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Análise Psicanalítica Filme "Secretária" ou "Secretary": Desejo, Poder e Libertação.

Desejo, Poder e Libertação.
Desejo, Poder e Libertação.

A psicologia por trás do Filme 'Secretária'. Olá, leitores! Hoje, convido vocês a entrarem comigo no universo cinematográfico que transcende o óbvio e nos provoca a refletir. "Secretária" ou "Secretary" (2002), dirigido por Steven Shainberg e produzido pela Lionsgate Films, não é apenas um filme — é uma janela para os recantos fascinantes da psique. Estrelado por Maggie Gyllenhaal, James Spader e Jeremy Davies, este drama romântico com tons eróticos nos apresenta uma narrativa que entrelaça desejo, poder e submissão de maneira única e desafiadora. Como psicanalista e amante do cinema, vejo neste filme uma oportunidade rara de explorar comportamentos através de um olhar psicológico, acessível a todos, mas com a robustez que o tema merece.

Nota ao leitor - Quando o cinema sonha com Freud

Trailer Oficial Legendado do Filme ''Secretária''

É com entusiasmo e senso de propósito que inicio uma nova janela em nosso espaço de ponderações analíticas: a fusão entre psicanálise e cinema não é nenhuma novidade. Até aqui, no meu blog tenho dissertado unicamente sobre temas fundamentais da alma, sob o olhar clínico e teórico da psicanálise — desejos, angústias, repetições, vínculos e fantasias. A partir de agora, abriremos um prisma para a subjetividade: a da tela grande. O cinema, desde seu nascimento, tem sido um território fecundo para a expressão simbólica do inconsciente. Em sua essência, ele também é uma linguagem do sonho — feita de imagens, cortes, silêncios, repetições e símbolos. E não por acaso: o cinema moderno bebeu insaciavelmente das fontes da psicanálise. Freud, Lacan, Jung, Winnicott e tantos outros, influenciaram direta ou indiretamente roteiristas, diretores e produtores ao longo do século XX e XXI. O inconsciente, o recalque, os quereres e a fantasia — todos esses conceitos se tornaram, de certo modo, matéria-prima das histórias e temas cinematográficos de hoje e outrora. Não se trata apenas de filmes ''sobre'' o olhar da psicanálise, mas de obras estruturadas como experiências psíquicas. Trabalhos, que nos conduzem certamente pelas veredas do desejo, da perda, do trauma e da sublimação. Cada plano, cada cena, pode ser lido como uma metáfora do funcionamento da mente. Este novo eixo de publicações que pretendo introduzir — vão se alternar com os temas tradicionais da clínica — pretende ser um convite à escuta, à contemplação e ao pensamento. Um exercício de decifrar a linguagem do cinema como se lê num sonho. Sejam todos(as) bem-vindos(as) a essa nova  travessia. Aqui, o filme é analisado como sintoma, como linguagem do desejo, como espelho partido da nossa condição existencial.

O Filme Secretária


Imagine uma jovem recém-saída de uma clínica psiquiátrica, buscando um recomeço, que encontra um advogado meticuloso e enigmático. O que começa como uma relação profissional evolui para um jogo de dominação e submissão, revelando não apenas os desejos escondidos de ambos, mas também suas lutas internas por identidade e aceitação. "Secretária", nos convida a ir além da superfície, questionando o que significa ser livre em um mundo repleto de repressões. Aqui, a psicanálise entra como uma ferramenta poderosa: nos ajudando a decifrar os impulsos inconscientes que movem Lee Holloway, E. Edward Grey e até mesmo Peter, o terceiro vértice desse triângulo emocional. Neste artigo, tracei o perfil psicológico desses três protagonistas, olhando para suas motivações, conflitos e transformações. Não se preocupe se você não for versado em Freud ou Jung — minha intenção é trazer clareza em uma linguagem que expanda para todos, do cinéfilo casual ao curioso sobre a mente. O filme aborda diretamente a saúde mental, relações de poder e a busca por auto-descobertas, oferecendo uma perspectiva que é ao mesmo tempo elegante e elucidativa. Se preparem para uma passagem que desvenda verdades que refletem em nossas próprias vidas. Afinal, "Secretária" não é só sobre Lee e Grey — é sobre o que nos move, mesmo quando não percebemos.

