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De Darwin a Freud: O Design Inteligente Universal. Parte I.

Atualizado: 30 de jan.

"As histórias que contamos sobre nós mesmos não são simples narrativas; são a forma que encontramos para dar sentido ao caos, uma tentativa de colocar ordem no desordenado e beleza no aparentemente sem forma."— Dan Mena.
"As histórias que contamos sobre nós mesmos não são simples narrativas; são a forma que encontramos para dar sentido ao caos, uma tentativa de colocar ordem no desordenado e beleza no aparentemente sem forma." Dan Mena.

A ciência e a religião, são frequentemente vistas como antíteses, destarte, podem surpreendentemente se complementar quando adentramos na investigação da criação, origem e propósito do cosmos e da vida. Neste artigo "De Darwin a Freud: O Design Inteligente Universal", proponho uma análise que une perspectivas, desde a biologia, teologia, design inteligente e psicanálise. Cada uma dessas áreas oferece suas contribuições valiosas, e é neste cruzamento que o texto ganha força. Como psicanalista, sempre mantive uma abordagem neutra nas minhas escritas, principalmente em relação a questões religiosas, respeitando sempre a diversidade de crenças. Contudo, não será esta uma violação a esta regra, dado que esta publicação me aventa a um posicionamento mais pessoal e autêntico, integrando minha formação acadêmica como teólogo, psicanalista e minha fé. É um espaço, onde razão, espiritualidade e ciência se encontram para enriquecer o diálogo sobre o que está além do visível e do mensurável. "O inconsciente carrega em si uma eterna tensão entre o visível e o invisível, como se a essência da criação fosse um espelho onde ciência e espiritualidade se entrelaçam." – Dan Mena.

O Design Inteligente abrange tanto a busca pelo conhecimento quanto o reconhecimento do hermetismo do universo. Com humildade e respeito, invito meus leitores(as) a me acompanhar, sempre comprometido em fomentar um debate plural e enriquecedor. Dado o nível de amplitude do tema, optei por dividir este artigo em três partes, com o objetivo de tornar a leitura mais fluida e acessível, sem que o conteúdo se torne demasiadamente extenso e cansativo. Essa separação visa oferecer uma análise mais detalhada e cuidadosa, sem sobrecarregar a leitura.

A boa notícia é que a segunda e terceira parte serão publicadas simultaneamente com a primeira, sem qualquer demora, para que vocês possam acompanhar a continuidade do tema de maneira direta e completa. Convido vocês a acompanhar a leitura da primeira parte e seguir com a segunda, onde encontrarão o link da parte II e III ao final do rodapé. "Pois as coisas invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, são claramente vistas, sendo compreendidas pelas coisas que foram feitas, tanto o seu poder eterno, como a sua projeção" - Romanos 1:20. "Freud nos mostrou que os mistérios da psique são tão vastos quanto os enigmas do cosmos, e ambos pedem um olhar que transcenda a lógica pura." – Dan Mena. Boa leitura.

"A articulação diante do caos é a verdadeira arte de viver. Quando aceitamos que nada é permanente, passamos a ver a mudança como uma chance de reinventar a nós mesmos e o mundo ao nosso redor." — Dan Mena.
"A articulação diante do caos é a verdadeira arte de viver. Quando aceitamos que nada é permanente, passamos a ver a mudança como uma chance de reinventar a nós mesmos e o mundo ao nosso redor." Dan Mena.

A Teoria do Design Inteligente (TDI) propõe um alicerçamento radical nas discussões sobre a origem da vida e a estrutura universal, desafiando os paradigmas mais arraigados da ciência convencional. Essa tese sugere que as complexidades intrínsecas do cosmos, assim como a intrincada organização da vida, possam ter surgido de um planejamento intencional, em vez de ser o resultado de meros processos naturais, evolutivos e aleatórios. Mas o que isso revela em relação ao pensamento dos grandes estudiosos, como Charles Darwin e Sigmund Freud? Estamos sem saber mesmo? Ou somos ignorantes de uma peça fundamental na busca pelo entendimento de nossa própria existência?

