Desenvolvendo Inteligência Emocional: A Chave para a Gestão de Emoções e Resiliência no Trabalho.
- Dan Mena Psicanálise
- 27 de set. de 2024
- 11 min de leitura
Como a Psicanálise e o Autoconhecimento Potencializam a Capacidade de Enfrentar Desafios Emocionais em Tempos de Incerteza.

“A verdadeira inteligência emocional surge quando o caos interior é abraçado, não evitado.” — Dan Mena
Anos atrás quando trabalhava na Ford, era responsável por treinar equipes de vendas. Em certa ocasião, aconteceu algo que nunca esqueci. Estava para iniciar um treinamento importante com um grupo de mais de 150 candidatos selecionados que aguardavam motivados o primeiro contato com diretrizes, orientações e estratégias da companhia. Antes de começar, percebi haver esquecido meus materiais de apoio e audiovisuais. Obviamente que podia improvisar, más, haviam dados essenciais que continham informações importantes que não lembraria. Nesse momento, fui acometido por um pânico que tomou conta de mim, minha cabeça começou a disparar muitos cenários catastróficos.
Foi aí, nesse instante, que me lembrei de um exemplar que havia lido alguns meses antes: “Inteligência Emocional” de Daniel Goleman, livro lançado em 1995. Na época, foi uma obra revolucionária, que revisitou a importância de lidar com nossas emoções de forma mais consciente e eficaz. O autor aduzia, que pessoas emocionalmente inteligentes são aquelas capazes de reconhecer seus sentimentos, e também as dos outros, além de poder lidar com abalos e momentos críticos como este que relato, por isso, me lembrei do livro.
Dita recordação foi decisiva para que eu me acalmasse. Ao invés de sucumbir ao pânico, me lembrei de uma passagem que dizia algo do tipo: “A capacidade de atrasar a gratificação é um sinal de maturidade emocional”. Algo que eu interpretara assim; resistir à tentação de satisfazer desejos imediatamente em troca de benefícios a longo prazo, está ligado ao desenvolvimento da maturescência emocional. Isso me deu a entender, que pessoas emocionalmente maduras são realmente capazes de controlar impulsos e tomar decisões mais amplas e assertivas, em vez de ceder ao momento desequilibrante. Assim, eu estava ali, diante de uma oportunidade de praticar de verdade essa premissa. Respirei fundo, olhei em volta aquele burburijo de gente, e reconheci o meu medo, Aos poucos fui recuperando o comando e a calma retornou. Fiz uma ligação rápida para um supervisor, dei uma enrolada na galera, e, em 40 minutos o material estava na mesa, tudo seguiu como planejado.
Essa escrita me ensinou que, em momentos de crise, a rédea emotiva não está em eliminar o fantasma ou a ansiedade acometida, mas sim, reconhecer que essas ilações psíquicas têm poder, cientes, que conseguimos revertê-las em ações construtivas interiorizadas. Naquele dia, o que poderia ter sido um completo desastre para mim, virou uma lição prática para minha vida, algo que agora ensino, não só aos meus pacientes, mas também aplico pessoalmente.
É isso que quero trazer à tona neste artigo. Vejo que a inteligência emocional, termo que Goleman popularizou e cunhou, vai muito além de uma simples habilidade social. Ela está conectada com o autoconhecimento, algo que Freud falou quanto às forças inconscientes que sabotam nossas intenções conscientes. Ao desenvolver um maior saber de si, podemos identificar e entender essas forças ocultas, que nos credenciam a agir de maneira mais alinhada com objetivos e desejos conscientes, minimizando esse boicote interno.

