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  • Uma Infância Saudável.

    A terapia infantil também ajuda os pais a entender as perguntas e os comportamentos de seus filhos e lhes proporciona maneiras apropriadas de ajudar eles. A terapia infantil também ajuda os pais a entender as perguntas e os comportamentos de seus filhos e lhes proporciona maneiras apropriadas de ajudar eles. Que tipo de problemas se apresentam? Ansiedade infantil Depressão primária Medos, fobias e obsessões infantis Desenvolvimento lento da linguagem ou da fala Problemas de relacionamento Baixa autoestima Problemas de comportamento Insônias e terrores noturnos Distúrbios alimentares Transtorno de Deficit de Atenção Hiperatividade Dado o alto grau de dependência das crianças de seus pais, os problemas do casal ou da família se refletem em seu comportamento, portanto, pode ser necessário o compartilhamento dos pais no acompanhamento do tratamento. Quais podem ser os benefícios? Aliviar os sentimentos de dor e culpa Melhorar as relações interpessoais Enfrentamento às situações traumáticas e perdas Superar as complicações relacionadas à saúde Ajudar a compreender suas emoções e a expressá-las Superação de obstáculos de desenvolvimento Melhor integração ao ambiente social Ajudar os pais a entender seus filhos Quando ficar atento? Quando a criança tem problemas na escola; quando mostra dificuldades para controlar seu comportamento; dificuldades para se separar de seus pais; tem dificuldades para se concentrar, está entediado, inquieto permanentemente; manifesta reações agressivas ou rebeldes; mudança abrupta de comportamento; alteração das condições de vida, separação dos pais ou divórcio; retorno a atos infantis; quando ele tem medo ou se comporta estranhamente; está triste; quando se torna muito reservado e quer ficar sozinho a maioria do tempo. O processo terapêutico permite compreender e explicar o comportamento da criança, assim como produzir as condições para melhorar o seu bem-estar. A psicanálise infantil nos chama a repensar a teoria psicanalítica em sua complexidade. Novas perguntas, novos desafios, nos convocam diariamente. A psicanálise com crianças reside em dois fatores: 1) a inclusão dos pais na análise conjunta, 2) que as intervenções com elas podem ser estruturantes, ou melhor, ser o motor da sua estruturação. Ele tem dificuldades na escola, chora por qualquer coisa… está fazendo bagunça..., etc. Então, aparecem as reclamações, solicitações e reprovações. Uma história desordenada, onde mal podemos vislumbrar de quem eles estão falando. Ansiedades, sentimentos de desesperança, medos, exigências. Assim, ambos são convocados desde a primeira chamada para ouvir um pedido, sejam de múltiplas histórias… dos pais, da criança e das gerações anteriores. A teoria psicanalítica nos ensina, que não é uma modificação comportamental imposta por outro que pode gerar mudanças na estrutura psíquica. Que não é por meio de uma indicação ou conselho que alguém pode tornar seus desejos conscientes, que a sexualidade insiste na busca do prazer e que não há consenso ou recomendação capaz de eliminá-lo. E isto, é também sobre sexualidade, sobre desejos, sobre proibições. O que insiste no jogo das repetições é o que estamos decifrando na criança, e em seus pais. Situar-se nesse lugar dos genitores, implica escutar todo o seu discurso, sem estabelecer privilégios, tentando traçar sua história infantil, dirigindo-se a eles, não para dar informações sobre o que supostamente acontece a um terceiro, mas referindo-os às suas próprias experiências, sentimentos e ideias. Na infância, as paixões antigas e eternas são recuperadas, tudo o que uma criança atualiza em um adulto é traduzido em palavras e reconhecido como seu próprio. A consulta sobre uma criança, geralmente implica em trabalhar uma ferida narcisista. A ilusão da criança perfeita, o produto dos pais ideais. Assumir a maternidade e paternidade não é fácil. É sempre um lugar de conflito, onde coabitam desejos contraditórios, identificações antigas, modelos ultrapassados estão em jogo. Quando Green afirma: "O que se exige do analista é mais que suas capacidades afetivas e sua empatia; é, de fato, seu funcionamento mental, porque as formações de sentido foram colocadas fora de circuito no paciente" (Green, 1990, p. 59). (Verde, 1990, p. 59). Isto deve ser considerado no trabalho com os pais, porque, além do diagnóstico, é muito frequente que as transferências sejam confusas. Quando trabalhamos com os pais, falamos fundamentalmente deles, e as referências que fazemos à criança são uma função de seus conflitos que se entrelaçam com o filho. E quando trabalhamos com eles, deve-se considerar sua percepção da realidade psíquica materno-paternal e os julgamentos derivados dela. A psicanálise possui os conhecimentos mais avançados sobre o desenvolvimento psíquico infantil, os estágios de desenvolvimento, as teorias que se manejam, explicam a realidade de si mesmas, é as disposições psíquicas, a partir das quais elas começam. A técnica utilizada, permite que expressem livremente suas emoções, respeitando suas preferências de disposição e sua personalidade, dirigindo-as de maneira saudável. Também, proporciona aos pais participar da terapia, e explorar livremente seus pensamentos sobre o assunto, contribuindo para melhorar a saúde de toda a família. Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • Onde Outros Não Alcançam.

    O que a psicanálise alcança que outras terapias não conseguem? Os psicanalistas, recebemos pacientes por uma variedade de razões, sentimentos de angústia, fobias, vazios, ansiedade, solidão, dificuldades em suas relações interpessoais, medos de todos os tipos, obsessões, distúrbios sexuais, ejaculação precoce, impotência, frigidez, entre muitas outras queixas Os psicanalistas, recebemos pacientes por uma variedade de razões, sentimentos de angústia, fobias, vazios, ansiedade, solidão, dificuldades em suas relações interpessoais, medos de todos os tipos, obsessões, distúrbios sexuais, ejaculação precoce, impotência, frigidez, entre muitas outras queixas. É comum que no início do tratamento falem com desespero sobre as dificuldades que estes sintomas lhes causaram e causam, a maioria, está disposta a tentar um tratamento para resolver seus problemas. Muitas vezes, os pacientes pedem conselhos, direção, sugestões ou uma recomendação sobre o que fazer. Frequentemente vamos ouvir algo do tipo: "Preciso de um conselho sobre se devo pedir demissão da empresa" ou "Devo terminar este relacionamento?"... Um modelo terapêutico que propõe estas diretrizes, mantém a ideia de que o analista é um modelo de suposto saber, que ele ou ela pode escolher melhor para o analisado. Vemos aqui, a intenção de transferir aquilo que na realidade é a sua própria queixa. Um mau terapeuta, faz recomendações e responde com conselhos em face de cada indecisão da pessoa que o consulta. Nesta perspectiva, os pacientes tornam-se inválidos emocionais. Um aspecto onipotente da mente do analisado está trabalhando, dando a outra pessoa a responsabilidade de decidir por ele. Assim, o psicanalista, agora conselheiro, parece possuir a verdade das diretrizes do outro. Fragilizados emocionalmente, são pessoas que utilizam mecanismos de idealização, e consequentemente atacam sua própria capacidade de pensar, agir e decidir, anulando sua autonomia pessoal, perdendo sua identidade e minando seu impulso para crescer através de sua própria experiência. Este sistema é compreensivelmente inadequado, infelizmente, mais comum na clínica do que podemos imaginar. O que a terapia psicanalítica propõe? Uma visão e compreensão diferente dos problemas do paciente, buscando num trabalho recíproco, a origem e a causa dos conflitos no inconsciente. Uma parte significativa da vida mental e emocional se encontra precisamente neste lugar, e ele está na linguagem, nos sonhos, em deslizes linguísticos, atos fracassados, comportamentos, condutas, hábitos, piadas, sintomas e transferência, ou seja, na relação consciente e inconsciente que se estabelece. Desta simbiose, surgira uma verdadeira aliança na construção de cânones positivos, onde o papel do psicanalista não é oferecer ajuda, senão a de conduzir as próprias resoluções. Fantasias sexuais, sonhos de infância, experiências, entre outros, permitem que conflitos infantis, ciúmes e ansiedades sejam explorados e conduzidos a luz de uma