As interconexões entre a TDI, as obras de Darwin, a Bíblia e Freud são mais sondas do que parecem. Darwin, com sua teoria da evolução, foi muitas vezes considerado o oposto da ideia de Design inteligente. Todavia, muitos proponentes da TDI argumentam que a evolução, poderia na verdade ser uma evidência de um elemento inteligente subjacente. De acordo com Michael J. Behe, em "A Nova Ciência do DNA que Desafia a Evolução" e "A Dúvida de Darwin", a precisão detectável e afirmada no DNA e em outras estruturas biológicas sugerem um ajuste fino que não poderia ser meramente o resultado de mutações aleatórias ao longo do tempo. "Se o DNA é um código biológico e o inconsciente um manual emocional, ambos ilustram um universo que opera sob as leis de uma linguagem intencional e simbólica." – Dan Mena. Por outro lado, Freud, em suas análises do inconsciente, trouxe à tona a lógica que opera na mente, mostrando que, mesmo que muitos de nossos comportamentos parecem arbitrários ou impulsivos, seguem uma narrativa ordenada e coordenada, embora invisível. Essa capacidade de interpretação do inconsciente apresenta um paralelo intrigante às teorias que sugerem um planejamento do universo; assim como o inconsciente revela significados ocultos, a própria estrutura do cosmos sugere uma perfeita intencionalidade.

Essa intersecção entre o cosmos e a mente nos faz questionar: será que tanto a natureza quanto a psique operam em níveis de organização que superam explicações puramente materialistas? O trabalho de Marcos Eberlin, particularmente em "Fomos Planejados" e "Antevidência: Como a Química da Vida Revela Planejamento e Propósito", reforça essa noção ao apresentar a ideia de que tanto na biologia quanto na psique existem padrões que clamam por interpretação e que, por sua essência, expressam um propósito lateral. Stephen C. Meyer, em suas investigações sobre a explosão da vida durante o período Cambriano, conclui que as evidências disponíveis apontam para uma causa inteligente. Freud, por sua vez, ao estudar o inconsciente, argumentou que nossos sonhos e sintomas possuem um sentido, uma intencionalidade, paradoxalmente desviada de nossa percepção consciente. Esse entrelaçamento de conceitos nos leva a refletir sobre a possibilidade de que tanto a natureza quanto o cérebro operem em níveis que vão além das simples explicações físicas.  "O inconsciente não conhece o tempo, e seus conteúdos são atemporais e persistem, apesar das defesas do ego."  

O DNA, segundo Behe, contém uma informação que se assemelha a um sofisticado código biológico, o que implica a presença de um programador universal. Na esfera da psicanálise, a origem da linguagem simbólica do inconsciente também denota uma informação elaborada. Se entendermos o DNA como um guia biológico de instruções, podemos ver o inconsciente como um manual de orientações emocionais, onde significados e simbolismos orientam nossas vidas e experiências. Essa abordagem nos leva a um entendimento: estamos continuamente decifrando códigos, tanto no nível molecular quanto no emocional. "O design inteligente e a psicanálise convergem na consideração de que o caos aparente oculta uma organização elaborada metodologicamente, seja na biologia molecular ou nos mistérios da psique." – Dan Mena. A antevidência defendida por Eberlin se conecta diretamente à psicanálise, realçando que tanto na vida material quanto na mental, planejamento e antecipação são requisitos essenciais. A química da vida, por sua vez, que se adapta e responde às necessidades futuras, ecoa a disposição do inconsciente de prever e enfrentar desafios emocionais antes que se tornem conscientes. Essa harmonia sugere que tanto o universo quanto a psique são dotados de uma inteligência especializada, guiada por propósitos que vão além da mera existência material. Seria possível que estivéssemos subestimando o poder do planejamento inconsciente e suas repercussões cósmicas?

Na discussão sobre design inteligente, não podemos ignorar as raízes bíblicas dessa concepção. A Bíblia, em Gênesis 1:1, afirma: "No princípio, criou Deus os céus e a terra."... Este versículo não apenas fundamenta a crença na criação deliberada e planificada, mas também sugere que o universo e especificamente a terra foram intencionalmente moldados.

Outro versículo que sustenta essa afirmação é o Salmo 19:1, que diz: "Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos." Essa mensagem sugere que a própria natureza é uma poderosa evidência da mão criadora, estrutura, harmonia e beleza universal—desde a precisão das leis físicas até a diversidade da vida—funcionam como testemunhos do design inteligente que permeia tudo que conhecemos.

"Não existe um mapa exterior que possa nos conduzir a obter significados, mas sim uma construção interior que nasce da nossa própria experiência e introspecção." — Dan Mena.
"Não existe um mapa exterior que possa nos conduzir a obter significados, mas sim uma construção interior que nasce da nossa própria experiência e introspecção." — Dan Mena.

Não seria lógico considerar que a majestade infinita do espaço sideral que nos inclui, sugere a existência de algo grandioso e imponderável sobre nossas cabeças? "Se a vida nos apresenta desafios, é porque o inconsciente já ensaiou as respostas antes mesmo que compreendêssemos as perguntas." — Dan Mena.