“Na psicanálise, o poder não está em eliminar o medo, mas em ouvir o que ele nos ensina.” — Dan Mena
Vivemos em um mundo onde as pressões e as incertezas são constantes, Bauman já destacava o tema, ao descrever nossa sociedade como “líquida” e em fluxo constante. O que antes era previsível e estável, hoje se dissolve rapidamente, e, em meio a isso, as emoções podem parecer descontroladas e frouxas. Por essa razão, chega de introdução, mergulhemos no conceito e sua aplicação prática, usando tanto as ferramentas psicanalíticas quanto as descobertas contemporâneas, vou nortear você a desenvolver essa capacidade. Parafraseando Winnicott, ''a verdadeira maturidade emocional está em nossa capacidade de tolerar a frustração e o sofrimento, sem nos desintegrarmos''.
Convido você a refletir: Como você lida com suas emoções quando se sente pressionado(a)? Já parou para pensar sobre como esses deslocamentos e impulsos, moldam suas decisões? Adentraremos nessas questões, apresentarei ferramentas, e lhe guiarei na construção de uma inteligência emocional sólida, capaz de melhorar sua resiliência. Isso nos leva à questão matriz deste assunto: O que realmente significa ter inteligência emotiva? Nestes tempos de grande imposição social e reptos constantes. Richard Sennett, em sua análise sobre o “homem flexível”, aborda as transformações nas relações de trabalho e na identidade desta época. Plasticidade e versatilidade, ele diz, é uma característica valorizada na economia progressista, nos leva a uma adaptação constante às exigências do mercado. Embora essa adaptabilidade possa ser vista como uma vantagem, destaca os custos emocionais da sua aplicação. Esse homem que ele menciona, que enfrenta todo tipo de insegurança, incerteza e uma falta de comprometimento, tanto em suas relações profissionais quanto pessoais. Dita dinâmica, resulta em um sentimento de deslocalização e fragilidade, onde a nossa busca por identidade e estabilidade se tornam um repto cotidiano, num mundo em vertiginosa mudança.
“Tolerar a frustração sem se desintegrar é a arte de sobreviver ao fluxo incessante das incertezas.” — Dan Mena
Posso afirmar que tudo isso vai muito além de simples técnicas superficiais. Ela envolve um autoconhecimento, e a capacidade de nos conectar com nossas emoções, por mais desconfortáveis que sejam. Reprimidas, podem nos causar grande sofrimento, ao surgirem de desejos e incitamentos que tentamos evitar conscientemente, assim, em vez de refrear ou negar, precisamos confrontar.
Quantas vezes já fomos dominados(as) por afetos, sentimentos e perturbações anímicas como o medo, a raiva ou a tristeza? Quando isso acontece, nós perguntamos o que realmente está por trás delas? Jung as chamava de “sombras”, sendo aqueles aspectos próprios que preferimos ignorar ou não reconhecer, mas que, na verdade, moldam grande parte do nosso comportamento diário. Desenvolver a inteligência emocional e gerir esses estímulos e incentivos, são como uma mola que turbinam tanto o bem-estar, quanto trabalham positivamente a reabilitação. É na nossa capacidade de tolerar a desilusão e o sofrimento que podemos ir ao encontro da maduração. Eis a chave que abre esse segredo, portanto, vencer seus sintomas, não está em evitar sua manifestação, mas em aprender a integrá-las de maneira saudável.
A tal da jornada emotiva que todos atravessamos em algum momento, inclusive repetidamente. Observemos assim, devenidamente, como lidamos com situações de estresse, constrangimento, imposição, influência, intimidação, opressão e violência. Como reagimos quando elas parecem tomar o controle da nossa vida? Boa leitura.
Como Desenvolver Habilidades para Melhorar o Bem-Estar e a Resistência a Mudança.
Acredito que a inteligência emocional e o domínio das emoções não só impactam nossa qualidade de vida, mas também, afetam assustadoramente nossa psique.
“A regência emocional é um ato de coragem, que transforma dor em aprendizado e fragilidade em força.” — Dan Mena
O Que é Inteligência Emocional Sob a Ótica Psicanalítica?