Como o filme'Secretária' explora  o desejo e submissão no cinema.
Como o filme'Secretária' explora o desejo e submissão no cinema.

Roteiro Geral"Secretária" (2002) Uma obra que desafia convenções e nos puxa para um território onde o cinema se torna um espelho da nossa alma. Ao abordar temas como BDSM, identidade e saúde mental com uma sensibilidade que foge do sensacionalismo, Maggie Gyllenhaal dá vida a Lee Holloway, uma jovem vulnerável mas determinada; James Spader encarna E. Edward Grey, um homem preso em suas próprias obsessões; e Jeremy Davies interpreta Peter, a personificação da segurança normativa. Juntos, eles formam uma trama que é tanto um conto de amor quanto um arranjo psicológico. O Script do Filme A teia começa com Lee, uma mulher que acaba de deixar uma instituição psiquiátrica após anos lidando com automutilação e uma família disfuncional. Buscando por um novo começo, ela aceita um emprego como secretária no escritório de E. Edward Grey, um advogado cuja exigência beira o excêntrico. O que poderia ser uma rotina trivial rapidamente se transforma em algo mais intenso: Grey corrige os erros de Lee com um rigor que logo ultrapassa os limites profissionais, iniciando uma relação marcada por dominação e submissão. Enquanto isso, Peter, um namorado gentil mas apagado, oferece a Lee uma alternativa mais convencional — uma vida que ela poderia escolher, mas que não parece suficiente para preencher seu vazio interior. A Crítica a 'Secretaria' O filme foi recebido com aplausos por sua ousadia e críticas, assim inserido em seu contexto explícito do BDSM. “Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo”. Chicotes, algemas, cordas, acessórios, amarras, mascaras e mordaças, integram o universo do sadomasoquismo. A prática, ficou muito conhecida a partir do lançamento dos livros e dos filmes da série 50 Tons de Cinza, todos, fazem parte de um universo maior que envolve a sexualidade. Contudo, reduzir "Secretária" a um estudo sobre práticas sexuais seria um erro. Ele é, acima de tudo, uma investigação sobre o que nos define como indivíduos e como lidamos com nossos desejos mais escondidos. Agora, vamos focar nos protagonistas e seus mundos internos, usando a psicanálise como nossa bússola guia. Perfis Psicológicos dos Protagonistas A Submissa em Busca de Si Lee Holloway é um retrato vivo do nosso hermetismo. Quando a conhecemos na sua representação, mostra que carrega as cicatrizes — físicas e emocionais — de uma vida marcada por trauma e insegurança. Sua automutilação, um hábito que ela retoma em momentos de angústia, não é apenas um grito de socorro; é uma tentativa de controlar o caos interno que a consome. Na visão de Freud, esse comportamento refletiria um superego punitivo, que castiga o ego por impulsos que Lee não consegue nomear ou aceitar. A dor física, para ela, é uma válvula de escape para a dor psíquica, uma forma de silenciar os conflitos da sua infância. Quando Lee começa a trabalhar para o Dr. Grey, algo muda. A submissão que ele exige — inicialmente nos erros datilográficos, depois em atos mais íntimos — desperta nela uma sensação paradoxal de poder e gozo. Ao se entregar a eles, Lee encontra um espaço onde pode ser vista e aceita, algo que sua família nunca lhe proporcionou. Aqui, vemos um conceito chave da psicanálise: a sublimação. Lee redireciona seus impulsos autodestrutivos para uma relação que, embora não convencional, a ajuda a se reconstruir. Nessa autodescoberta — ela deixa de ser uma vítima das circunstâncias para se tornar a autora de sua própria história, abraçando seus desejos como parte de quem é. E. Edward Grey: O Dominador e Suas Fragilidades E. Edward Grey, por outro lado, é um enigma envolto em controle. Interpretado com maestria por James Spader, ele é um homem cuja vida parece uma fortaleza impenetrável: seu escritório é impecável, suas ordens são precisas, sua postura é rígida. Mas, eu enxergo além dessa fachada. Grey sofre de uma neurose obsessiva, uma condição determinada por uma luta para reprimir desejos inconscientes através de rituais e disciplinas incorporadas sistematicamente. Sua necessidade de dominar Lee não é apenas um capricho — é uma defesa contra a vulnerabilidade que ele teme enfrentar e se expor. A relação com Lee, porém, o desestabiliza. O que começa como um exercício de poder se transforma em algo mais humano e arriscado: a conexão emocional. Grey, que antes evitava qualquer proximidade real, é forçado a encarar seus próprios anseios. Sua transformação ao longo do filme — de um dominador frio a um homem capaz de amaré um processo de integração do ego, onde ele começa a aceitar as partes de si que reprimiu por tanto tempo. Para mim, Grey é a prova viva de que até os mais controladinhos entre nós, carregam um mar de emoções esperando apenas para emergir. Peter: O Contraponto da Normalidade Nesse triângulo, Peter, interpretado por Jeremy Davies, é o oposto de Grey em quase todos os sentidos. Ele é gentil, educado, previsível, quase insípido — o tipo de pessoa que representa o que a sociedade espera do personagem. Na psicanálise, ele é o superego em carne e osso: a voz das regras, da moral, da segurança. Mas é exatamente essa falta de intensidade que o torna incapaz de alcançar Lee em um nível mais elevado. Ele oferece estabilidade, mas não responde aos desejos que fervem no seu íntimo e inconsciente. Peter serve como um contraste essencial dessa narrativa. Ele nos lembra que a escolha de Lee por Grey não é apenas sobre submissão, mas sobre autenticidade. Enquanto Peter simboliza a repressão dos instintos, Grey permite que Lee explore o que realmente quer. Para mim, Peter é uma figura trágica — não por ser rejeitado e aceitar sua posição, mas, por nunca compreender a realidade que transborda a Lee.