O apóstolo Paulo também abordou este tema em Romanos 1:20, afirmando: "Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido claramente vistos, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis." Este versículo enfatiza que a criação pode ser percebida através do estudo e observação do mundo à nossa volta, se alinhando substancialmente ao fundamento da TDI. Como podemos ignorar essas evidências?

Podemos encontrar ainda outros vislumbres de um design premeditado em Jó 38:4-7, onde Deus questiona Jó: "Onde você estava quando lancei os fundamentos da terra? Diga-me, se você tem entendimento. Quem determinou suas medidas – certamente você sabe! Ou quem estendeu a linha de medir sobre ela? Em que bases foram assentadas, ou quem colocou sua pedra angular, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus bradavam de júbilo?" Esse questionamento resulta na reflexão sobre a grandiosidade da criação e a possibilidade de um engenheiro, arquiteto divino, uma inteligência que sutilmente permeia tudo o que há. "O inconsciente, assim como o universo, possuem uma arquitetura que escapa à nossa visão imediata, utópicamente, evidenciam seu total planejamento quando ousamos desvendar suas engenharias."— Dan Mena.

Além disso, as heterogeneidades incrivelmente entrelaçadas dos processos biológicos e a precisão com que operam corroboram a ideia de um Criador. Eberlin observa, que a bioquímica da vida é tão bem ajustada que a probabilidade de sua existência vinda do acaso se torna infinitesimal, solidificando ainda mais a tese do design inteligente.

A relação entre todas as matérias, nos convidam a uma busca de sentido e propósito. Seria o inconsciente—com sua lógica simbólica e narrativa—um reflexo microcósmico da inteligência que permeia o universo? Enquanto a TDI desvenda o design na biologia, a psicanálise alvoreceu os mistérios que Freud e nossos psicanalistas contemporâneos exploraram com determinação e fervor. A intersecção entre esses campos aponta para uma realidade onde a obscuridade é tão significativa quanto a luz, nos desafiando a ir além das aparências e contemplar maravilhados esse planejamento incalculável que sustenta a existência. A integração desses saberes não só amplia as fronteiras do conhecimento, mas nos encoraja a considerar que a busca por significado, seja nas estrelas ou nas profundezas da alma, há uma jornada que transcende a ciência, a filosofia e a espiritualidade. A inter-relação entre ciência e fé nos lembra que os incógnitos do cosmos, assim como a psique, são ao meu ver forças empreendedoras de uma busca incessante por sentido. "A ciência explica o 'como'; a filosofia e a teologia exploram o 'porquê'; e a psicanálise nos revela o ‘que’ dentro de nós mesmos anseia por todas essas respostas." Dan Mena.

Diante deste paradigma inovador, estou muito motivado, gostando muito desta nova perspectiva, analisando os dados científicos mais recentes sobre a origem da vida e do universo enquanto os observo, sob o prisma de eloquentes evidências. Esses elementos vão além da mera biologia; aspectos como a informação semântica, a antevidência e a pluralidade organizacional se atravessam para formar uma abordagem crítica e interdisciplinar que enfatiza a interdependência entre razão, crença e a nossa experiência.

Assim, ao abordarmos este tema, é fundamental reconhecer que, embora a ciência nos forneça informações valiosas e explicações abrangentes, ela, por si só, tem sido insuficiente para compreender o tudo. Portanto, acredito que mesmo distantes de uma elucidação, o verdadeiro entendimento do universo será também uma caminhada, destarte, tudo está escrito, onde encontraremos pistas que se encontraram através da combinação de ciência, filosofia e espiritualidade. Negar a validade dessas contribuições seria limitar nossa capacidade de entender a própria vida e das meta galáxias que comprovadamente existem, endurecendo a percepção e impedindo um entendimento mais amplo. "O universo e a psique têm um mesmo propósito: nos lembram de que o invisível é tão real quanto o palpável." — Dan Mena. Neste lugar de validação podemos também nos remeter ao "Ver para crer" enraizado na nossa tendência de acreditar apenas no que é explicado aos nossos sentidos. Isso é bem ilustrado no diálogo entre Jesus e Tomé. Após a ressurreição, Tomé expressou dúvidas sobre o ressuscitamento de Jesus e declarou que só acreditaria se visse as marcas dos cravos em Suas mãos e tocasse Seu lado ferido. Quando ele apareceu aos discípulos novamente, Ele convidou Tomé a ver e tocar Suas feridas. Após isso, Tomé exclamou: "Meu Senhor e meu Deus!".

Jesus então respondeu: "Porque me viste, creste; bem-aventurados os que não viram e creram." (João 20:29).