Em termos de conceitualização é nossa capacidade de lidar com o “Eu” (o ego) e o “Outro” (o ambiente externo). Ao compreender nossas turbações e as dos outros, estamos navegando por um mar que inclui, tanto os nossos impulsos inconscientes quanto as demandas da realidade. Nossa civilização depende da capacidade de cada indivíduo renunciar a certas satisfações imediatas. Essa habilidade é, de certa forma, um precursor gatilho do que hoje entendemos por autocontrole. A autoconsciência — um dos pilares desse prisma — pode ser interpretado do ponto de vista analítico, como uma forma de acessar nosso inconsciente e os aspectos subversivos da mente.
Benefícios da Gestão Emocional no Dia a Dia.
Esse manejo em sua natureza, é um exercício contínuo do equilíbrio entre o ego e o id (forças internas do desejo) e o superego (as normas sociais e morais). Quando conduzimos ditas movimentações de maneira eficaz, não estamos apenas contendo nossos impulsos, mas também compreendendo sua origem, assim como se entrelaçam e relacionam com nossa identidade. Em suas pesquisas, Carl Jung observou, “aquilo a que resistimos, persiste”. Ao lutarmos contra sensações e estimas, sem poder entendê-los, perpetuamos o ciclo da repressão. Não é apenas sobre ter a rédea deles, más também, e sobre criar um espaço amigável para seu reconhecimento e validação. A verdadeira perseverança surge da nossa articulação, competência e habilidade de olhar para nossas feridas psíquicas — seus traumas, e as dores que nos provocaram. Acolher seu significado, por mais doloroso que seja, é um passo enorme para sua transposição. Isso me lembra Winnicott, ele, falava sobre o conceito de “mãe suficientemente boa”, que simboliza a capacidade de lidar com frustrações. Se refere à ideia de que uma mãe (ou cuidador), não precisa ser perfeita(o) para criar um ambiente saudável para o desenvolvimento da criança. Seria portanto, aquela que atende às necessidades básicas do bebê consistentemente, mas que, permite a abertura desse espaço para autenticar naufrágios e falhas, o que é básico para o aprendizado e a formação dessa adaptabilidade necessária. Essa abordagem, enfatiza que a qualidade e dedicação ofertada não reside no ato perfeito, mas na mestria de oferecer um suporte adequado, e estar presente, permitindo que essa criança desenvolva um senso de si aprimorado, e se torne um indivíduo independentemente adaptado. Tal leitura também sugere, que o erro e a imperfeição pertencem a uma parte natural do processo de crescimento, contribuindo para a saúde emocional a longo prazo.
“A imperfeição é uma aliada no encadeamento da evolução; acolher nossas feridas é o primeiro passo para a adaptação emocional.” — Dan Mena
Estratégias para Melhorar a Inteligência Emocional.
Sugiro que qualquer progresso nessa direção comece pela observação dos padrões subconscientes. A terapia psicanalítica e um método de “autoconsciência guiada”, no qual o paciente-cliente, se torna cada vez mais capaz de identificar seus modelos emocionais, aqueles que dirigem seu agir. Práticas como o mindfulness e ioga são muito úteis, mas prefiro entendê-las como ferramentas auxiliares para essa percepção, não apenas o presente, mas o fluxo de pensamentos que surgem do inconsciente. Um dos grandes nomes da psicanálise contemporânea, Wilfred Bion, falava sobre a importância de “pensar os pensamentos” — e a relevância da metacognição, a habilidade de refletirmos sobre nossos pleitos ao pensar. Destarte, isso implica claramente em não apenas ter pensamentos, más, senão, na sua ponderação e questionamento, compreendendo suas implicações. Ao “pensar os pensamentos”, incorporamos um saber quanto a consciência crítica, o que nos permite distinguir entre aquelas ideias que estão no automático e outras que são absolutamente deliberadas. Esse exercício vai nos conduzir a uma significativa melhora na tomada de decisões, resolução de problemas e governança firme. Esses recursos cooperam em todo o contexto, ajudando a entender como nossas crenças se elaboraram. Outra estratégia comprovada é o desdobramento da empatia através da escuta. Na clínica, percebemos que a intropatia não é apenas uma resposta superficial, mas um ouvir cavado, que considera camadas emocionais e o subconsciente do outro.