descoberta pessoal. Todas essas emoções permanecem no inconsciente, até que se tornam conscientes, em uma terapia psicanalítica dirigida, a única capaz de descobri-las pelo método da associação livre de ideias. Quando a vida psíquica se desenvolve desvinculada da parte consciente do funcionamento mental, repetições cíclicas acontecem sem sabermos a razão. Sempre soubemos que muitas pessoas, a fim de evitar entrar em contato com seus problemas psíquicos, podem se envolver em uma corrida por bens materiais, sucesso financeiro, fama e soluções imediatas. O custo é alto: angústia, doença física e brigas interpessoais, sentimentos de vazio, ausências e infelicidade estarão presentes. Da perspectiva psicanalítica, o mundo interior, a realidade psíquica, é considerada. A psicanálise propõe que a realidade interior difere da realidade externa, o mundo em que vivemos diariamente. As pessoas constroem uma ideia subjetiva do mundo, com base nessa realidade psíquica, de modo que se alguém, por exemplo, for dominado por sentimentos de superioridade, ele ou ela, olhará o mundo de cima para baixo e com desprezo. Simultaneamente, se uma pessoa estiver acelerada, o que ela sente ao seu redor será sempre fantástico. Se ele estiver deprimido, por outro lado, sentirá que não há esperança e verá o futuro como sombrio, sem esperanças. Em outras palavras, o mundo da realidade cotidiana, é o resultado de projeções que fazemos a partir de dentro da alma. Muitas vezes, a aplicação do método psicanalítico é a única maneira de reduzir o aparecimento de doenças psicossomáticas de diferentes diagnósticos, assim como o câncer, ataques cardíacos, que podem ser menos frequentes em pessoas que estão em terapia, do que aquelas que fazem aconselhamento, usam medicação ou recorrem a métodos de apoio emocional, ou comportamentais. As terapias, baseadas no senso comum, enquadramentos, ou que oferecem apenas apoio e acolhimento, as que elaboram recomendações sobre o que fazer na vida, são efetivas, mas seus efeitos transitórios, criando uma forte dependência do terapeuta. Os temas pessoais, de trabalho, conjugais, familiares, sexuais, e parentais, são muito melhorados ou resolvidos na terapia psicanalítica, uma vez que os traços de caráter que contribuem para esses problemas são reportados, trazidos a tona, e modificados. Neste sentido, a psicanálise é mais intensiva em seu trabalho, mas seus efeitos duram, seus objetivos são mais ambiciosos ao podarem alcançar mudanças profundas no desejo, na mente e na personalidade do indivíduo. Alguns pacientes, inicialmente preocupados, gradualmente se sentem compreendidos e realizam grandes progressos. Mergulhando no mundo dos seus sonhos, onde encontram a verdadeira realidade, sua interiorização, dali, emergem com maior maturidade e uma vida mental mais profunda, criativa, de resoluções firmes e qualitativas. Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • O Analista na Política.

    A orientação dos analistas para as coordenadas que se impõem nos debates sociopolíticos, são alheios à prática da análise, mas sim ao discurso analítico. A intervenção deve procurar influenciar a realidade, sem se submeter a modelos eclesiásticos, partidários ou militares. A orientação dos analistas para as coordenadas que se impõem nos debates sociopolíticos, são alheios à prática da análise, mas sim ao discurso analítico. Essa intervenção deve procurar influenciar a realidade, sem se submeter a modelos eclesiásticos, partidários ou militares. É um estilo de boa aproximação, uma possível fusão entre psicanálise e política, possibilitando o estabelecimento de campos, que diante da carência do real, tentem ir em busca de sentido. Lacan, desconfiava de ideais, sistemas e utopias políticas. "Não tinha nostalgia, nem esperança, apenas uma grande sobriedade no que se refere à política, acompanhada de inúmeros comentários que iam da ironia ao cinismo, marcados pelo sarcasmo e zombaria, enfatizando que a política é a era dos quadrinhos e dos assassinos". "Nesse sentido, a psicanálise é exatamente o oposto da política." Um dos grandes benefícios da psicanálise é não haver o outro do outro. Diante dessa dor existencial, surgiu uma totalidade, que se constituiu na esperança de reabsorver a divisão da verdade, instaurando o Reino do Uno no campo da política. Essa perspectiva tem em seu horizonte o desejo de construir uma sociedade disciplinada. Habitada por sujeitos modelos que compartilham, se identificam, num culto à personalidade, e um amor inquestionável por um líder. O analista usa uma palavra e uma linguagem que não é totalmente acessível a todos. Sua participação se baseia em sustentar a decisão, e torná-la menos vertiginosa, no sentido de revisitar as ilusões invisíveis do sujeito nesse campo. Quando o psicanalista opina politicamente, deve ser um defensor dos direitos humanos, ser contra qualquer discurso ou ação segregacionista, polarizada ou discriminatória. O analista, deve intervir com "sua decisão silenciosa, que não deve ser confundida com silêncio". Quando a abordagem de Freud passou da cura do sintoma a da compreensão das pessoas para uma visão mais integrada, o tratamento psicanalítico assumiu uma dimensão mais completa que enfatizava a singularidade do encontro de duas pessoas, analista e analisando, que criam um profundo e duradouro relacionamento de vínculos fortes. A relação analítica, tornou-se um campo específico que mobiliza afetos e impulsos inconscientes, onde ambos os participantes são expostos a avatares de transferência e contratransferência. O analista ocupa um lugar no mundo da fantasia do analisando, onde Freud alertou, para as consequências danosas que levaria o adentramento do assunto ao tratamento, nos quais se prescreve a neutralidade, a abstinência e o anonimato do analista. A micropolítica interna da situação terapêutica, que implica a personalidade de ambos os participantes, com sua fantasia, ansiedade ou defesa, configuram a porta de entrada para o campo analítico entre duas pessoas, uma tensão estruturada conforme as instruções que delas surgem. Por vezes, a abstinência do analista baseava-se em questões políticas sobre a necessidade de manter a neutralidade, no entanto, a mesma não significa que seja apolítico. O problema da neutralidade diante do paciente na sessão, bem como a maneira de abordar os aspectos reais do vínculo analítico, enfatiza a dinâmica do mundo interior e tende a ocupar posições diferentes do que a relação real. Acredito que seja prudente, tanto para os pacientes quanto para os analistas, evitar abordar tais questões. O paciente está preocupado com seu mundo interior, seus problemas particulares, mas, além disso, ambos relutam em entrar no terreno que desperta sentimentos intensos e por vezes irracionais. O salutar, pode ser um claro acordo para evitar as questões em seus aspectos manifestos, portanto, não se trata de não falar de política, mas de revelar o sentido inconsciente que assume esse rol é momento para o analisado. É verdade que na era da informação massiva, com os buscadores coletando todos os tipos de dados contidos nas redes sociais, é difícil manter os critérios de neutralidade, no entanto, considero válido manter esse critério e trabalhar nos conflitos internos, que nesse aspecto afetem o paciente. Como qualquer profissão que procura curar doenças, aliviar sofrimentos ou administrar melhor os conflitos emocionais, psicanalistas e psicoterapeutas compartilham uma preocupação geral com o bem-estar, a melhoria das condições gerais de vida, a expansão dos serviços de educação, saúde pública e tudo o que constitui um estado de bem-estar. O ensino de Lacan, aliado a uma perspectiva política democrática, que separa o governo do Estado, respeita a liberdade de expressão e o pluralismo, fornece as ferramentas necessárias para pensar o mundo social. Habilidades que, baseadas na ética analítica, permitem gerar ações que tentarão transformar o transformável do real. Do discurso analítico ao discurso político, a distância entre a ética do bem, e a que tenta encontrar... onde ela está? A decadência generalizada no campo político é conhecida, o que, portanto, não abre caminhos para a discussão racional entre os cidadãos, estamos no campo da opinião polarizada, de onde se desenrola o debate público sobre a desilusão, engano e manipulação. Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • Complexo de Édipo - a Castração.