Lee Holloway: o perfil psicológico de uma submissa.
Lee Holloway: o perfil psicológico de uma submissa.

Vertentes Psicológicas do Filme Secretária é o desejo que vira o motor da história.  Lee e Grey vivem uma tensão entre o que sentem e o que a sociedade permite moralmente, um conflito clássico entre o id (os instintos) e o superego (as normas). A repressão, outro tema base da nossa clínica, aparece na automutilação de Lee e na rigidez de Grey, mas o filme nos mostra que esses impulsos, quando enfrentados, podem levar à libertação. A questão do poder também é exuberante. Quem realmente manda nessa relação? Grey dá as ordens, mas Lee escolhe obedecer — e, ao fazê-lo, exerce um controle sutil sobre ele. Isso nos remonta às ideias de Foucault sobre poder como algo fluido, mas na psicanálise, o vemos como uma projeção de desejos internos. Finalmente, há o trauma e a cura: Lee transforma sua dor em algo construtivo, enquanto Grey aprende a se abrir. É uma narrativa de resiliência disfarçada de provocação.


Secretária, a Dança entre Trauma e Redenção Aqui está minha contribuição para a análise de "Secretária": o filme funciona como um espelho do inconsciente, onde seus principais protagonistas projetam seus traumas e encontram, através de uma relação aparentemente (transgressora), uma trilha para a redenção. Não é apenas sobre BDSM ou amor — é sobre como usamos o outro para nos enxergarmos. Lee carrega o peso de um passado traumático, visível em suas cicatrizes e em sua fragilidade inicial. Sua submissão a Grey é, em parte, uma repetição desse trauma — uma latência da impotência que sentiu em casa. Mas, diferentemente do que poderia parecer, ela não se perde nisso. Ela usa essa dinâmica para se redimir, para elaborar e transformar a submissão em um ato delicioso da sua escolha e, assim, recuperar sua regência interior. É uma virada clínica: o trauma, quando revisitado com consciência, pode se tornar um portal para a cura. Grey, por sua vez, projeta no controle uma tentativa de apagar suas próprias inseguranças. Sua dominação é uma máscara para o medo de ser visto como ele é — imperfeito e humano. Quando Lee o desafia a ir além do jogo, ele se redime ao abandonar a armadura e abraçar sua vulnerabilidade. Peter, enquanto isso, é o lado oposto: ele reproduz a vida regrada socialmente que Lee poderia ter, mas que a manteria presa em uma existência sem alma, que não está no seu desejo. Essa visão geral da obra, me leva a uma extensão filosófica: e se a redenção não vier da conformidade, mas do confronto com o que nos assusta? "Secretária" sugere que o inconsciente, com seus desejos e medos, é o verdadeiro palco da nossa transformação. Para mim, o filme é um lembrete de que a cura não é linear — às vezes, exige zig-zags que dançam com nossos demônios.