Resiliência Emocional e a Psicanálise.
Quando perdi minha mãe na pandemia precisei de apoio, foi quando olhei para o trabalho de Melanie Klein e seu conceito de “posição depressiva” ele refletia bem o momento delicado pelo qual eu estava atravessado. Ela me fez perceber através do seu trabalho, que os objetos de nossos afetos, neste caso minha amada mãe, eram inteiros, más, que mesmo sendo a pessoa mais importante da minha existência, nosso laço continha aspectos bons e ruins. Nesse período do luto, eu passei a experienciar sentimentos de tristeza e culpa, até que reconheci que muitas das minhas ações nesse percurso de vida, (apesar de eu sempre ter sido muto cuidadoso com ela), a poderiam ter ferido, dai o provável remorso. Foi à acepção e acomodação desses sentimentos que consegui incorporar essas prerrogativas, onde amadureci, aprendendo a lidar com a perda dessa sofrida e irreversível separação terrena. A posição depressiva, não é apenas sobre sofrimento, mas quanto a faculdade potencial de amar, de me preocupar com esse outro, e de enfrentar a realidade emocional com mais complexidão. Em miúdos, a verdadeira superação não radica em evitar a angústia, mas sim, em desenvolvermos o predicado de suportar a dor da perda, da metanoia e do conflito interno, integrando tudo isso completamente, até o transformar em crescimento.
Esse atributo possível de nós recuperarmos de revezes emocionais, está ligado à nossa habilidade de “trabalhar o luto” — seja ele por uma perda literal ou simbólica (como pode ser um sonho malogrado, uma expectativa perdida). Em qualquer uma dessas hipóteses, o que esta sempre em jogo e nosso desejo mais íntimo, a incompletude literal como parte inerente da nossa condição de vida.
“Pensar os pensamentos, como Bion propôs, é um exercício vital que distingue entre o automático e o deliberado.” — Dan Mena

Inteligência Emocional e o Local de Trabalho.
No ambiente de trabalho a inteligência emocional é muitas vezes vista como uma competência prática, mas ela também carrega implicações. Quando lideramos ou colaboramos com outras pessoas, frequentemente entramos em contato com ''dinâmicas transferenciais''. Ditas mecânicas ocorrem quando começamos a transferir sentimentos, desejos e expectativas de relações passadas. Isso significa, que reagimos às pessoas como se estivéssemos lidando com figuras importantes do nosso passado. Essas implicâncias podem ser positivas ou negativas, más, sempre refletem um traquejo anterior que ainda não foi completamente elaborado. Através dessa transferência, revisitamos velhas feridas e padrões, que podem gerar um ruído profissional. Permitir o acesso interior para serem re-trabalhadas e, eventualmente ressignificadas, potencializa um melhor desempenho no ambiente de trabalho. As tensões e conflitos que surgem, revelam nossos quereres inconscientes, principalmente, ansiedades projetadas sobre o outro, que nada tem a ver com o nosso pretérito pregresso. Emoções inconscientes podem influenciar significativamente o funcionamento coletivo, ao falarmos de gestão de emoções no trabalho, estamos discutindo como cada indivíduo lida com suas próprias projeções em um contexto maior.
“Administrar emoções profissionais implica entender como as projeções pessoais afetam o coletivo, moldando a dinâmica de toda a equipe.” — Dan Mena
O Desafio de Navegar nas Águas da Emoção.