    O complexo de castração é um dos elementos centrais na psicanálise, está ligado ao complexo de Édipo. Embora existam outras análises interessantes sobre ele, neste artigo, adentro nele com a base da teoria clássica de Freud. Freud constrói sua fala sobre os sistemas complexos assim… “Os nossos complexos são a fonte da nossa fraqueza; mas muitas vezes, eles também são a fonte da nossa força”. Segundo Freud, “o”Eu” não é senhor em sua própria casa”. Na tragédia Édipo Rei, escrita por Sófocles, como uma das bases da estruturação psíquica do desejo humano, sinaliza com um dos conceitos clínicos mais importantes da teoria psíquica, que propõe a divisão entre a consciência e o inconsciente, onde aparece como a pedra fundamental a Psicanálise, com o nome de Complexo de Édipo. A interpretação deste mito, reescrito por Freud, no qual Édipo se casa com a sua mãe e mata o pai, (sem estar ciente que era), estabelece para o Psicanalista (no seu conceito terapêutico), o ato inaugural da civilização, a partir do tabu do incesto, citado em Totem e Tabu escrito em 1913. O Complexo citado, trata de um conflito afetivo triangulado que toda criança atravessa. Surge, a partir dos desejos amorosos e provocadores em relação aos próprios pais. Em suma: nesse momento ela deseja um dos seus genitores, normalmente do sexo oposto, rivalizando com o genitor do mesmo sexo. Essa proibição de seus desejos representa a entrada do sujeito no chamado processo simbólico. A criança, ao introjetar os limites para o seu ''Eu'', desloca essa energia para outros interesses e afetos. Viver o processo de castração, inaugura o sujeito para a Psicanálise: na busca pela sua incompletude, como maneira de satisfazer o desejo impedido, que permanece viajando entre objetos, sem nunca aceder a descarga total de sua libido e excitação. Aqui podemos citar Lacan… que com sua absoluta autoridade diz: É impossível formar um… “O gozo — o gozo do corpo do ''Outro'' — resta, ele, uma questão, porque a resposta que ele pode constituir não é necessária. Isto vai mesmo mais longe. Não é nem mesmo uma resposta suficiente, porque o amor demanda o amor. Ele não deixa de demandá-lo. Ele o demanda… mais… ainda. Mais, ainda, é o nome próprio dessa falha de onde, no ''Outro'', parte a demanda do amor”, 1985. O complexo de castração é um dos elementos centrais na Psicanálise, centralmente ligado ao complexo de Édipo. Embora existam outras análises interessantes sobre ele, neste artigo, adentro com a base da teoria clássica de Freud. Este fenômeno psíquico, não se refere a uma mutilação anatômica do corpo. Diz respeito, a uma experiência inconsciente na qual a criança rompe com a ideia de onipotência da existência fálica (pênis), através da diferenciação dos sexos. Ele se dá de maneira diferente na constituição psíquica do menino e da menina, a de que muitos homens desenvolvem na infância, a fantasia de que podem ser castrados por seus pais. Essa crença imaginária, se vê reforçada por insinuações jocosas adultas, geralmente em tom de brincadeira. Um exemplo clássico poderia ser: não mexe no seu ''PIUPIU'' senão vou cortá-lo. Freud constatou que, diante do desconhecimento de como funciona a genitália feminina, crianças de ambos os sexos, tenderiam a explicar a ausência do pênis nas meninas como resultado de uma castração. O suposto medo de serem castrados, levaria os meninos a renunciarem à prática da masturbação infantil e ao desejo incestuoso pela mãe. Já as meninas, acreditando ilusoriamente que são castradas, seriam levadas a aguardar uma recompensa por tal infortúnio, normalmente um bebê a ser gerado pelo pai. Em ambos os casos, a fantasia de castração, leva os infantes a fazer uma permuta, ela (mulher), abandona e troca por determinadas coisas, para poder desejar outras, que acabam funcionando como os símbolos dessa primeira. Esta experiência mental intensa no desenvolvimento, que vivemos pela primeira vez, por volta dos 3 a 6 anos, se estabelece como uma prova inconsciente, que ciclicamente se repetem na nossa vida, particularmente, quando os mecanismos de defesa estão ativados, sendo fundamental e decisiva para a estruturação da futura identidade sexual do indivíduo. O complexo de castração, pode ser definido como “o sentimento inconsciente de ameaça experimentado pela criança, quando ela constata a diferença anatômica entre os sexos” segundo afirmação de (ROUDINESCO, E. & PLON, M, 1998: 104.) (presença ou ausência de pênis) que se centra na fantasia imaginária infantil, de haver nesta suposta ausência ou não, a amputação do pênis. Portanto, se é definida pelo recalcamento da castração como estratégia defensiva, formativa do modo estrutural. A perversão pela renegação, a recusa de reconhecer a falta (já captada) do outro, representada pelo corpo da mãe em que faltaria um elemento, o falo. Freud constrói esta frase para falar sobre os sistemas complexos… “Os nossos complexos são a fonte da nossa fraqueza; mas muitas vezes, eles também são a fonte da nossa força”. O complexo de castração se faz presente, seja com meninos e meninas, cada um, a vivenciando e experimentado de uma forma diferente. Tal padrão de representação, é importante como experiência mental, onde a criança aprende através dela a diferenciar os sexos e reconhecer pela primeira vez, os desejos impossíveis que se apresentam. Segundo os estudos iniciais de Freud, esse processo psíquico transcorre em quatro fases e momentos até a sua resolução. São eles; A premissa inicial: o menino descobre que ele tem um pênis e elabora a ideia de que todas as pessoas têm um pênis. Segundo momento: a ameaça. Em virtude do complexo de Édipo, a criança deseja substituir o pai em relação à mãe. Tem comportamentos que comprovam esse desejo, simultaneamente, em que apresenta manifestações de autoerotismo. Por isso, recebe ameaças e proibições e constrói a ideia de que a castração é o castigo que o aguarda, caso persista nos seus desejos e comportamentos. Terceiro momento: a descoberta da ausência. O menino descobre que a anatomia feminina difere: as mulheres não têm pênis. Eles não percebem que as meninas têm vagina, mas são desprovidas de pênis. Associa essa realidade às ameaças imaginadas: acredita que a ausência de um pênis é uma castração real. Quarto momento: o da angústia. O menino descobre que a sua mãe é mulher, portanto, não tem pênis. Surge então a ansiedade da castração, experimentada inconscientemente. Uma vez cumpridas estas quatro etapas, acontece uma última fase que é a de resolução, tanto do complexo de castração quanto do complexo de Édipo. Dita, ocorre quando o menino não quer mais assumir o lugar do pai em relação à mãe. Em outras palavras, renúncia à mãe e aceita a lei paterna. Ele faz isso para resolver a sua angústia de castração. Assume assim, sempre inconscientemente, que se ele persistir, ficará sem o seu pênis. O complexo de castração na menina, tem vários pontos em comum com o do menino. O primeiro é que a garota também parte da premissa de que todos têm um pênis. Da mesma forma, a mãe ocupa um papel muito importante na sua vida, é o centro do seu amor. No entanto, o processo segue por caminhos diferentes. Vejamos as diferenças que aparecem entre meninos e meninas em cada um dos momentos: Inicialmente, mantém-se a premissa de que todos têm um pênis. A menina assume que o clitóris é um pênis. A descoberta dessa diferença: a menina percebe que o seu clitóris é muito pequeno para ser um pênis. Acredita então que foi castrada e gostaria que isso não tivesse acontecido. Posteriormente, ela constata que sua mãe também não tem um pênis e a culpa por não tê-lo, assim entende que houve uma transmissão dessa deficiência a ela. A resolução do complexo de castração nas meninas pode tomar três caminhos diferentes: O primeiro: é a aceitação de que ela não tem pênis e se afasta da sua sexualidade. O segundo: é a manutenção do desejo de ter um pênis. É a negação da castração, o que pode levá-la à homossexualidade. Por fim, o caminho dessa trilha é uma solução completa do complexo de castração. A menina aceita que não tem pênis. A mãe deixa de ser o centro do seu afeto e este é reorientado em relação ao pai. Do mesmo modo, há um deslocamento da libido, onde o desejo de possuir um pênis se transforma no desejo de desfrutar de um pênis durante às relações sexuais. Finalmente, esse desejo do uso fálico, se move para a maternidade, é a vontade de ter um filho. Freud afirma, quando o Complexo de Édipo fica mal resolvido, podem existir várias consequências, tais como: a identificação com o progenitor do sexo oposto, entre eles a homossexualidade, comportamento submisso, dependência excessiva ao sexo feminino, etc., que podem ganhar força, já que o menino sem pai, almejará ser como a mãe. No percurso desse desenvolvimento, a criança passa por diversos momentos que podem ser metaforicamente descritos como castrações. Neles, todos, precisam acontecer num processo cíclico de troca de um objeto ou meio de satisfação por outros, mais amplos, humanizados e amadurecidos. Um tema um tanto difícil, onde sua compreensão e desdobramentos merece muitas extensões que não são possíveis num único artigo. Farei novas abordagens no futuro. Ao poema: mais uma vez com Drummond; Só a genialidade de um poeta como ele pode incluir tantos significados num poema. Numa única frase: “no meio do caminho tinha uma pedra”, agrega questões como simbolismo, filosofia e existencialismo. “No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento Na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho Tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra.” Seriam essas nossas pedras? Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • Tratamento da Ansiedade.