Essa declaração de Jesus, sublinha a importância da fé que não deveria depender de evidências físicas ou científicas. Ele nos chama a confiar em algo além do visível, transcender a necessidade de provas tangíveis e desenvolver uma insuspeição. Conhecedor de nossos corações estava desafiando essa tendência do ser. Ele incentivava uma fé que transcende a necessidade de evidências, nos convidando a olhar para os aspectos da espiritualidade e do entendimento que estão além da nossa percepção imediata. "Mas o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porquanto se discernem espiritualmente." 1 Coríntios 2:14. A TDI se esforça para desafiar as narrativas científicas predominantes, ela nos obriga a refinar nossa agnição da realidade ao integrar ângulos de várias disciplinas. Esse exercício intelectual não só enriquece o diálogo científico, como também projeta um futuro onde a busca pelo sentido cria uma rica e diversificada concepção. Essa alquimia de ideias sobre o nosso lugar no universo e a natureza da inteligência que, se não está explicitamente visível, ressoa em cada fibra do nosso ser. "A fé que transcende os sentidos é o salto que nos conecta ao invisível e dá significado ao inexplicável." — Dan Mena.

"A unidade genética que nos conecta a um único ancestral nos leva a uma ponderação: somos seres que vivemos divididos por constantes ilusões de separação." – Dan Mena.
"A unidade genética que nos conecta a um único ancestral nos leva a uma ponderação: somos seres que vivemos divididos por constantes ilusões de separação." – Dan Mena.

Fundamentos da Teoria do Design Inteligente.

Ao me aprofundar na teoria, sou constantemente cativado pela intrigante possibilidade de que esse mistério intrínseco do universo e das formas de vida que habitam este planeta minúsculo possa ser resultado de um planejamento consciente e intencional, em vez de meras ocorrências aleatórias. "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (Salmos 19:1). Esta premissa emergente não é apenas uma crítica fundada à perspectiva darwiniana tradicional, mas também uma proposta enriquecedora que provoca nossa maneira de interpretar a realidade. Será que estamos prontos para reexaminar a forma como vemos nosso mundo? “A complexidade da vida, inscrita no DNA como uma assinatura sutil, é uma prova de que a existência não é um acidente evolutivo, mas uma narrativa intencional, repleta de significado e propósito.” — Dan Mena.

Certos sistemas biológicos são tão complicados que não podem ser adequadamente explicados através de processos evolucionários comuns. Um exemplo muito citado é o da "complexidade irredutível", defendido por pensadores como Michael Behe. Ele expõe, que estruturas como o "flagelo bacteriano" não podem funcionar se uma de suas partes estiver ausente. Essa realidade provoca uma questão: se partes essenciais de um sistema X são interdependentes, não seria razoável supor a existência de um designer, uma inteligência que organiza essas partes com um propósito específico? "Levanta os olhos para os céus e veja: quem criou tudo isso? Aquele que põe em marcha cada estrela do seu exército celestial e todas chama pelo nome." Isaías 40:26.

Tenho lido também as críticas à TDI, que geralmente interpretam essa insinuação como um retorno a explicações teológicas que fogem da ciência. No entanto, esse não é o caminho que eu desejo e quero seguir. Para mim, a TDI não se posiciona como uma antítese à ciência, mas, ao contrário, propõe um diálogo enriquecedor que nos intima a questionar as limitações de nossa compreensão científica. A questão que se coloca, então, é: a teoria da evolução, por si só, pode realmente explicar toda a complexidade que observamos no mundo biológico?  "Ele fez a terra pelo seu poder; ele distribuiu o mundo por sua sabedoria e estendeu os céus por seu entendimento." Jeremias 10:12.

Além da complexidade estrutural, outra caracterização dentro da sua hermenêutica é a informação contida no DNA. Trata-se de um código biológico que, de tão sofisticado e perfeito, leva muita gente a acreditar que não poderia ter surgido por si só. Esse aspecto nos leva a refletir sobre a natureza da informação e o que isso implica sobre a vida e o seu surgimento. Aqui, cabe uma pergunta: se o DNA pode ser considerado um sofisticado código de computador biológico, seria ele fruto do acaso ou da ação de um poder? "Se a harmonia entre as partes essenciais da vida desafia explicativamente, talvez devamos supor que a inteligência por trás disso transcende o acaso." — Dan Mena. "Porque Deus é o Criador de todas as coisas, e o que se conhece de Deus é manifesto entre eles, porque Deus os manifestou. Pois desde a criação do mundo são atributos invisíveis de Deus, Seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido claramente vistos, sendo compreendidos por meio das coisas criadas" (Romanos 1:19-20).