Finalizando meus caros leitores, aprendemos que a inteligência emocional não é apenas uma habilitação a ser adquirida, será certamente uma jornada de inspirações e autodescobertas. No entanto, ao ignorar nossas partes sofridas, arriscamos permitir que pulsações censuradas se manifestem, agindo de maneira destrutiva. Destarte, é importante reconhecer que forças internas muitas vezes operam e nos governam, tomando consequentemente a direção. Essa conscientização nos permite lidar com o problema em sua forma crua, antes de serem transformadas em sentimentos organizados e compreensíveis. Isso nos dá um vislumbre da dimensão e magnitude de depreender quanto a origem de nossas reações.
Eis que surge um questionamento: Como podemos nos desenvolver emocionalmente em uma sociedade que parece nos empurrar para o descontrole e o imediatismo?
Acredito que o primeiro passo para alargar esse savoir-faire de tolerar a incerteza, é reconhecer o lugar onde a imprevisibilidade é a norma de constante incerteza e vulnerabilidades estão presentes. Algo que pode ser paralisante, mas também, uma janela para o conhecimento de si.
O que fazer diante de tanta melindrice, desproteção e destrutibilidade?
“Em uma sociedade que valoriza o imediatismo, a verdadeira habilidade emocional reside em tolerar a incerteza e abraçar nossas fraquezas.” — Dan Mena
Em vez de nos fecharmos em uma postura defensiva, sugiro que elevemos nosso potencial usando a autocompreensão. Devemos aprender a ouvir, acolher, escutar nosso inconsciente, peitar o que nos desestabiliza, e, como propõe a psicanálise, encontrar significado na dor. É nessa introspecção que residem as respostas para nossas angústias. Ao olharmos para o futuro, fica outra pergunta. Estamos preparados para viver em uma comunidade onde as emoções são tão correntes quanto as mudanças ao nosso redor? Como podemos cultivar a inteligência para nos adaptarmos, sem perdermos nossas raízes culturais e sociais?
“No abismo das comoções cerceadas, encontramos a chave para nossa libertação, mas isso exige coragem para enfrentar o caos interno.” — Dan Mena
No fundo, de cada sensação sufocada, há um abismo que, quando ignorado, nos consome lentamente. Nesse precipício que reside a chave da nossa libertação. Não se trata apenas de controlar as emoções, mas de encarar o original e primitivo caos que nos habita. Pois, coragem para mergulhar nele, permitindo que as sombras da escuridão nos abracem na queda. Porque no final da sua falésia, no breu da própria alma, encontraremos a luz divina que nos guiará.
Ao poema: A Arte da Emoção
Por Dan Mena.
Em tempos de pressa e aflição,
A vida flui como um rio em confusão.
Corações pulsando em busca de paz,
Entre medos e dores o caminho se faz.
"Abraça o medo," ensina o coração,
Transforma a dor em aprendizado e ação.
Reconhecer a sombra, o que há por trás,
Na fragilidade que a força se faz.
No luto da vida encontramos a luz,
Entre amor e perda o caminho conduz.
De cada frustração, um passo darei,
A arte de viver reaprendendo a amar.
A tempestade pode nos abalar,
Más, no fundo do poço aprendemos a voar.
Com coragem e fé, desafiamos o destino,
Na dança da vida e bom seguir o divino.
E quando o silêncio se faz companhia,
Na introspecção, encontramos poesia.
Entre lágrimas e risos, há beleza na dor,
A vida é um ciclo de um eterno clamor.
Como enfrentar a pressão que o agora traz?
As emoções giram, como luz que se faz.
Com empatia e coragem, lado a lado lutar,
Na sinfonia da vida, vamos nos abraçar.
Com inteligência emocional podemos ressurgir,
Na tempestade da vida, sempre há um porvir.
Com corações abertos prontos para sentir,
E ao fim da jornada a esperança seguir.
Até breve, Dan Mena
Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 — CNP 1199.
Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 — CBP 2022130.
Dr. Honoris Causa em Psicanálise pela Christian Education University - Florida Departament of Education - USA. Enrollment H715 - Register H0192.
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