    A neurose de angústia, amplamente conhecida como ansiedade e neurose de estresse, é uma condição que pode surgir totalmente ou apenas rudimentarmente desenvolvida, isoladamente ou em combinação com outras neuroses. Neurose, Ansiedade e Estresse O que é Neurose de Ansiedade? A neurose de angústia, amplamente conhecida como ansiedade e neurose de estresse, é uma condição que pode surgir totalmente ou apenas rudimentarmente desenvolvida, isoladamente ou em combinação com outras neuroses. Há casos completos de ansiedade e estresse, mas também há neuroses mistas, onde os sintomas de ansiedade e estresse aparecem associadas a outras doenças. A ansiedade é um estado de excitação, inquietação ou perturbação do humor que não permite que o doente descanse. Ela se apresenta como um desconforto ou desagrado sentido ao nível mental. Geralmente se expressa dizendo "Não sei o que há de errado comigo". O estresse e a ansiedade, por outro lado, têm sintomas corporais: taquicardia, sufocação, palpitações, hiperventilação, opressão precordial, alteração do ritmo circulatório, tonturas, suor, ataques de pânico, vertigem, bulimia, etc. Se você sofre de ansiedade ou estresse, procure ajuda, são pequenas coisas que podem durar uma noite, uma tarde, um instante, mas se prolongadas, podem causar doenças graves. Como detectar se você sofre de ansiedade ou estresse? O quadro clínico de ansiedade e estresse inclui os seguintes sintomas: Excitabilidade geral. Se você se sente nervoso e excitado, isto indica um acúmulo de excitação ou uma incapacidade de resistir a ela. Uma de suas manifestações é uma hipersensibilidade ao ruído, os quais são muitas vezes a causa da insônia. Um estado de angústia geral, como se você estivesse esperando por qualquer representação adequada para justificar essa angústia. As pessoas com expectativas ansiosas sempre preveem eventos terríveis, enxergam em cada evento acidental o prenúncio do infortúnio, e sempre pensam o pior quando se trata de um evento que provoque a sua insegurança. Por exemplo, uma mulher que, toda vez que ouve seu marido tossir, pensa na possibilidade de contrair uma pneumonia fatal e vê em sua imaginação o enterro acontecendo. Ansiedade ou ataques de pânico. Consistem em um sentimento de angústia que pode ser acompanhado por um medo de morrer ou enlouquecer. Também pode ser acompanhado por formigamento anormal, sensações de calor ou frio na pele, perturbação das funções físicas como respiração, circulação, inervação vasomotora ou atividade glandular. Algumas das formas de ataque de pânico são: Distúrbios da atividade cardíaca: palpitações, arritmias breves, taquicardia de longa duração e mesmo estados graves de fraqueza do coração, difíceis de diferenciar de doenças orgânicas. Distúrbios respiratórios: várias formas de dispneia nervosa, ataques semelhantes aos da asma, etc. Elas nem sempre são acompanhadas de uma angústia perceptível. Ataques de transpiração, às vezes noturnos. Ataques de tremores e convulsões, facilmente confundidos com histeria. Bulimia, às vezes acompanhada de vertigens. Diarreia persistente sob a forma de ataques Vertigens locomotoras. Parestesia, (queimadura, dormência, sensações anormais na pele). O "pavor noturno" dos adultos é uma forma de ataque de ansiedade, ela condiciona a segunda forma de insônia. O "pavor noturno" das crianças é também uma forma de neurose de ansiedade. Vertigem. Em sua forma mais suave, é uma simples vertigem. Em sua forma mais severa é um ataque com ou sem ansiedade. Consiste no desconforto, acompanhado pela sensação de que o solo oscila, as pernas afundam nele e é impossível continuar de pé. As pernas, tremem e se dobram, pesando como se fossem de chumbo. A vertigem das alturas também aparece. Fobias relacionadas a ameaças fisiológicas gerais: medo de cobras, tempestades, o escuro, insetos, etc. Estas são aversões instintivas comuns, intensificadas pela angústia. Perturbações da atividade digestiva, como sentimentos de náusea e desconforto, bulimia e tendência à diarreia. Inúmeros reumáticos, sofrem de neurose de ansiedade, e experimentam uma maior sensibilidade à dor. Vários sintomas aparecem de forma crônica, o que é mais difícil de detectar porque a sensação de angústia é menos precisa do que no ataque de angústia. Isto é especialmente incidente para diarreia, vertigem e parestesias. A vertigem pode ser representada por uma tendência duradoura ao cansaço e à depressão. Como tratar a ansiedade e o estresse? A Ansiedade para a psicanálise não é um termo pejorativo, mas é constitutivo do aparelho psíquico. É um sinal de que há algo que diz respeito ao assunto que o envolve. A atitude do sujeito em relação a seus desejos é singular. Ele os rejeita, os censura e não quer ter nada a ver com eles. É por isso que, toda vez que surge a angústia, deve haver algo que a provoque. É um sinal que nos avisa que estamos diante do desejo. Não se trata de algo que podemos eliminar, trata-se de aprender a lidar com isso. Ou a ansiedade nos tem, (ela nos sustenta como sujeitos desejáveis) ou de fato temos ansiedade (como sintoma). O paciente ansioso apresenta uma ânsia de concluir, de agir rapidamente. Um senso de urgência que o leva a apressar a vida, necessidade de controlar a situação e a intolerância à incerteza. Por conversas psicanalíticas, sem o uso de drogas, a psicanálise permite que os mecanismos psíquicos necessários para a gestão da ansiedade e incerteza presentes na vida, sejam postos em funcionamento. Benefícios de tratar a ansiedade e o estresse: Reduzir as insônias Melhorar a capacidade de trabalho Melhorar a saúde física Prevenir doenças graves Melhorar o bem-estar emocional Reduzindo as inibições sociais Melhorar as relações sexuais Desenvolver habilidades para administrar a incerteza Melhorar a qualidade de vida. Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • O Que é A Depressão?