Cinema e psicanálise: desvendando 'Secretária'.
Cinema e psicanálise: desvendando o inconsciente do filme 'Secretária'.

Análise Conclusiva Assistir e posteriormente escrever sobre este filme foi um grande prazer, me fez repensar o que significa humanidade. Lee, Grey e Peter não são apenas personagens — são fragmentos de nós mesmos, estabelecem lutas para conciliar desejo e dever, dor e prazer, repressão e liberdade. Realmente me encantou, com sua mistura de provocação e ternura. Ele nos desafia a olhar para dentro e perguntar: o que eu recalco? O que desejo? E, mais importante, o que de fato me liberta? A grande reviravolta não está em seu final feliz, mas na ideia de que a libertação pode nascer do que julgamos muitas vezes equivocadamente errado ou proibido. Lee e Grey nos ensinam que o poder de se conhecer está em aceitar o que nos torna únicos, mesmo que o mundo não entenda. Então, meus caros(as) leitores(as), vou certamente deixar vocês com uma curiosidade absurda: assistam ao filme, olhem para seus próprios espelhos e comentem — o que vocês veem no revérbero do seu inconsciente? Porque, no fim, "Secretária" não é só sobre eles. É sobre todos nós.


Até breve. F.A.Q - Perguntas Frequentes sobre o Filme ‘’Secretária ’’Sobre o que é "Secretária"?

É um drama romântico que explora a relação de dominação e submissão entre uma secretária e seu chefe, abordando desejo e identidade. Quem dirige o filme?

Steven Shainberg é o diretor, trazendo uma visão sensível e provocadora. Quais são os protagonistas?

Lee Holloway (Maggie Gyllenhaal), E. Edward Grey (James Spader) e Peter (Jeremy Davies). Por que Lee se automutila?

Ela usa a dor física para lidar com conflitos emocionais, um sinal de trauma e culpa. O que motiva Grey a ser tão controlador?

Seu controle é uma defesa contra vulnerabilidades e desejos reprimidos. Qual é o papel de Peter na história?

Ele representa a normalidade que contrasta com a intensidade de Lee e Grey. Como a psicanálise explica a relação de Lee e Grey?

Mostra como eles canalizam desejos inconscientes em uma dinâmica de poder e cura. O filme é só sobre BDSM?

Não, é uma exploração de saúde mental, identidade e redenção. Por que Lee escolhe Grey em vez de Peter?

Grey oferece autenticidade e conexão, enquanto Peter simboliza repressão. O que o filme diz sobre poder?

Sugere que o poder é fluido e pode ser uma ferramenta de autodescoberta. Como Lee se transforma?

De vítima de seu passado, ela se torna dona de seus desejos e escolhas. Grey muda ao longo do filme?

Sim, ele abandona o controle rígido e aceita sua vulnerabilidade. Qual é o impacto do filme "Secretária"?

Desafia tabus e provoca reflexões sobre comportamentos rígidos. Por que o filme é relevante hoje?

Fala de temas universais como aceitação e libertação em tempos de repressão. Vale a pena assistir?