Essas interseções entre a TDI, a filosofia e a teologia relacionam que as discussões sobre design e propósito não são novas. A história da humanidade é repleta de tentativas de entender nossa posição no cosmos e o propósito existencial. Esse novo ângulo para o debate propõe que a lógica científica e o entendimento espiritual não sejam, necessariamente, opostos e concorrentes. O que nos desafia é: como podemos integrar essas visões panoramicamente de um modo que respeite tanto a base científica quanto as profundas convicções espirituais de muitos, inclusive a minha.

"A sabedoria do Senhor fundou a terra; o entendimento do Senhor estabeleceu os céus" (Provérbios 3:19). "O mistério da criação universal não se refere apenas ao que é visível, mas na interdependência perfeita que sustenta o que somos e o que percebemos como seres indissociáveis do todo." — Dan Mena.

Um ponto que surge nessas conversas é como elas ressoam em nós. Assim, à medida que investigo, percebo que a busca universal por significado permeia muitos aspectos da vida. Quando observamos a natureza ao nosso redor, as perguntas sobre propósito e design não são apenas questões filosóficas; elas também estão enraizadas em nossa psicologia. O que nos leva a indagar se a nossa busca por um sentido maior se origina de um desejo inato ou se é meramente uma construção cultural. "Tudo Deus fez formoso no seu tempo; também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade, mesmo assim este não consegue compreender especificamente o que Deus fez." Eclesiastes 3:11.

Marcados por crises sociais e ambientais, a TDI surge como uma ferramenta poderosa para a contemplação e observação. A ansiedade coletiva que muitos sentem frente ao futuro pode ser amenizada ao buscar conexões entre nossas vidas e um cosmos que, por sua vez, resulta de um design inteligente. Nesse sentido, não apenas alimenta a curiosidade científica, mas também pode oferecer um alicerce emocional e espiritual à nossa experiência cotidiana. Isso nos leva a considerar: como podemos nos reconectar com esse sentido maior enquanto navegamos pelos desafios que a vida nos apresenta?"O Senhor formou o homem do pó da terra e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou alma vivente." Gênesis 2:7."O Senhor fez os céus com sua força e os firmou com seu poder." Jeremias 10:12.

"A singularidade da mente que carregamos é um apontamento de que nem todas as respostas cabem nos moldes de teorias preexistentes." – Dan Mena.
"A singularidade da mente que carregamos é um apontamento de que nem todas as respostas cabem nos moldes de teorias preexistentes." Dan Mena

É inegável a relevância dos temas que emergem para as discussões sobre moralidade, ética e identidade. Até que ponto essa matéria poderia contribuir para a construção de uma sociedade mais consciente e responsável?  Não é somente uma questão científica; é, acima de tudo, um aceno para a introspecção das dimensões de nossa experiência que vou abordar no próximo tópico. Entendo que a maneira como nos relacionamos com nossa realidade biológica pode influenciar não apenas o entendimento de nós mesmos, mas também a forma como lidamos com o outro.


"Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Marcos 12:31).




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Bibliografia consultada: Design Inteligente: O Desafio da Evolução - Michael Behe

A Caixa Preta de Darwin - Michael Behe

A Revolução do Design - William A. Dembski

Assinatura na Célula - Stephen C. Meyer

A Linguagem de Deus - Francis S. Collins

Design Inteligente - A Ponte Entre Ciência e Teologia - William A. Dembski

A Inferência do Design - William A. Dembski

O Que é a Vida? - Paul Nurse

Evolução: Uma Teoria em Crise - Michael Denton

Evolução e o Mito do Criacionismo - Tim M. Berra A Nova Ciência do DNA que Desafia a Evolução - Michael J. Behe A Dúvida de Darwin - Michael J. Behe A Interpretação dos Sonhos - Sigmund Freud

O Ego e o Id - Sigmund Freud

A Psicanálise e a Filosofia - Paul Ricoeur

O Inconsciente - Sigmund Freud

Os Fundamentos da Psicanálise - Melanie Klein

Bíblia Sagrada - 2ª ed. São Paulo - Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. A origem das Espécies - Charles Darwin Evolução ou Design Inteligente? - Marcos Eberlin 

Fomos Planejados - Marcos Eberlin Em Busca de Sentido - Viktor Frankl Meditações Metafísicas - René Descartes Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 — CNP 1199. Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 — CBP 2022130. Dr. Honoris Causa em Psicanálise pela Christian Education University — Florida Departament of Education — USA. Enrollment H715 — Register H0192.

 
 
 

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