    Uma diferença importante entre depressão e o luto, é que na depressão há a autorrepreensão: "Eu sou indigno", pensa o deprimido, e situações de fantasias, ruína e miséria ganham força. O paciente deprimido é o mais suscetível de estar numa direção ao suicídio. O Que é A Depressão? A depressão é uma doença dolorosa onde se perde todo contato com a realidade. Na forma como é produzida, é semelhante a um processo normal, não patológico, que é o luto, a diferença é que no luto houve uma perda real de um ente querido, através da morte, separação, etc. O paciente deprimido, por outro lado, experimentou uma perda que muitas vezes não é uma perda real de um objeto ou pessoa, mas sim a perda de um ideal, ou mesmo que tenha havido uma perda real, o paciente é incapaz de compreender tudo o que perdeu de fato. Uma diferença importante entre depressão e o luto, é que na depressão há autorrepreensão: "Eu sou indigno", pensa o deprimido, e situações de fantasias, ruína e miséria ganham força. O paciente deprimido é o mais suscetível de estar numa direção ao suicídio. Quando uma pessoa fica deprimida é porque tem grande dificuldade em substituir o que perdeu, seu amor (libido) se fixou no que perdeu, porque não aceita perdê-lo e todas as suas outras funções psíquicas ficam empobrecidas, desconstruídas. Os processos de atuação, trabalho, responsabilidades, também se tornam impossíveis de execução, e a única solução possível é direcionar essa agressão e hostilidade contra seu próprio ego, sobre o qual a sombra do objeto perdido caiu. A depressão é uma doença psicológica e não biológica. Não pode ser curada com medicamentos; em alguns casos, os medicamentos podem até agravar a doença, produzindo efeitos colaterais prejudiciais à saúde. Para curar a depressão, é necessário um tratamento psicanalítico muito especializado. Como detectar se você está sofrendo de depressão? A depressão é caracterizada pelos seguintes sintomas: Humor profundamente doloroso. Tristeza patológica ou humor depressivo. Ela se expressa como dor, vazio, desespero e, em casos extremos, como uma falta de sentimentos. Algumas vezes pode ser mascarado por outros sintomas. Perda da capacidade de amar. Inibição de todas as funções dinâmicas para as atividades diárias. Dificuldade em obter recompensas agradáveis, que costumavam ser gratificantes. Pode levar ao isolamento e à passividade. Apatia, que se manifesta como total indiferença. Diminuição da autoestima, o que se traduz em reprovações e acusações, o que pode levar a uma expectativa delirante de punição. Delírios de menosprezo: Acusa-se publicamente de ser alguém pequeno, egoísta, desonesto, sem ideias próprias, preocupado em esconder suas próprias fraquezas. Irritabilidade. Aparecem reações de comportamento violento, injustificadas e desproporcionais. Forte medo de empobrecimento financeiro. Ideias de morte ou suicídio podem ganhar força. Distúrbios vegetativos: dores de cabeça atípicas, dores musculoesqueléticas, perda de peso, distúrbios digestivos (dispepsia, constipação, perda de apetite, etc.), distúrbios cardíacos (dor precordial, taquicardia), distúrbios de equilíbrio ou distúrbios do sono com diferentes tipos de insônia, ou hipersônia. Depressão somática. Isto é uma depressão mascarada sob a forma de doença somática, o indivíduo se percebe doente. Alterações sexuais, diminuição exacerbada da libido, da excitação e atraso do orgasmo. Como se trata a depressão? Os processos psicológicos que dão origem aos sintomas da depressão são inconscientes e somente por um tratamento psicanalítico podem ser tratados. Não importa se o que o paciente diz sobre si mesmo é verdade ou não, importando, é que o que ele descreve é sua verdadeira situação psicológica. A pessoa deprimida, perdeu sua autoestima e deve ter razões para isso, o que acontece é que estas razões estão inconscientes. Através de conversas psicanalíticas, sem o uso de drogas, falando livremente, o paciente conseguirá colocar palavras no que está acontecendo com ele. O psicanalista ouvirá flutuando sobre isto, conseguindo interpretar os processos que, inconscientemente, medeiam a produção da doença radicada. A psicanálise permite agir sobre o núcleo patogênico da depressão, colocando em movimento os mecanismos psíquicos necessários para a produção de posições psíquicas mais saudáveis, que invertem o quadro. Se você pensa desconfia de si ao respeito, ou um de seus entes queridos está sendo acometido, a psicanálise pode lhe ajudar, ela é eficaz, não apenas para fazer desaparecer os sintomas da depressão, mas também para fazer as mudanças psicológicas necessárias para evitar que a doença se repita ciclicamente. Benefícios de tratar a depressão: Melhorar o humor Recuperar a capacidade de amar e trabalhar Recuperação da capacidade de agir Melhoria das relações sociais Aumento das relações sexuais Fortalecimento da autoestima Reestruturação da confiança pessoal Eliminação das tendências suicidas Viver melhor a perspectiva de futuro. Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • Desordem Bipolar.

    O distúrbio bipolar é um distúrbio psicológico caracterizado por fases alternadas de depressão e manias. Tal estado afetivo, oscila periodicamente de uma depressão exacerbada para uma sensação de extremo bem-estar. Como tratar a desordem bipolar? O distúrbio bipolar é um distúrbio psicológico caracterizado por fases alternadas de depressão e manias. Tal estado afetivo, oscila periodicamente de uma depressão exacerbada para uma sensação de extremo bem-estar, aditado de um certo estado intermediário. Não há eventos externos que justifiquem estas mudanças ambivalentes, o que se estabelece nessa patologia na pessoa que sofre desse transtorno são processos psíquicos internos complexos. O distúrbio bipolar é um problema psicológico que pode ser tratado. Como detectar se você sofre de distúrbio bipolar? Os sintomas para identificar quem sofre de distúrbio bipolar são: Mudança radical de humor. Na fase depressiva, aparecem sintomas característicos de inibição: tristeza, ansiedade, irritabilidade, perda de energia, choro incontrolável, mudanças no apetite, levando à perda ou ganho de peso, necessidade excessiva de dormir, dificuldade para tomar decisões, ilusões de autoanulação, autocrítica excessiva e pensamentos suicidas. Na fase maníaca, por outro lado, aparecem sintomas de descarga emotiva e prontidão para super atividades físicas: podem ser detectadas, excitação excessiva como a euforia, autoavaliação de grandeza, irritabilidade, nervosismo e ansiedade, falta de sono, aumento acentuado da energia, alto desejo sexual e verbalização desenfreada. O sujeito pode se ver incentivado a abusar de drogas e álcool, se envolver em comportamentos de risco, ter muitos projetos inacabados e tomar decisões prejudiciais e negativas, tais como deixar o emprego, desperdiçar recursos financeiros, criar fantasias mirabolantes. Se você se identifica com estes sintomas e pensa que é bipolar, o tratamento psicanalítico pode ajudar. A desordem bipolar é uma posição psíquica que pode ser transformada via um tratamento psicanalítico. Neste tratamento, não são utilizados medicamentos para o tratar o problema, se conseguem mudanças permanentes e sólidas por meio de interações em níveis profundos do aparelho mental. Partimos da premissa de que o paciente em análise não é um indivíduo perturbado, que nada está quebrado em seu estado psíquico, mas que a explicação para sua doença se encontra em processos mentais normais, produzidos num excesso. Através da aplicação do método e técnica, a ação terapêutica produz nos paciente ajustes equilibrantes, assim como introdução ao autoconhecimento e indução ao processo de transformação, que ajudam o analisado a construir um estado de saúde psíquico e social que lhe permitirá reverter a fragmentação, e viver melhor nos próximos anos. O tratamento pode levar tempos relativos a cada caso, mas é sempre eficaz. Se você sofre ou pensa que existem traços de transtorno bipolar em seu cotidiano, agende uma entrevista inicial, vamos conversar sobre seus acometimentos e tratar com sucesso o Transtorno Bipolar com o método psicanalítico, sem o uso de medicamentos. Benefícios do tratamento para a desordem bipolar: Estabilizar o humor Reduzir os sintomas depressivos e maníacos Aumento do interesse nas atividades dioturnas Restaurar a capacidade de diversão e relaxamento Se sentir melhor quando as coisas boas acontecem Maior apego à realidade Avaliação mais realista da vida Melhora nas relações familiares Satisfação nas relações afetivas Reintrodução positiva as relações sociais Domínio da autoconsciência e capacidade de transformação Uma vida com melhores perspectivas de futuro. Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • A Esquizofrenia.