Sim, para quem busca cinema que une emoção e aprofundamento psicológico. Bibliografia para quem deseja aprender sobre os temas centrais. Freud, Sigmund – O Mal-Estar na Civilização (1930, Imago)

Marcuse, Herbert – Eros e Civilização (1955, Zahar)

Deleuze, Gilles; Guattari, Félix – O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia (1972, Editora 34)

Lacan, Jacques – O Seminário, Livro 11: Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise (1964, Zahar)

Butler, Judith – Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade (1990, Civilização Brasileira)

Foucault, Michel – História da Sexualidade – Vol. 1: A Vontade de Saber (1976, Paz e Terra)

Žižek, Slavoj – O Sujeito Incômodo: Lacan através de Wenders, Hitchcock e Lynch (1999, Zahar)

Recalcati, Massimo – O Complexo de Telemaco: Pais e Filhos na Era Pós-Edípica (2013, Planeta)

Safatle, Vladimir – O Circuito dos Afetos: Corpos Políticos, Desamparo e o Fim do Indivíduo (2015, Cosac Naify)

Roudinesco, Élisabeth – Lacan: Esboço de uma Vida, História de um Sistema de Pensamento (1993, Zahar)

Fromm, Erich – O Medo à Liberdade (1941, Zahar)

Agamben, Giorgio – O Poder Soberano e a Vida Nua (1995, Iluminuras)

Dufour, Dany-Robert – O Divino Mercado: A Revolução Cultural Liberal (2007, Companhia de Freud)

Benjamin, Walter – Magia e Técnica, Arte e Política (1985, Brasiliense)

Bauman, Zygmunt – Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos (2003, Zahar) Palavras Chaves #Secretária #Secretary #Filme #Cinema #Psicanálise #Psicologia #ComportamentoHumano #SaúdeMental #MaggieGyllenhaal #JamesSpader #JeremyDavies #StevenShainberg #BDSM #Dominação #Submissão #Desejo #Repressão #Identidade #Autodescoberta #Poder Links do Site que Abordam os Temas Cinema, Sonhos & Psicanálise.

“Sonhos são a linguagem da mente, e o cinema, uma poesia visual que dialoga entre a realidade imaginária. ''Eu, cinema e psicanálise''. É sábado e, independentemente do clima lá fora, seja com chuva ou sol, calor ou frio, eu vou ao cinema. Como os sonhos e o cinema transformaram minha clínica? Sonho, cinema e significado.


A Arte Psíquica de Fantasiar.

A fantasia não é apenas um mero devaneio; ela é uma construção psíquica rica que desempenha um papel extremamente importante na nossa sexualidade. Desde os primórdios da psicanálise, Freud destacou sua relevância como uma forma de satisfação dos desejos que não podem ser realizados na prática. Ela permite ao indivíduo experimentar prazeres que, de outra forma, seriam impossíveis devido às restrições sociais e morais.


O Estranho ou Infamiliar.

O conceito de estranho, também conhecido como "Unheimlich" em alemão, ocupa um lugar central na teoria psicanalítica. Foi Freud quem introduziu este termo no seu famoso ensaio, "O Estranho" de (1919), onde se aventurou nos recantos obscuros da mente. O ''sinistro'' ou ''não familiar'', se configura quando o familiar se torna excêntrico, extraordinário e incomum. Não é tanto a novidade que pode causa horror, mas a transformação de algo que considerávamos singular e incomum e vice-versa. Essa passagem de um para o outro, séria o que dá origem à angústia.


O Trauma.

O trauma, na visão geral ocorre quando uma pessoa se depara com situações que representam uma ameaça real à sua vida ou integridade física. Acontece se testemunhamos eventos que envolvem morte, lesões graves, roubos, incêndios, ameaça à vida, etc. Esses incidentes evocam reações intensas, como medo, desespero, pavor e horror, frequentemente ultrapassando a nossa capacidade e tolerância de resposta típica, inibindo os mecanismos usuais de defesa.

https://www.danmena.com.br/post/o-trauma Visite https://www.uiclap.bio/danielmena https://www.danmena.com.br Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 — CNP 1199.

Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 — CBP 2022130. Dr. Honoris Causa em Psicanálise pela Christian Education University — Florida Department of Education — USA. Enrollment H715 — Register H0192. De 1 a 5 - Quantas estrelas merece o artigo? Deixe seu relato abaixo em COMENTÁRIOS.

 
 
 

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