto são importantes. A construção de conexões sociais sustentáveis, abrigará a sua causa, sua singularidade e realidade objetiva.
4 — Escuta;
Desenvolva um interesse autêntico e genuíno pelo que o outro tem a dizer. Nesse sentido, a escuta ativa ajuda a incluir pensamentos empáticos e a amplificar a maestria de se colocar em afinidade, graças a uma comunicação muito mais efetiva. Elabore perguntas abertas, utilize a linguagem corporal, não se distraia, nem delibere julgando. O diálogo, é uma via de mão dupla, ouvir, é tão importante quanto saber se expressar.
Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130
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