    A esquizofrenia é uma doença mental na qual alguns dos significantes primordiais da linguagem parecem estar comprometidos, causando uma dispersão desses significados que representam o sujeito, produzindo uma fragmentação. Como tratar a Esquizofrenia? A esquizofrenia é uma doença mental na qual alguns dos significantes primordiais da linguagem parecem estar comprometidos, causando uma dispersão desses significados que representam o sujeito, produzindo uma fragmentação esquizofrênica da realidade. Toda a energia psíquica do sujeito está em seu Ego, reconstituindo um primeiro estágio da construção psíquica do autoerotismo infantil sem objeto, antes do narcisismo. Os fenômenos esquizofrênicos, geralmente caracterizados por alucinações e paranoias, são acompanhados de delírios, combinados ou não. Se você acha que sofre de esquizofrenia ou foi diagnosticado como tal, há um tratamento na psicanálise que pode ajudá-lo, se desejar falar a respeito, me ligue, vou atendê-lo pessoalmente. Como detectar se você sofre de esquizofrenia? Caso não tenha um diagnóstico. Alguns dos sintomas característicos são: Alucinações, especialmente auditivas, que consistem em ouvir vozes, familiares ou desconhecidas, percebidas como diferentes ou alheias aos próprios pensamentos. Visionar vultos, imagens noturnas. Discurso desorganizado, com mudanças de um tópico para outro sem nenhuma conexão. Respostas equidistantes a perguntas relacionadas ou não ao assunto abordado. Comportamento motor desorganizado ou anormal. Problemas na realização de um comportamento orientado por metas, dificultando a realização de atividades cotidianas. Falha ou insensibilidade em reagir a estímulos ambientais. Resistência a seguir instruções. Adotar uma postura rígida, inadequada ou extravagante. Falha em dar respostas verbais ou motoras. Movimentação sem rumo, andar desacertado ou sem causa aparente. Movimentos estereotipados repetidos. Olhar fixamente por um tempo incomum. Repetição involuntária de palavras ou frases que acabaram de ser ouvidas ou pronunciadas. A expressão emocional através do contato com os olhos, entonação da fala, movimentos das mãos, cabeça e rosto fora do padrão de velocidade natural, com certa tendência à desaceleração. Redução das atividades normais do indivíduo. Longos períodos de ociosidade e letargia. Desinteresse em participar do trabalho ou de atividades sociais. Diminuição da capacidade de experimentar o prazer, a partir de estímulos positivos ou memórias de prazeres anteriormente experimentados. Desinteresse nas interações sociais. As ilusões podem aparecer, por exemplo: Acreditar estar sendo perseguido. Que tudo o que acontece ao seu redor é sobre você. Falsas acreditações de imagem sobre o corpo. Ilusões metafísicas, religiosas, exacerbação de crenças, visão de espíritos, fantasmas, monstros, falar com Deus ou com santos, receber missões de salvação para si, para outros ou para o mundo. Se você sofre de qualquer um destes sintomas, a psicanálise pode ajudá-lo. Me ligue, conversamos pessoalmente. O tratamento psicanalítico, permite a uma pessoa que sofre de psicose, delírio, alucinações, esquizofrenia, levar uma vida normal, enquanto, que de outro ponto de vista, a psiquiátrica, por exemplo, seria via medicação ou hospitalizada para um tratamento psiquiátrico. Esta diferença ocorre, porque a psicanálise permite ao paciente se constituir e reconstruir como sujeito psíquico, refundando um estado de saúde mental duradouro, estável, através da sua convocação a um trabalho em si próprio. O tratamento pode exigir a participação da família do paciente, levar tempo relativo a cada caso, mas é eficaz neles todos. Benefícios do tratamento da esquizofrenia: Diminuição dos sintomas esquizofrênicos. Melhorar o sono. Reduzir o sofrimento e angústia provocada. Desenvolver habilidades para administrar seus conflitos psíquicos. Usar os próprios recursos e habilidades. Melhorar o bem-estar emocional. Melhorando as relações familiares. Melhorando as relações sociais. Corrigir positivamente a qualidade de vida deteriorada. Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • A Hipocondria.

    A hipocondriose é uma doença na qual o sujeito tem medo de estar doente e interpreta de forma catastrófica qualquer sinal corporal. Regularmente apresenta sensações somáticas dolorosas ou angustiantes, que confundem muitas vezes os médicos. A hipocondriose é uma doença na qual o sujeito tem medo de estar doente e interpreta de forma catastrófica qualquer sinal corporal. Regularmente apresenta sensações somáticas dolorosas ou angustiantes, que confundem muitas vezes os médicos. Tratados como pacientes orgânicos, são encaminhados para uma série de testes diagnósticos, sem encontrar nenhuma lesão fisiológica que justifique suas queixas. Entretanto, quando recebe os resultados dos testes e estes são normais, em vez de se tranquilizar, se sente incompreendido e frustrado, levado a pensar que o médico cometeu um equívoco ou que os testes estão incorretos. Psiquicamente, o paciente se sente doente, e está convencido de que está sofrendo de uma doença. E ele não está errado, porque na realidade ele sofre de fato, mas não é fisiológica. Se você está convencido de que sofre de uma doença, com certeza, mas os médicos lhe dizem que você não tem nada, me ligue, conversaremos ao respeito. O que está errado com você é chamado de hipocondria, uma doença que pode ser curada pela Psicanálise. Como detectar se você sofre de hipocondria? Alguns dos sintomas da hipocondria são: Você está obcecado com seus sintomas, mesmo que eles sejam leves. Fica temeroso de portar uma doença. Passa muito tempo, todos os dias, pensando sobre sintomas, saúde, doenças e suas consequências. Você imagina ter um fim catastrófico. Sua ansiedade e preocupações são claramente excessivas e desproporcionais à gravidade dos sintomas. Fica facilmente alarmado com notícias ou anedotas relacionadas a doenças. Sua vida gira em torno dos sinais de doença, negligenciando os aspectos mais saudáveis de si mesmo e de sua vida. Observa e verifica seu corpo inúmeras vezes. Faz pesquisas repetidamente sobre a possível doença, procurando uma resposta que confirme suas suspeitas. Quando um médico lhe diz que nada está errado, você vai a outro para certificar seu problema de saúde. Se sente frustrado e incompreendido em seu relacionamento com a medicina tradicional. Frequentemente discute sua doença com outras pessoas. Toma remédios sem ser receitado. Recebe atenção contínua, e até mesmo superprotetora de sua família e/ou amigos. Como tratamos a hipocondria? Uma aflição orgânica, irritação dolorosa ou inflamação de um órgão cria um estado, como resultado do qual a libido (energia psíquica) se desprende de seus objetos, retornando ao ego, e se manifesta como uma carga reforçada no órgão acometido. Esta circunstância, nos aproxima da compreensão da hipocondria, uma condição em que um órgão, também preocupa o paciente, sem que percebamos qualquer alteração verificável nele. Por um tratamento psicanalítico, no qual o paciente deve falar livremente sobre as interpretações produzidas que mobilizam a libido, atraída de volta ao órgão, recuperando certos elos libidinosos com os objetos, e produzindo modificações estáveis na capacidade do paciente elaborar psiquicamente os estímulos, isso evitará o desenvolvimento de outras doenças graves. O tratamento pode durar tempos indeterminados, mas é eficaz em todos os casos. Benefícios do tratamento da hipocondriase: Diminuir as obsessões e a ansiedade. Melhorar o sono. Reduzir o sofrimento. Prevenir doenças graves. Melhorar o bem-estar emocional. Melhorar as relações familiares. Potencializar as relações sexuais. Desenvolver habilidades para administrar a incerteza. Trabalhar adequadamente os medos. Melhorar a qualidade de vida. Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • A Histeria.

    A histeria é uma doença causada por um conflito psicológico que se expressa no corpo como se fosse uma etapa. Pode ser sofrido tanto por homens quanto por mulheres. Como neurose, se caracteriza, predominantemente, pela transformação da ansiedade subjacente para um estado físico. A histeria é uma doença causada por um conflito psicológico que se expressa no corpo como se fosse uma etapa. Pode ser sofrido tanto por homens quanto por mulheres. Como neurose, se caracteriza, predominantemente, pela transformação da ansiedade subjacente para um estado físico. A palavra vem do termo grego “hystéra”, que significa útero. A própria palavra nos revela o caráter feminino da doença, já que era atribuída antigamente a uma disfunção uterina. Alguns sintomas histéricos são distúrbios motores, acompanhados de paralisia, dores no corpo, anestesia local ou hiperaestesia, distúrbios dos sentidos, como surdez ou cegueira, distúrbios genitais como frigidez ou impotência, alucinações, etc. Em todos os casos, trata-se de disfunção dos órgãos. Não há lesão orgânica. Por exemplo, a surdez não é devida a uma lesão no ouvido, mas é um desenrolar psíquico. Utiliza um repertório muito amplo para se expressar, não obedece nem às leis da anatomia, nem às regras da patologia, nada nela funciona como se esperaria nas ciências médicas, já que o que a sustenta é uma sentença. Da psiquiatria, ela é silenciada e muitas vezes aparece revestida de depressão ou de doenças supostamente inexplicáveis. Há uma certo desinteresse por parte dos médicos em tratar histeria, até mesmo uma certa rejeição a evitar seu tratamento. Se você sofre de distúrbios funcionais no corpo, nos órgãos perceptivos ou motores, epilepsia ou outros de origem desconhecida, pode ser um caso tipico de histeria. A psicanálise tem respostas, e pode resolver o problema. Como detectar se você está sofrendo de histeria? Alguns sintomas típicos são: Reminiscências: representações mentais, evocações e memórias de uma situação, evento ou coisa que ocorreu no passado. Neuralgia: dores agudas nos nervos, anestesia e dormências. Contrações e paralisias parciais de membros ou lateralidades. Ataques histéricos e convulsões epilépticas. Breves ausências psíquicas, perda de consciência, geralmente com menos de 15 segundos. Aparecimento de tiques nervosos. Vômitos persistentes e anorexia. Distúrbios visuais. Alucinações: visuais, olfativas, gustativas e auditivas. Doenças de pele. Problemas ginecológicos. Desordens genitais, como frigidez e impotência. Se você sofre de algum desses sintomas, a psicanálise pode ajudá-lo de forma eficaz, não só curando os sintomas, mas também agindo sobre o mecanismo psíquico que os produziu, a fim de obter resultados duradouros, estáveis e permanentes. Como tratar a histeria? Cada evento, cada impressão psíquica é dotada de um certo valor afetivo, do qual o ego se liberta por meio de uma reação motora ou por meio de um trabalho psíquico associativo. Se o sujeito for incapaz ou não quiser colocar em prática esses meios, por medo de conflitos psíquicos dolorosos, porque a modéstia ou circunstâncias sociais o impediram de fazê-lo. Seja porque sofreu essas impressões no decorrer de estados onde o aparelho psíquico ainda era incapaz de lidar com a solução. A memória, adquire muito mais importância nestes casos, e torna-se a causa de sintomas histéricos. A impossibilidade de eliminação, reside no fato de que a impressão retorna e permanece no inconsciente. Foi demonstrado que ditas memórias, correspondem a eventos ou fantasias da infância, vividas passivamente, que não foram suficientemente processadas, integradas psiquicamente. Em muitos casos, elas foram intercorridas no plano somático, por meio de um mecanismo psíquico chamado conversão. Neste ato, houve uma intenção por parte do paciente de esquecer eventos dolorosos, então, os simboliza e tenta excluir, na medida do possível, da associação com outras memórias e representações mentais. Desta forma, as figuras que se tornaram patogênicas, permanecem frescas, vivas e cheias de afeto, porque lhes foi negada a possibilidade de descarga ou elaboração associativa, ficando essa fragmentação da mente em relação ao evento. O tratamento psicanalítico, permite re-elaborar psicologicamente estas impressões, produzindo a linguagem que sustenta os sintomas e produzindo modificações permanentes no paciente. O tratamento pode levar algum tempo, mas é eficaz em todos os casos. Benefícios do tratamento da histeria: Diminuir os sintomas esquizofrênicos. Melhorar o sono. Reduzir o sofrimento. Desenvolver habilidades para administrar conflitos psíquicos. Desenvolver recursos e habilidades pessoais. Superação emocional. Melhora nas relações familiares e afetivas. Retomada das relações sociais. Reestruturação da qualidade de vida. Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • O Luto.

    O luto é uma resposta psíquica que ocorre quando um familiar é perdido, seja por morte, distanciamento ou abandono. Também pode ser a perda de um emprego, um objeto, uma mudança de país, ou algo semelhante. O luto é uma resposta psíquica que ocorre quando um familiar é perdido, seja por morte, distanciamento ou abandono. Também pode ser a perda de um emprego, um objeto, uma mudança de país, ou algo semelhante. Pode até ser a perda de um ideal, como uma pátria, liberdade, etc. O luto não é um estado patológico, embora imponha desvios consideráveis do comportamento normal ao paciente. Confiamos que, após algum tempo, ela desaparecerá por si só, mediante a elaboração de ciclos. Em algumas pessoas, devido a essas mesmas influências, surge a depressão em vez do luto, sendo uma doença que pode se tornar muito grave e permanente. Se você sofreu recentemente a perda de um ente querido ou a separação de algo que lhe é precioso, recomendo que comece o tratamento para facilitar o trabalho de luto, e evitar a produção de outras doenças graves, como a ansiedade exacerbada e a depressão. Como detectar se você está passando por um processo de luto? Quais os sintomas? O luto intenso devido à perda ou algo que lhe é querido (emprego, país, relacionamentos, esposo, familiar, etc.) é assim caracterizado: Humor doloroso. Cessação de interesse no mundo exterior. Perda da capacidade de escolher um novo objeto de amor, na incapacidade psíquica de substituir o perdido. Retirada de toda atividade não relacionada com a pessoa amada ou objeto apreciado. Inibição e restrição do eu, como expressão de sua total dedicação ao luto que não deixa nada para outros interesses e propósitos. Isso não afeta todos de maneira única, a maioria, considera sua reação à perda de alguém ou algo amado, como normal e compreensível. Como lidamos com o luto? O tratamento psicanalítico, facilita o trabalho de luto para a pessoa que perdeu alguém ou algo amado e impede que outras doenças mais graves possam ganhar força, como a depressão. Por conversas com o psicanalista, o paciente é habilitado a fazer uma verificação da realidade e a deixar gradualmente de lado seus apegos amorosos e anulação das projeções de futuro em relação ao objeto perdido, agora, talvez impossíveis. Quando a oposição do paciente ao abandono destas posições psíquicas é muito intensa, pode surgir um distanciamento da realidade e a preservação do objeto por meio de uma psicose alucinatória, que o tratamento psicanalítico ajuda a administrar de forma saudável, respeitando a realidade. Este processo, ou ciclos, levam tempo de elaboração, e a energia restabelecedora acontece gradualmente, enquanto a existência psíquica do objeto perdido continua, e as memórias e esperanças que ligam a pessoa ou objeto amado são sucessivamente avivadas, consumindo uma abundância de energia psíquica desequilibrante. O tratamento facilita que este processo ocorra dentro da normalidade para que, ao final do trabalho de luto, o ego seja mais uma vez livre e desinibido de empreender, sem considerar essa ausência imprescindível a vida do sujeito. Se você está passando por um processo de luto devido à perda de tudo o que foi nomeado, algo que lhe é querido, o tratamento psicanalítico pode ajudá-lo a trabalhar o processo de luto normalmente, e a superar a perda de uma forma saudável. Benefícios do tratamento para facilitar o trabalho de luto: Encurtar o processo de luto e suas fases. Diminuir a dor da perda. Enfrentar e superar o evento de uma maneira saudável. Evitar outras doenças, como a depressão e ansiedade. Trabalhar através das emoções e do luto. Adaptando-se à vida sem o objeto querido. Recuperar a ilusão do futuro, da vida e de empreender seus projetos individualmente. Melhorar a qualidade das relações afetivas significativas. Viver melhor nos próximos anos, confortado com a realidade. Por Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

  • Doenças Psicossomáticas.

    Uma doença psicossomática é uma doença que ocorre no corpo, onde há um dano de órgão que a justifica, isto é, quando os médicos fazem testes, exames e encontram algo efetivamente. Uma doença psicossomática é uma doença que ocorre no corpo, onde há um dano de órgão que a justifica, isto é, quando os médicos fazem testes, exames e encontram algo efetivamente. Quando cuja causa é psíquica, seja a ansiedade, estresse, hipocondria, neurastenia, que chegou a danificar um órgão através da persistência psíquica do paciente. Esta lesão orgânica é recorrente, não é permanente, mas aparece sob a forma de ataques cíclicos. O termo “psicossomático” é empregado para se referir às patologias que pertencem tanto ao físico quanto ao psíquico. Dessa forma, são doenças que afetam diretamente a saúde mental e fisiológica. Nesse contexto, os sintomas físicos acabam se tornando uma consequência dos sintomas emocionais e psicológicos provocados. Do ponto de vista teórico, a psicossomática psicanalítica, constitui uma abordagem dos fenômenos psíquicos primitivos, que podem ser observados nas psicopatologias contemporâneas. Para Freud, a denominação de medicina psicossomática, de acordo com seu campo epistemológico, “é um estudo das relações mente corpo com ênfase na explicação da patologia somática, uma proposta de assistência integral e uma transcrição para a linguagem psicológica dos sintomas corporais”. A abordagem, considera o sujeito na totalidade, com uma psique e um soma, interligados e indissociáveis, sendo necessário entendê-los e trabalhá-los enquanto uma totalidade. Com o adoecimento ocorrendo, quando existe o desequilíbrio deste todo. Nesse contexto, sobre somatizar, a psicanálise é um marco, ao auxiliar no entendimento da mente e da realidade psíquica de cada indivíduo, contribuindo para o fortalecimento do Ego para o desempenho de suas funções. “É mais importante conhecer a pessoa com a doença do que conhecer a doença que a pessoa tem”. As doenças psicossomáticas clássicas são: Asma. Artrite reumatoide. Colite ulcerativa. Hipertensão arterial. Neurodermatite. Úlcera péptica. Se você acha que pode estar acometido de uma doença psicossomática, peça uma consulta, atenderei pessoalmente ou por telefone. Como detectar se você sofre deste quadro? Estes são alguns dos sinais característicos: O sujeito fala como se quisesse relacionar os fatos sem ser incluído, como um observador imparcial, sem seu envolvimento. Em sua relação com a realidade, é o mundo é que lhe provoca. Ele nunca está envolvido na produção de sua própria vida. Também, é muito comum ouvi-lo dizer, e isso é tudo, como se o que ele relaciona, coincidisse exatamente com a realidade que ele constrói para si e para seu mundo imaginário. Em alguns casos, eles dão nome próprio ao órgão que está com problemas. Por exemplo, Pedrinho está me incomodando hoje, referindo-se a um problema gástrico. São pessoas muito intolerantes, às transformações da realidade, são rígidas, inflexíveis, têm muitos preconceitos, fazem julgamentos do passado, sobre como as coisas deveriam ser, e se não são como imaginadas, tornam-se mal-humorados e agressivos. Possuem um grande desejo de controlar tudo, até mesmo suas próprias funções orgânicas, e também seu parceiro, que deve estar a seu gosto, ao seu “bel” prazer, obedecendo aos atos de comando que desenvolveram. Ele quer um espelho de si, uma xerox do eu. Qualquer desvio do que por ele esperado, leva a rupturas, quebras de comunicação e provocação de doenças. Tal fórmula, é a maneira como manipula e apaga a diferença com o outro. Esta incongruência, inconsistente entre seu desejo e a realidade, é resolvida de forma somática, ferindo o órgão. O órgão da linguagem, transformado num corpo de carne biológico, onde coloca o órgão afetado no discurso médico, e aquele lugar que deveria ser ocupado pela produção de sentenças, discursos e acomodações verbais, há então o surgimento somatizado da lesão orgânica. É por isso, que a doença psicossomática, é antes de tudo uma repetição de encontros com o gozo, mas um gozo autoerótico, um gozo sem o outro. Há uma dificuldade em pensar no futuro, vivendo como se cada dia fosse o último de sua vida. O que é mais difícil para o psicossomático é pensar, pensar é doloroso para ele, tendo a ver com sua incapacidade de elaborar estímulos. Em vez de falar, ele age, ele faz adoecer o órgão, porque goza, tem prazer em se impor uma doença que lhe provoca prazer. Se você se sentir identificado com esta descrição, solicite uma consulta, o atenderei pessoalmente ou por telefone. Como tratamos as doenças psicossomáticas? A pessoa inserida neste percurso, finge ser um corpo, em vez de ser alguém. Não há trabalho psíquico no fenômeno psicossomático. Há uma economia de trabalho, muita ambição e pouca capacidade de ação, tem a úlcera que alimenta e sofre. Tudo acontece, como se algo estivesse escrito no corpo, como um enigma, um fantasma criado no inconsciente, que anseia pelo órgão ferido. No fenômeno psicossomático não há realização de desejos, o sintoma médico é "uma necessidade", que vem antes da palavra. É uma reação contra o desejo, na tentativa de aniquilar o próprio. Não há nenhuma sentença que sustente o sintoma, e o puro gozo, um gozar do corpo, onde não há lugar para a linguagem. Como trabalhar isso? No processo analítico, a clínica consistirá na produção de um tema. Esse assunto, será o eixo do desenvolvimento necessário para que a verbalização, a linguagem, onde o alfabeto substituído, tome o seu lugar de origem. Reaprender a falar, abrir a fenda da falha de comunicação, reintroduzindo o verdadeiro reconhecimento do eu como estrutura. O tratamento pode levar mais ou menos tempo, conforme o caso, é envolvimento do paciente, mas é eficaz em todos os eles. Benefícios do tratamento: Contribuir com o médico para um tratamento psíquico-medicamentoso combinado. Redução na intensidade dos sintomas. Evitar a recorrência da doença. Reduzir a ansiedade. Desenvolver habilidades para administrar as incertezas. Aumentar a capacidade de trabalho. Reaprender a produzir temas e assuntos para o diálogo. Incentivo ao autoconhecimento e transformação positiva. Dan Mena. Membro Supervisor do Conselho Nacional de Psicanálise desde 2018 - CNP 1199 Membro do Conselho Brasileiro de Psicanálise desde 2020 - CBP 2022130

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